quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Não sei bem nem começo começar a desaguar meus pensamentos nesse textos. Queria falar sobre relacionamento e como entendo no momento (amoroso ou não). 
Passei por um momento na minha vida de uma relação extremamente difícil, pesa e abusiva, que ao final dela já não sabia nem ao certo quem eu era. Foram anos de processo para me reentender. O resultado disso foi:
Decidi que não quero mais viver relacionamentos pesados. Simples assim. 
Para mim não tem muito o que discutir sobre isso, não entendo porque alguém gostaria de estar em uma relação pesada, de cobranças, desconfianças, ciúmes excessivos e coisas do gênero. Gostaria mesmo de entender. 
O meu pensamento sobre um relacionamento leve não é muito complexo. Não entro no romantismo de dizer que um relacionamento leve não vai ter problemas, ou então que não aconteceram brigas e as pessoas envolvidas não vão ficar chateadas, mas penso em um lugar de fluidez. A relação tem que acontecer quase que naturalmente, de repente, já está. E, claro, assim deve seguir, para um dia, anos depois, os envolvidos parem e pensem "nossa, já tem tanto tempo assim?".
Ao mesmo tempo, se a relação não se torna contínua, continuo achar que inclusive o fim deve ser leve. Se não se encontra mais motivos para ficar juntos, ou chegam ao um beco sem saída, cada um pega sua mala e segue sua viagem sozinha. Porque a relação já acabou... qualquer coisa além disso, para bem ou para mal, é desperdício.
Isso não estou dizendo que não dói, que não fico mal, triste ou o que for. Isso quer dizer que eu tento ter a maturidade de entender que as coisas tem um fim, e ter um fim, não é o fim para mim. As dores passam, as coisas se tornam saudades e a vida continua, como sempre continuou. 
Prefiro ter a possibilidade de que vou reencontrar a pessoa e conseguir relembrar bons momentos, do que a certeza que vou preferir nunca mais vê-la na minha frente. 
Será que isso é muito estranho? Será que eu sou louco ou estou querendo o impossível? Comigo tem funcionado tão bem... 
Se alguém souber de uma resposta do porque alguém iria querer uma relação diferente. Por favor, me conte. 

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Eu gosto do silêncio. Por mais estranho que essa afirmação possa parecer, considerando que sou uma pessoas extremamente barulhenta (afirmação de terceiros, não minha). O silêncio é como uma manta fina em dias que a temperatura cai por causa da chuva. Não é que esteja frio, mas existe um prazer estranho em se cobrir em dias de frio (confesso que não me encaixo nessa sensação, mas admiro as pessoas que fazem isso). 
Acho que existe uma aflição das pessoas em lidar com o silêncio. Talvez no silêncio seus pensamentos se tornem mais altos e seus medos inundem sua cabeça como um tsunami que lava a costa de alguma cidade levando consigo alguns corpos afogados. E ninguém quer sufocar com suas próprias ansiedades. 
Comigo não. O silêncio é o som organizador da minha existência. Para quem vive em meio a altos gritos, risos contantes e discussões fervorosas, encontra no silêncio um grande amigo, daqueles que vem sem ao menos avisar e ocupa sua tarde com boas memórias e calma. 
Esse velho amigo sempre me coloca em perspectiva, positivas ou não... É como se a vida me desse uma tempo para retomar o folego e continuar na batalha constante da sobrevivência. Se parar para ouvir com calma essa pausa que o silêncio nos dá, é possível até escutar o universo se movendo a nosso favor. Como um beijo de vida que nos faz voltar a respirar. E... cada... respiração... conta...