segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Escuto o som da chuva que vem de fora... água que cai... tempo que passa.
Mais uma vez me encontro na escuridão de meu quarto, que só se quebra pelo baixo brilho da tela daquele velho companheiro de solidão e pelos raios que iluminam o céu e vazam pela janela para dentro.
Nesse momento tudo me atravessa. 
A inquietude do mundo, o vazio das almas, as amizades esquecidas, a incerteza da vida, a saudade. 
Na minha cabeça os pensamentos se cruzam e se confundem. Talvez, e só talvez, a percepção adquirida pelas outras pessoas sobre mim, impedem de entender que nem sempre eu tenho que ser eu, considerando que eu sou aquilo que as pessoas estão acostumadas a ver (mesmo que eu discorde em tantas instâncias dessa afirmação). A certeza da minha falta de sanidade (?) constroem e desconstroem quando eu insisto em surpreender a todos. 
Ser o que os outros esperam é sempre um caminho trabalhoso, mas com algumas certezas mais definidas. E esse caminho já não me convêm. 
A vida anda confusa, o ano não acaba, e a incerteza do que vai acontecer me rói e me corrói. Tantas trilhas incertas para seguir que me atraem tanto mais do que as certas. 
Se "insanidade é repetir a mesma ação e esperar resultado diferente" seria eu insano de querer mudar?
As vezes meu próprio corpo se divide, a razão, a emoção , o coração e todos os outros ruídos que vem de fora de mim, estão falando coisas diferentes. Quem seria o mais sensato? O futuro, o presente ou o passado?
Vontade que tenho:
-Hei ... vamos fugir? vamos viajar? Largar tudo e ver no que vai dar?
Quantas pessoas aceitariam um pedido assim?

sábado, 27 de dezembro de 2014

Hoje percebo o quanto eu cansei de decepcionar as pessoas. Eu crio, ou talvez os outros criem, eu não sei, uma expectativa em mim que não é real, e talvez eu nunca consiga fazer ser.
A vida se desmorona e o ano nunca tem fim.
Deixe-me fechar os olhos e aproveitar dessa pequena desgraça que existe em mim. Deixa que todas as memórias escorram sobre meu corpo e se evaporem no tempo. 
Aquele que não sabe ser feliz, talvez não mereça a felicidade.
Minha cabeça roda, e entorno o mundo me esmaga. Meus amigos, meus familiares, meus trabalhos, meus amores. 
Sou aquele estranho que por alguns segundos acerta algo a ser dito, se faz se visto, mas como a fragilidade de uma vela, se apaga em um sopro qualquer.
Eu não sou ninguém que merece ser ouvido, pois minhas palavras conquistam a crença de ninguém. Sou um saco de verdades estranhas, que de tão estranhas não são levadas a sério. 
Sou o que pude ser, aceitando a minha incapacidade de ser algo além.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

