sábado, 28 de maio de 2011

Ele olhava para todos os lados. Não sabia bem o que esperar daquele campo vazio. Um vento frio cortava em direção a oeste. Uns poucos barulhos de folhas sendo levadas pelo vento. O sol começava a se por. A lua já aparecia timidamente no céu. Toda aquela roupa que usava, impedia de sentir frio. O dia tinha sido bonito, mas a noite prometia ser assustadora. Sentia como se tivesse sendo observado a cada passo que dava em direção ao nada. Não queria parar de andar, a vontade dele na verdade era correr desesperadamente até seus pés não aguentarem mais. Depois de algum tempo andando percebeu que no céu só restava uma pequena faixa vermelha. A noite estáva encobrindo tudo.
Ficou aliviado em saber que carregava consigo uma lanterna bem potente e com bateria suficiente para a noite. Não se alegrava em lembrar que não sabia como chegará lá, muito menos aonde estava. Tinha acordado com o sol do meio dia esquentando o corpo todo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Papo...

No silencio da madrugada, em um quarto qualquer...

Papo vai ... papo vem...

Ele - Então vamos conversar... para não dormir!
Ela - Vamos.
Ele - Sobre o que você quer falar?
Ela - Eu gosto de viver assim, o dia. Eu poderia estar em outro lugar, arrumando dinheiro para viajar, mas é tão bom estar vivendo isso.
Ele - Concordo. O momento é importante ser vivido. O resto... bem... para tudo se dá um jeito na vida.
Ela - É mesmo. (pausa) Vamos falar sobre o que agora?
Ele - Não sei. Que você faz amanhã?
Ela - Vou dar aula. Depois estudar. Depois estágio. Depois correr. Depois dormir!
Ele - Então vai dormir as oito horas? (risos. Silêncio) Falamos do que agora?
Ela - De como é bom estar aqui. E que você é uma gracinha. (risos)
Ele - Gracinha né? (risos)
Ela - É o meu gracinha. (risos) Você é o meu gracinha. (risos)
Ele - Sou gracinha nada. (risos)
Ela - É sim. eu eu gosto de você ser o meu gracinha. (silencio) Foi divertido jogar hoje a noite.
Ele - Foi sim. Amanha a gente acordar cedo!
Ela - É mesmo! Que falta de responsabilidade.
Ele - Só um pouco. (risos)
Ela - Do que vamos falar?
Ele - Então eu já sou seu?
Ela - Ahn?
Ele - Você disse que eu era seu.
Ela - DISSE?
Ele - Sim. três vezes. Disse "O meu gracinha".
Ela - Ah... Então é... por agora... tudo bem?
Ele - (rindo) Tudo. Mas tem que ser reciproco.
Ela - Você é meu e eu sou sua?
Ele - É.
Ela - Pode ser... por agora...

Papo vai . Papo vem.

Eles dormem abraçados no escuro.

domingo, 22 de maio de 2011

Aqueles...

Olhos nos olhos...
a verdade que se encontra no fundo do ser...
aquele sorriso que surge no rosto sem saber porque...
um sentimento unico que não se pode controlar...
uma timidez boba de falar a verdade...
aquela esperança de tudo melhorar...
alguns planos pro futuro...
muitas tentativas de fazer acontecer...

Sorrir... chorar ... tanto faz...

Viver!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Entre

Em algum lugar entre a loucura e a lucidez, te encontrei para simplesmente não mais importar em qual realidade eu iria estar.
Se na loucura, que seja louco pela vida, pelos momentos felizes que se pode viver.
Se na lucidez, que seja lucido na certeza de que as coisas são simples assim.

Um dia me disseram "Todo dia algo importante acontece." E por que não?
Por que não pode ser importante acordar com um sorriso no rosto. E isso ser a coisa mais importante do dia e mesmo assim o dia ser perfeito em seus detalhes?
Talvez o importante do dia seja um olhar, um adeus, uma brisa no rosto, uma luz , um por do sol, um gesto, um abraço, uma voz, uma corrida, uma cerveja, uma brincadeira, um trabalho, uma hora de sono, uma praça, uma sombra, uma companhia.

Entre a loucura e a lucidez eu descobri o importante dos dias, ou o que realmente não importa mais que me faz feliz! Qual seria a grande diferença ?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Acordar

Tem dias que temos sonhos ruins, que nos faz acordar em plena madrugada pensando de como incapaz nós somos de viver. Um daqueles que faz desacreditar que, o que você gastou meses planejando, vai dar certo. Como já havia preparado, dias ruins, estranhos, confusos. Onde tudo que era "certo", desaparece no ar. Pequenos momentos de solidão. Depois de tantas desgraças, como acreditar que vou conseguir?
Um sonho qualquer, daqueles que não queremos lembrar, mas que ao mesmo tempo não desgruda de sua mente. Aquilo que fica cutucando o seu ser, incomodando seu dia. Como viver um dia que não passa? Como aturar coisas que não queremos?
As vezes me dá vontade de fugir, sumir, esquecer tudo, não dar sinal de vida. Só pra sentir de verdade o vazio da vida. Pra depois que eu souber viver nele, o mundo se encha de possibilidades.
Sonhos assim, bons, ruins....

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Somo apenas o reflexo da nossa relação com outra pessoa.