sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Sim. Por mais que ela fale que ainda me quer, ou ainda tenta. Ela já seguiu a vida. Se encontrou em braços já conhecidos. E, talvez, retorne a uma história interrompida. 
Sim. Ela já se foi. Falou com todas as palavras repetidas vezes que não tem mais volta. Deixou claro para todo o mundo e impossibilidade de se continuar. Continuou a vida como devia fazer.
Sim. O dia já passou e não resta mais onde eu me agarrar. Seguro no frágil sentimento de saudade que ainda me resta, na tentativa de não deixar a insanidade me conquistar.
Sim. Já não tenho mais forças para lutar contra as vontades dela. Já não tenho mais argumentos para tentar provar que não estou mentindo. Já não tenho mais energia para aguentar insultos e mentiras.
Não. Em nenhum momento deixei de amar ela e muito menos estive com outra pessoa. Em nenhum momento quis dizer adeus, mas não vejo outro caminho a seguir. E ela não quer seguir ao meu lado.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Cada vez mais eu entendo menos da vida, dos relacionamentos. Então ela pode me julgar, me acusar, inventar histórias e acreditar nas coisas que o ciumes faz acreditar. Fala sem nenhuma dúvida que tem certeza que fiz algo que não fiz. E acredita ter direito e estar certa por não dar nem a bondade da dúvida. E quando meu ciúmes toma o mesmo lugar, e perco dentro de mim, e acredito que ela fez algo, e por um ataque de tristeza decido retirar essa mesma dúvida que ela merecia, o que ganho em troca nada mais é do que uma raiva incontrolável e um vazio de palavras. Onde estaria a justiça nisso? Por que ela seria merecedora de tal privilégio se ambos erramos descaradamente em nosso amor? 
Será que o luto dela é maior que o meu? Será que ela é mais digna do que eu? Como pode ser julgado algo assim? Por quem seria?
Não pode ser assim pode? Ela ter a liberdade de fazer o que quiser, enquanto eu me contento em agrada-la? Em fazer tudo que ela pedir?
Será que eu mereço o silêncio? Será que o nosso amor não foi nada que ela não pode nem tentar olhar com outros olhos a vida?
Eu sei que sou culpado, mas não sou merecedor dessa forca que ela me coloca no pescoço. As minhas culpas já revelei, as minhas culpas já estão a mostra. Mas se ela não puder deixar esse demônio que a ocupa se esvair, como continuar tentando? 
Será que me restas ou o sofrimento de não te-la ou o sofrimento eterno dela me acusar? 
Por minha cabeça passa repetidas vezes que para ficar com ela, a única forma é assumir um crime que não é meu, para assim as vozes pararem de me atacar. É mais fácil resolver uma traição (mesmo que não existente) do que uma ideia má, criada em uma mente enciumada.  Talvez perdão seja mais fácil de conseguir do que confiança. Seria esse o caminho? Mentira para manter um relação que me faz pulsar? Ou melhor aceitar a morte emocional que me aguarda?

terça-feira, 27 de outubro de 2015


De repente, ela surgiu em minha vida. Veio como um tornado para devastar tudo que estava certo. Tudo que estava em harmonia. Ela veio com suas histórias, suas manias, suas regras. Veio e confundiu meu mundo. E assim de repente, me apaixonei. Me entreguei em uma semana como não tinha me entregado na vida. Não sabia porque, mas eu precisava daquela mulher. E no primeiro beijo, minha vida mudou. Meus planos mudaram, Meus sonhos mudaram. E eu morri e nasci. 
Um beijo foi tudo que ela precisou. Não sei bem como tudo aconteceu, mas ela entrou na minha pela, ocupou os meus vasos e se espalhou pelos meu corpo. Ela completou cada espaço vazio que se encontrava em mim. Ela me olhou e viu o que estava escondido. Viu o que ninguém viu. 
Me entreguei a uma vida desconhecida. Me desapeguei de tudo que eu queria. Me despi. E assim fácil, eu estava nu.
Não sei ainda se isso era bom ou ruim, mas era como estava. Ela pegou o mundo e girou tantas vezes que nem sabia mais onde tinha parado. Estava assim perdido. Estava sem chão. E não era ruim. Eu ria como ninguém riu. Eu me perdia em seus olhos, eu me abobalhava ao te ver sendo você. Eu tinha o mundo ao te ver dormir. 
Claro que é difícil caminhar quando não se tem chão. E eu errei todos os passos. E eu escorreguei. Eu cai em um precipício sem fim. E claro que o mundo também não ajudou.
E de repente... você não era mais minha. Você tinha um outro alguém. Você tinha novos planos. Onde eu não me encaixava mais.
De repente... o mundo perdeu sua cor. E mundo parou.
E chorar se tornou normal,
E sofrer já virou banal.
A solidão me consome
O tempo estagnado.
O dia ensolarado
E eu simplesmente parado.