E eles se encontraram. Ninguém esperava absolutamente nada da noite, a não ser se molhar com a chuva que não cessava e chegar em casa de preferência sem ficar doente, considerando que ambos tinham a vida desmoronando em suas cabeças. 
Ele, com seus 27 anos, formado em engenharia, desempregado, sozinho, lutando dia após dia para sobreviver. Sem grandes ambições, sem futuro, sem saber o que fazer da vida.
Ela, na virilidade de seus 24 anos, advogada, ganhando visibilidade em sua área pelo trabalho excepcional que realiza. Formada como primeira da turma em uma das melhores faculdade de direito da região. Com seu futuro planejado e acontecendo.
Duas pessoas diferentes que se encontram na casualidade da vida.
Ele só vagava pela rua, pensando o que fazer com a vida. 
Ela voltava de sua corrida diária. 
Uma chuva que surge quase inesperadamente. 
Eles se trombam em uma esquina.
Se olham.
A chuva continua a cair.
O olhar dele, quase sem força, passa discretamente pelos olhos dela, sua falta de força de vontade o impede de pensar qualquer coisa.
- Desculpa.
O olhar dela, cheio de vida, de quem tem o mundo aos seus pés. Observa cada centímetro dele. Sorri. Um sorriso envolvente. Como se chamasse o verão para participar da conversa. 
- A culpa foi minha. Sempre desastrada. Nessa chuva então...
- Ela pegou a gente de surpresa!
- Como?
- A chuva...
- Ah! É verdade. Mas eu gosto de chuva. Como se fosse um chuveiro do mundo. (solta um riso bobo)
- Acho que esqueci minha toalha então. (mostra qualquer sinal de felicidade, um sorriso quase que não aparece em sua face)
- Melhor voltar para pegar então.
- Não tenho pressa, afinal, o chuveiro ainda está ligado.
- É verdade. E a gente parado aqui no meio do nada. Desculpa. A culpa é minha de novo. Você seguia seu caminho e eu te atrapalhei.
- Tudo bem. Só ia para casa.
- Então tchau. Desculpa novamente.
- Tchau. 
Mais uma vez se olham. O tempo parece dilatar. E a chuva insiste em cair. Quando os dois decidem se mexerem, percebem que seguem o mesmo caminho. Ele antecipa:
- Se vai para lá, posso te acompanhar.
- Obrigada.
Começam a caminhar. Se olham discretamente. 
Ela fica corada. 
Ele não percebe por estar escuro.
Andam sem falar nada, mas o sorriso vai se intensificando em cada um. Depois de alguns quarteirões ela fala.
- Eu viro aqui.
- E eu vou reto.
- Foi um prazer.
- Foi.
- Então tchau.
- Tchau.
Cada um segue seu caminho. Ficam na memória com esse encontro. Pensam sobre o outro. Constroem histórias intermináveis entre eles que nunca vão acontecer. Chegam em casa. Tomam um banho. Deitam. Pensam mais uma vez um no outro. E dormem. 
Depois disso, nunca mais se encontram.
Mais um salto, ou talvez um empurrão ... prefiro acreditar que nos demos as mãos e simplesmente deixamos a gravidade nos levar. Não posso negar em dizer que nada disso tenha se passado por mim, mas a incerteza de capacidades minhas me fazia acreditar que nada deixaria de ser diferente do que sempre foi. E assim, em tão pouco tempo, tudo que era certo se desconstrói. E mais uma vez eu quebro com expectativas, e surpreendo. Ou então, não deixei de ser nada além do que sempre fui, mas a distração dos outros se fazem presentes e insiste em se surpreenderem com a vida que se continua.
Hoje sentimentos estranhos se misturam. Hoje sinto saudades. Diversas saudades. Hoje chove lá fora e isso por algum motivo insiste em me incomodar.
O silêncio que nos abriga também nos deixam sem chão.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Velhos rostos que insistem em me assombrar.
Agora que a vida continua, que o mundo voltou a andar, porque te vejo estampado em outros lugares?
A consciência de que são coisas da minha cabeça me acalma, mas a insistência da possibilidade de eu estar aceitando o inevitável me assusto.
Te encontrei por segundos. O espanto ficou gravado em mim e como todos não perceberem isso?
Você já se foi a tanto tempo, porque insiste em pairar em minha vida como se fosse um fantasma?

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Fragmento de mim...


pedaços do que ficou.
já não sou o que fui
nem sou o que serei
hoje só resto sobrevivem
e pedaços que já não pulsam mais
sobras de uma vida
de sonhos que já foram
de dias que já passaram
de vontades mortas
hoje pouco sobrevive
e a sobre vida que levo
me enterra sem solidão

sábado, 22 de novembro de 2014

E aquele estranho olhar que me confunde.
Por vezes os olhares se cruzaram.
E nenhuma certeza tive eu.
Porque tu me olhas assim?

Palavras a trocar, vontade a falar.
Um silêncio a me preencher
e coragem é o que mais me falta
Quanto segundos tenho que esperar?

Você é a coletânea de perfeições,
O sorriso, o olhar, os cabelos...
até o canto do calcanhar
Uma obra a me completar.
Hoje a solidão me ocupa.
Sinto vazios inesperados.
Como se sumisse aos poucos.
e ninguém se quer percebesse.

Luto desesperadamente contra mim.
Me desmancho, me despedaço.
Pessoas sozinhas me rodeiam .
E eu insisto em tentar mudar.

Quantos pedaços de mim tem que morrer?
Tantos gritos de socorro que ninguém ouviu.
E outras energias que se vão.
Se esgotam e se acabam.

Hoje já cansei de ser eu.
Sinto vontade de ir
Como quem não tem nada a perder
E ninguém pudesse mudar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Vem comigo acreditar que o mundo vai ser melhor!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Momentos que ficam no passado. Sentimentos que se esquecem na distância.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O mundo se acaba mais uma vez... E mais uma vez estou sozinho.
Me encontro em uma cidade que, cada vez mais, me faz acreditar que não tem mais nada a me oferecer. Percebo que as pessoas que quero não estão comigo e com isso... entendo minha mania de deixar os outros para traz. Não que eu abandone alguém... Pelo contrário, insisto em levar todos comigo, de diferentes formas.
Em cada viagem é alguém que fica. Em cada despedida é alguém que levo.
Se acreditar em signos, entenderá meu desfortúnio, e também o que me fazer ser quem eu sou. Viajar faz parte de mim, e a solidão no desconhecido não me incomoda. Conhecer melhores amigos de algumas horas, que ficam eternamente no coração, mas que muitas vezes nunca mais nos encontremos. Apaixonar perdidamente por uma noite, e entender que aquela noite é o tempo exato da paixão. 
Desconstruir verdade impostas que não passam de ilusões. 
Decidir fazer meu caminho, minhas escolhas, minhas paixões. Pra sempre ou só por um momento... como já foi dito.
Meu corpo pede, minha mente pede, minha alma pede mais. Viajar. Abandonar cada centímetro de certeza que tenho na vida. Me entregar ao mundo e receber dele tudo que preciso de volta. 
Visitar lugares, conhecer pessoas, se jogar na vida. 
Quem me chama mais? O mar? O campo? O rio? A vida? Tanto faz.
Fechar os olhos e deixar que algo além me conduza.
Hoje, o mundo se acaba pra mim, e morro aos poucos com isso.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Entre trocas, cheiros e vida

Quantas dores um coração consegue absorver?
Não digo dores da pessoa que guarda ele dentro do peito, mas digo das dores alheias. Tudo tem um limite e isso é bem claro de perceber, mas e quando você prefere se atirar em um abismo de desilusões do que abandonar aqueles que são tão importantes para ti?
Eu sei que muitas vezes eu levo essa história de querer ajudar um pouco além do que me convêm, mas eu acredito que toda pessoa tem o potencial de ser importante na minha vida. Gosto de acreditar que podemos ser responsável pela felicidade alheia, mesmo quando as energias entre os dois não são totalmente compatíveis.
Pensando em energias, reflito se teria eu energia boa o suficiente para ajudar as todos que preciso, trocar com as energias desgastadas que a vida insiste em nos trazer. Gosto de poder sentir aquele calor, mesmo que sutil, que sai das pessoas quando a alma está mais calma, quando os ânimos estão mais relaxados e quando o silêncio deixa de ser devastador.
Não sei bem se em algum momento, ou em algum lugar consegui fazer realmente isso que acredito, já que nem é muito bem comprovado por ninguém essas tai energias sobrenaturais.
Mesmo não sendo assim certo, é impressionante como elas são reais, são sensíveis e sensitivos.
Energias essas que as vezes parece que dá até para pegar, para ver, cheirar, ouvir e provar. Energias essas que insisto em cultivar. Energias essas que não me apego a ponto de não querer trocar.
Quanta energias um coração consegue filtrar?

domingo, 17 de agosto de 2014

Já me perdi de mim e dos outros tanto mais.
Deixei para traz o que passou, trazendo comigo pequenos resquícios do que se foi. Fios de memórias para saber quem um dia fui. Memória essa que se esvazia aos poucos de minha cabeça, deixando só sentimentos perdidos em meu peito.
Hoje pouco me resta. Sombras de amores que se foram. Nomes sem faces. Juras ecoadas no vazio de mim.
Quem se lembraria das sobras que abandonaram na vida?

segunda-feira, 28 de julho de 2014

To com saudade de você!

sábado, 5 de julho de 2014

Procura-se

Leveza para minha vida...