Hoje sei que estou sozinho. Hoje me sinto abandonado.
Sinto que você já se foi e me deixou para traz. 
Seguiu sua vida enquanto eu chorava sozinho na minha solidão.

Precisei fugir pois o mundo parecia me esmagar.
Não conseguia pensar,
Não conseguia sorrir,
Não conseguia respirar.
Como fazer algo certo sem saber o que sou?

De repente tudo se foi.
E tudo acabou. 
E só me restou dores.
E as lagrimas que insistem em cair incansavelmente.

Já não sou mais ninguém.
Já não sinto mais calor.
Já não aprecio o vento.
Já não sei me entreter.

Você dominou minha mente.
Me fez de refém.
Me dominou.
E me deixou.

Sou nada. 
Sou vazio.
Sou ausência.

domingo, 25 de outubro de 2015

Me falta palavras, me falta ânimo, me falta vontade. A vida se repete em mim. E a ausência me machuca. Hoje já não sou mais eu. Me esqueci em seus braços e metade de mim ficou em ti. Vontade de sumir.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

E minhas lágrimas não param de rolar. É uma maldita sensação de esmagamento do coração. De repente eu perdi absolutamente tudo que eu tinha lutado tanto para construir. E ela nunca me deu um voto de confiança, ou então quis acreditar em mim. Ela só aceitou o que criou... E eu ... fiquei sozinho, enquanto ela se diverte com um qualquer que nunca vai ser capaz de ama-la o quanto eu amei, alguém que não vai estar disposto a fazer tudo para faze-la feliz. Alguém que não vai saber entender as suas necessidades, nem surpreender a cada dia. 

Eu te amo!

sábado, 17 de outubro de 2015

Nesses últimos dias, inverti meus desejos. Aquela velha vontade de preencher cada lacuna que se forma em minha mente, passou. Essa semana só quis esquecer tudo que passou. Quis desesperadamente me desapegar de todo e qualquer sentimento ruim que me ocupava. Lutei bravamente contra mim e meu ser na tentativa infeliz de esquecer tudo que já foi. Me sinto derrotado pelo mundo. Quando a memória é importante ela se desfazer como um castelo de areia atingido por uma onda. Já pelo contrário quando tudo que você quer é construir um enorme buraco de passado dentro de ti, minar e detonar tudo de ruim que insiste em te derrubar, a memória se prende em mim como um maldito vírus que só é destruído levando algo de muito importante junto. Nesse caso talvez seja minha sanidade. 
A verdade, é que não me interessa mais brigar por certo ou errado, fazer e desfazer cada passo para encontrar quem está mais alucinado pela verdade. Não me agrada me pegar, revirando tudo de ruim que passou na tentativa, frustrada, de provar uma verdade que não faz mais diferença.
Vejo duas pessoas que se amam, mas que não conseguem mais estar juntas. Vejo duas crianças brigando incansavelmente pelo controle do video-game, sem nem saber que seus pais vão estar assistindo a novela. É uma briga em vão, que só vai destruir pedaços bons que ainda sobraram de um no outro. É uma eterna montanha russa, que gira, gira, gira, e não vai a lugar nenhum. E as janelas estão fechadas, e o mundo lá fora acontece sem nenhum dos dois perceber.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

E a vida é assim, sonhamos sonhos impossíveis, nos entregamos a quem não sabe nos aproveitar e continuamos sorrindo sozinhos na calada da noite.
Já não importa mais quem errou, porque o mundo continua a nos avisar para não estarmos juntos. É dificil aceitar o fim de algo tão intenso quanto isso, mas eu sei que no fundo eu fiz tudo que me cabia. Só parece que o universo conspira contra nós. Eu sei que errei, mas deixei tais erros para traz, não quero nunca mais repeti-los, mas sei com todas as certezas e seguranças que não trai, que não tornei a mentir, que não quis mais ninguém. Talvez tenha sido a vez que mais me dediquei a alguém. Que mais quis que desse certo. Mas erramos desde o começo, com desconfianças, com intolerâncias, com ingenuidades. Erramos com nós mesmos. Erramos com a vida. Eu assumo minhas porções de erros e aceito o que me sobra disso. Eu finalmente aceito ser o que for. Afinal o fim é só o começo de algo novo. Algo talvez certo... algo talvez errado. Ou que diferença faz... Só deixe o mundo começar outra vez.