De repente tudo ao meu redor começa a se tornar pesado. As pessoas estão pesadas, as energias, as vontades, a vida.  Procuro leveza, procuro pequenos momentos de alegria para serem lembrados para sempre, procuro pessoas...
Não sei como, nem porque, mas em algum momento da minha vida as energias começaram a se tornar esmagadoras. Nem toda a minha força de vontade de transformar a vida está sendo suficiente. Sinto como se todos que me rodeiam não conseguissem ser felizes. E a felicidade tem me escapado pelos dedos. Não que a vida esteja ruim, mas para quem sempre viveu numa montanha russa de emoções, um passeia de carrossel não me tira nem um grito se quer. 
Procuro pessoas loucas, procuro momentos únicos, procuro o inesperado.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Entre risos e silêncios tantas pessoas se passam, tantos falsos amores, tantas promessas esquecidas. Quantos vazios existem em mim, quantas faltas e saudades? Talvez, mas só talvez, eu tente preencher os outros por causa das ausências que me consomem, ninguém deveria ser consumido! Eu, provavelmente, ainda gosto de memórias que me esqueceram.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

tantas frases vazia que passam pelo ar... e aqueles momentos de desespero que você precisa, mesmo não querendo, que as pessoas percebam... são esquecidos no ar ... quantas vidas consigo equilibrar em cima da minha?

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Quando o  corpo e a mente não estão mais em sintonia, o desespero me encontra. Como me reencontrar? Como me perder por completo? O meio termo nunca foi o meu lugar... A inexistência de sentimentos também não. O corpo falha, a memória falha, o músculo falha, a alma falha, a vida falha. Disso o que resta são as sobras de uma vida que já foi... e está longe de ser.

terça-feira, 20 de maio de 2014

melancolia

Me sindo esvaindo nessa vida...
Já não me sobra energia para viver...
Luto incontrolavelmente contra mim...
Sinto que perco todos os dias...
Quem estaria aqui, comigo...
Sendo que amedrontei a todos...
Quem gostou de mim...
Quem quis estar do meu lado...
Quem me suportava...
Corri contra o tempo...
Quis ser tudo que não podia...
Contestei o incontestável...
Me enterrei em uma sobrevida...
Não sei bem como voltar...
Hoje...
Me sinto vazio...
De pessoas.
De abraços.
De carinho.
De esperança.
De força.
Hoje, talvez, não sinta nada...

sexta-feira, 16 de maio de 2014

de repente ... me sinto só... nem sei direito porque... se as coisas só voltaram a ser o que era... sinto as coisas se desfazendo... e eu ainda acredito que a realidade não é essa... qual seria meu lugar?

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Dos desencontros da vida:

Hoje decidi te procurar, algo em mim me puxava para você. Já não sei bem o que, ou por que...
Sai na rua a procura de um sinal, de qualquer coisa que me fizesse bem, que me levasse para mais próximo de ti. Saí como sai um apaixonado que acredita cegamente que tudo vai dar certo e que o mundo é perfeito do jeito que é. Andei por ruas desconhecidas, lugares que nunca fui. Me perdi em meio tantos prédios e tantos apertos que existia em mim. Corri por avenidas inteiras tentando chamar sua atenção, tentando me gravar em sua mente como a tinta que penetra a pele em uma tatuagem. Usei de todo o meu fôlego para que você me escutasse, mesmo que as palavras que saiam de minha boca, não passassem de asneiras, bobeiras, infantilidades. Me joguei em um abismo sem fim ao tentar te encontrar, e quando cheguei ao fundo, me vi sozinho em meio a escuridão. Sem luz, sem água, sem vontades, sem você.
Caminhei por todos os lugares que meu corpo conseguiu ir, sonhei todas as situações que minha mente conseguiu criar, doei toda a energia que minha alma conseguiu carregar e agora estou vazio. Um corpo jogado ao chão, sem forças, sem sonhos, sem alma...
Hoje decidi te encontrar... me vesti, sai de casa, andei por exatos 3 min e 27 s, até que te vi... Respirei três vezes profundamente. Você estava longe, estava linda, estava feliz... eu não. Sentei por ali e te deixei ir.

domingo, 11 de maio de 2014

quarta-feira, 7 de maio de 2014

E a noite foi difícil de vir, no caos a calmaria me incomoda. Já não dou conta de fazer tudo que um dia fiz... O cansaço do corpo e o cansaço da alma me impede de ser...de viver... quanto tempo ainda resta para mim? Hoje me sinto fraco, me sinto incapaz. De repente eu machuco quem não merecia se machucar. Na tentativa de ser o máximo para os outros me falta força... Essa minha maldita mania de querer os limites... de querer ser mais... de superar tudo que o mundo possa me jogar... talvez não seja o mais saudável pra mim ou pra qualquer um. Insisto em acreditar no impossível, no inalcançável, no inesquecível, mesmo o esquecimento já fazendo parte de mim. E mais uma noite se vai, e menos resta de mim.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

O problema é que chega um momento em que tudo da mesma maneira me entedia. Sinto necessidade de mudar, conhecer novas cidades, novos lugares, novas pessoas, novas coisas. Me atirar mais uma vez no inesperado para, talvez, encontrar o que estou, ou não, procurando.

sábado, 3 de maio de 2014

Da dificuldade de desapegar

Já não sei bem se sou eu ou o mundo que está quebrado, não que eu me ache superior a qualquer outra pessoa, mas insisto em tratar a vida de uma forma diferente. Nunca fui assim muito dependente de algo, me desligo, sem desligar. Se a ausência é necessária, que ela seja aproveitada ao máximo, mas que não incomode a minha sanidade.
Tenho me questionado sobre muitas coisas na vida, e a minha falta de preocupação na necessidade de estar com as pessoas é uma das questões em jogo. Será que sou assim tão insensível como dizem? Será que aquelas palavras que ecoam e minha cabeça são verdadeiras? "Ninguém pode ser assim como você. Algo tem que te afetar." Por meses pensei que isso talvez fosse a necessidade que as pessoas tem em sofrer, mas e se o sofrimento não for ruim? Me encontro em um mundo que sofrer é quase que proibido. Não se pode chorar, não se pode estar sozinho, nem mesmo querer sumir um pouco. Tudo é controlado, os sentimentos "ruins" são escondidos atras de medidas provisórias ou drogas que impossibilita o corpo de sentir.
Será que chorar é tão ruim? Será que aceitar o fim é o fim? Será que o erro não pode ser nosso também? 
Dizem que da mesma forma que não podemos perceber a escuridão sem a luz, não percebemos a felicidade sem a tristeza. Dualidades que não se separam nunca.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Abrir a porta para um mundo de possibilidades, de risos, de inocências, de vida. Desistir do que ficou no passado, do que nos pesa, do que nos atrapalha para criar espaços no dia, possibilitando o inesperado. Viajar, fugir, correr, tanto faz. Encontrar o que te faz bem, encontrar você mesmo. Um salto no vazio. Quem está dentro de ti? O que você realmente quer? Um nariz que se destaca para que se entenda que o ridículo simplesmente faz parte.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O coração cheio, de dores, de amores, de vontade, de saudades e a mente esvaziada, esquecida, abandonada. Tanto a se falar, tão poucas palavras encontradas. Sinto minha mente cada vez mais vazia. Um branco que ocupa a cabeça. As memórias vão se perdendo. As palavras vão sumindo. E o desespero torna a incomodar. Os vazios me ocupam e me deixam sem espaço para a vida.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

incapaz

Odeio quando aquela velha sensação de incapacidade me atinge. Quando sei que a vida das pessoas que gosto não estão boas, mas eu tenho tanto força para fazer algo diferente por elas, quanto uma pedra. Odeio quando vejo mundos desmoronando e não posso se quer abraçar forte e tentar suportar algum chão para elas. Odeio ver o mundo tomando seu constante caminho de decepções. Odeio estar longe, não fazer diferença, não conseguir salvar o mundo. Se quer ter a capacidade de pingar uma gota que for de esperança nos olhos de quem não vê. Odeio ter a necessidade de ver as pessoas felizes. Odeio perseguir sorrisos que não existem mais. Odeio coletar sonhos abandonados. Odeio ser forçado a acreditar que não tem mais o que fazer. Odeio abrir mão das pessoas. Odeio ver alguém desistir. Por muitos motivos e em muitos momentos, me odeio por não fazer nada para mudar. 

segunda-feira, 31 de março de 2014

Em meus pensamentos ainda estão aquelas cenas bobas de relacionamentos, onde eu me encontro em momentos de intimidade e futilidades da vida, sempre acompanhado por um abraço caloroso e um toque sutil, mas ultimamente esse corpo que me acolhe já não tem mais uma face, eu já não sei reconhecer ela. Desde sempre existia uma cara para me acalmar, um olhar familiar, um sorriso inesquecível. Não mais. Tantas pessoas me encantam na vida, mas já não vejo ninguém nesse lugar. Sinto que cada vez mais esses momentos estão se distanciando de mim e, talvez, essa seja a vida que eu montei para mim, afastando todos que me queriam ao lado, impossibilitando que as pessoas se apegassem além desse "amigo" estranho que sei ser. Me faz falta esse carinho, esses momentos, essas sensações, mas já é um lugar onde não cabe mais ninguém por enquanto.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Fecho os olhos para voltar a tempos que já foram, sozinho no meu quarto encontro sentimentos que foram guardados em uma caixa escondida em algum esconderijo secreto na minha casa. Revivo dias em que as duvidas não me corroíam a ponto de me amputar as forças de acreditar em utopias, essas utopias que me davam esperanças para continuar a guerra quando uma das batalhas tinha se perdido. Vejo rostos amigos que a tempos não querem mais ver o meu. Tenho longas conversas com pessoas que já não estão mais comigo. Não vejo isso, sempre, como um problema, é uma escolha e só.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Silêncios

Sempre chega aquele momento em que o silêncio se torna devastador e eu já não sei bem ao certo, se é que algum dia cheguei a saber disso, qual caminho escolher para continuar essa jornada. Em meus constantes delírios da vida, insisto em me enganar repetidamente sobre as minhas vontades. Acredito cegamente que posso salvar a todos e por mais que eu tente, existe um impulso maior dentro de mim que faz eu me atirar constantemente em situações sem possibilidades de um bom futuro para mim. Continuo imaginando uma realidade em que os meus "sacrifícios" (com muitas aspas, já que sacrifício é uma palavra muito forte e em nenhum momento perdi algo que nunca seria substituído) seriam recompensados e no final do dia não acabasse de novo esquecido no silêncio. 

terça-feira, 4 de março de 2014

os entres que se perdem.

Por um breve momento, tudo para.



Você respira e começa a tentar preencher todos os vazios que se encontram em sua memória. Entende que está fadado ao esquecimento e que já não sabe bem como lutar contra isso. Aprende que existem coisas maiores do que nós e que nem tudo pode ser guardado para sempre. Fica incomodado ao saber que bons momentos ficam para traz, mas insiste em tentar qualquer tipo de vantagem nisso. Por mais que qualquer tentativa de aproveitar a situação pareça meras desculpas de alguém que não quer aceitar o desespero dos vazios. É muito difícil ter só fragmentos de vida. 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Energias que se encontram no desencontrar da vida. 
Um sorriso que se abre para o mundo girar.
Já não sei bem como acontece.
Desconfio de mim, do mundo, de todos,
Mas acredito na imensidão do inesperado.
Quantas pessoas se cruzam num dia?
O mais difícil é o que não fica disso.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Aquela do abraço

E quando um olhar encontra com o outro
E um sorriso surge para o outro
E o movimento de aceitação aparece
E os corpos se entrelaçam 
E os calores se encontram
E as faces de relam
E os cheiros aparecem
E sente a força de quem não quer largar
E sabe que também não quer
E tem certeza que tudo está bem
E sabe que por um segundo o tempo parou
E nunca quer acabar
E então, passou....

Sobra-se a lembrança,
a sensação,
a saudade 
e o sorriso.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Então ele abre seus olhos e sente o incomodo da luz do sol que reflete em seu espelho. Seus olhos começam a arder como se a anos não visse qualquer tipo de claridade. Sente-se perdido por não saber bem aonde está, mesmo tendo certeza que não saiu de sua cama a dias. A falta de força que o atinge faz sentir como se seu corpo fosse de chumbo e nem com toda sua energia conseguiria se mexer. Mantem-se deitado tentando adaptar a claridade que ocupa sua vida, já não sabe bem o que é ver as coisas. Por três dias se encontrava deitado naquela cama enorme, mas três dias que parecia uma eternidade. Pensava o que teria acontecido consigo mesmo que nunca foi de desistir. Sua cabeça, confusa pela fome e sede, incomoda como um alarme de carro que não para de tocar. Respira fundo na esperança de encontrar em sua memória o porque de estar daquela maneira, mas sem nenhum bom resultado. Era como se tivesse perdido os dois últimos meses de sua mente, apagadas como se deleta uma foto qualquer em um computador, pra sempre perdido no vazio de sua cabeça.
Junta toda a energia que consegue e tenta levantar, mas o máximo que consegue e virar a cabeça a ponto de conseguir olhar um canto de seu quarto. Lá sente a solidão que o ataca, caído no canto se encontra algumas garrafas de whisky, todas vazias, não lembrava de ter bebido nada, mas explicava a dor de cabeça que sentia sem parar. Nunca foi de beber muito, se contia em quatro copos de cerveja para um dia agitado. Um pouco mais ao lado conseguia ver algumas cartas rasgadas e outra queimadas, só conseguia pensar em que poderia estar escrito nelas. Nada vinha a cabeça, apenas um imenso branco que não lhe dizia nada.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Hoje já não sei bem quem sou, me olho no espelho e já não me encontro mais lá, Tudo que vejo são apenas reflexos de fragmentos daquilo que um dia passou. Sou ali por entre aqueles vidros quebrados apenas uma sombra que passa. Aqueles estilhaços que continuo a todo o momento recolhendo, e como um quebra-cabeça com calma tento juntar as peças.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Tudo aquilo que é varrido pelo tempo...

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Em meio a solidão, me vem aquela vontade eterna de chorar, mesmo sabendo que as lágrimas custam a surgir, talvez tenha calejado minha alma dessas dores imensuráveis e só chore quando a banalidade da minha vida se tornar vazia. 
Continuo essa eterna luta em descobrir o que sou e me encontro sem conseguir respirar, tudo que meu pulmão consegue puxar já não me satisfaz mais. O ar me falta e consequentemente me falta calma.
Insisto em acreditar na beleza da vida mesmo quando são só os meus olhos que conseguem ver as cores que o mundo me mostra. Sem desistir procuro em minha alma a melhor maneira de mostrar o meu mundo e dessa caos surge minha arte.
Já não sei viver em paz, mas a paz não vive comigo a muito tempo, me acostumei com o caos, a confusão, a correria, e no meio de tudo isso, os sorrisos, os amigos, os amores. Não duvido na capacidade que tenho de me envolver com as pessoas, duvido é na capacidade que as pessoas tem em se manterem perto de mim por muito tempo, por mais que eu insista em avisar como sou para todos, algo insiste em darem uma chance ao mundo, ou menor a mim e no final a certeza de que tudo é como é me atinge novamente e mais uma noite sozinha se vai.
No meu peito meu coração insiste em bater na tentativa de me lembrar que ainda vivo, mas minhas energias já não sustentam a mesma opinião. Tenho vivido dos outros. Tenho me alimento e me sustentado dos outros, até quando isso vai ser possível?
Me iludo a cada dia dizendo que amanhã vai ser diferente, que amanhã vou voltar a correr, que amanhã vou escrever aquele artigo, que amanhã vou encontrar o amor da minha vida, que amanhã terei um emprego, que amanhã tudo vai ser diferente, mas quando amanhã chega ele deixa de chegar e me atravessa novamente na vontade de ser diferente.
O sono me atinge constantemente e ao deitar quero dormir, ao dormir não quero acordar, ao acordar quero morrer. Uma morte menos dramática de qualquer suicida, uma morte para os outros, quero morrer na memória de cada um e de repente ninguém mais me conhecer e eu ter aquele prazer tremendo de reconhecer a todos, sem julgamentos, sem erros, sem questões, sem nada.
O problema não é só o mundo, mesmo sabendo que ele está em uma imensidão de problemas que, talvez, se não o tivesse não tivesse esse texto sido escrito, mas é comigo também, difícil acreditar na minha impotência na vida, aceitar que nunca mudarei o mundo, nunca salvarei ninguém, nunca farei nada além do que fui precisamente construído para fazer. O problema é acreditar em utopias que tenho todos os argumentos necessários para provar que não passam de meras utopias. A aceitação é o pior sentimento que pode me atingir, é aquele sentimento que não vai me deixar sair da cama nunca mais e isso eu nunca quis.
E o ar ainda me falta, me falta algo a mais ... algo que já não sei bem o que, um dia soube de tudo que precisava e então descobri que era tudo um erro de uma pessoa inocente qualquer. 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A distância se faz presente, a cada momento ganhando sua força, mas se fosse só uma distância... Quantas distâncias que há entre mim... 
A cada viagem fica um pedaço do que sou e um novo pedaço surge. Cada lugar uma pessoa que fica por lá, uma saudade que me acompanha. 
E o tempo é a pouco... Quanto tempo dura uma relação? Ela fica pela metade, cortada, parada, distanciada. Relações que as vezes ficam pelo tempo e pelo espaço, outras que lutam contra a insistência da vida.
Aquela distância que nos separa, que nos machuca, que nos entristece. Aquela que insiste em nos incomodar. E a vida... a vida não ajuda em nada, insiste em apertar por inteiro nosso pedaço de carne chamado coração, insiste em enfraquecer a aula, em matar as esperanças. 
Quantos km que me separa do resto do mundo?

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

It feel like flying, but my feet was in the ground.

3 minutos

... e naqueles 3 minutos entendi o que era a felicidade. As preocupações já não faziam sentido naquele momento... eu sentia que a vida estava certa e pensava que tudo tinha me levado até lá. Me fiz acreditar que aquele sentimento seria eterno e por 3 minutos aceitei toda a alegria que conseguia carregar. Não sabia direito o porque de tudo ser como foi, mas não me atrevia a duvidar de nada nem de ninguém, não queria dar a sensação de que aquilo não era tudo que eu precisava. Já não sei por quantas horas revivi esses minutos em minha cabeça e nem quantas vezes tentei voltar ao tempo, mas sei quanto tempo foi necessário para tudo se transformar de neutro a perfeição e da perfeição ao inferno. Não que minha vida tenha piorado do que era, mas ainda sobrava aquele gostinho da felicidade em minha boca... como aceitar o mediano quando sabe o que é a perfeição? E por 3 minutos minha vida mudou. E por 3 minutos o tempo parou. E 3 minutos depois... o mundo acabou.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Você pega e mais uma vez faz aquela besteira de se apaixonar, aquilo que nunca deu certo você insiste em insistir. uma hora você abre os olhos e entende que a tempos você não é você mesmo e que a tempos você vive uma falsa alegria. Daquelas que você tem que deixar de ser feliz para agradar, para fazer as relações acontecerem. E como alguém pode dizer que sua alegria é mais importante do que a do outros? Quem poderia falar isso? Em um mundo de incertezas que vivo... questionamentos banais são coisas que fugo de aguentar. 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Então você olha para o horizonte e vê todas as possibilidades em sua frente. Tudo que você pode sonhar... e então .. você tem que abrir mão de suas vontades para só assim conseguir o infinito. E quando a vontade é mais forte? E quando você percebe que o infinito pode esperar? Não. Não é medo... é simplesmente um escolha... arriscar a eternidade por breves momento de felicidade, e quem vai falar que isso não vale a pena? Quem? Você que a todo o momento aceita a insignificância da sua vida, como poderia entender o que é largar tudo para ser o que nunca foi? Vamos agora... enganar o mundo e acreditar em vidas paralelas em que tudo vai dar certo!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

E acordar de um sono profundo.
Um dia que se passa. 
Um dia qualquer. 
E o começo de mais um ano.
Quantos anos já se foram?
Quantos ainda por vir?
Hoje é mais um dia  e mais um tempo
Mas o que vai mudar na vida
o que vai ser o mesmo?
Hoje acordei
E tudo que queria era dormir
Simplesmente dormir.
Deixar o tempo passar
como ele sempre insiste em passar.
Tudo bem.
Vamos deixar acontecer.
Vamos lá.