segunda-feira, 30 de agosto de 2010

As Criadas

Programação de "As Criadas" para Setembro:

http://chacomascriadas.blogspot.com/

domingo, 29 de agosto de 2010

Tempo

"Oi. Bom dia! Eu vim aqui, só para te perguntar uma coisa. Não, não é nada de mais. Você está com pressa? Mas é uma coisa super rápida. Não tem tempo, não é? Tudo bem. Depois a gente conversa. Tchau."


Como o tempo é engraçado. Nunca tempos tempo para nada, mas o tempo continuo sendo o mesmo desde sempre. Nem uma hora a mais, nem uma hora a menos. Porque será que quanto mais tempo se passa, mais o tempo passa? Um velho amigo meu uma vez me disse, que tudo isso é da persepção de cada um, que cada ano que passa o tempo parece passar mais rapido, pois quando a gente tem um ano, e mais um ano se passa, é como se você vivesse duas vezes, mas quando você tem dois anos e mais uma ano se passa, você só viveu meio ano a mais. Entende?
E quando se tem 20 anos, é só mais 1/20 de vida que passou. 40 anos, 1/40. 80 anos 1/80. E tudo acaba se tornando muito pequeno em relação ao tempo. Quem espera todos os dias por 10 minutos antes de ser feliz, se tiver que esperar um dia meia hora vai surtar com a demora. Agora quem espera todos os dias por 5 horas antes de ser feliz, não vai ver passar 1 hora, e vai achar quem nem esperou direito.
As vezes não temos tempo nem para falar para as pessoas o que pensamos, ou as pessoas não tem tempo para ouvir. Então pagamos para uma pessoa, para ficar por uma hora conversando. As pessoas se distanciam tanto por falta de tempo que acabamos esquecendo o que é ter amigos, qual a função de uma amizade.
Tempo. Um dia brinquei com o tempo, como brincava com uma bola de futebol, hoje o tempo brinca comigo dessa maneira. Ironias da vida ?
Por que não ?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Caderno Eu - 27/08/2010




Começamos a nomear o movimento segundo o estudo de Rudolf Laban.
Cinesfera: Espaço pessoal de cada pessoa, formada no limite do alcance corporal de cada um. O corpo dentro de um cubo tem 27 pontos.


Sem contar no corpo mais quatro elementos são essenciais para a analise segundo Laban: Tempo, Espaço, Frequência e Peso (também nomeado de Força)
Peso diferente do peso de Klauss Vianna, não é o peso de a gravidade puxar para o chão, ou de alguma força física que puxa o corpo no momento em que ele está o mais livre possível, e sim o peso de movimento, tônus, densidade no movimento, força do movimento.
Importante lembrar que 3 dos 4 elementos de analise, não querem dizer nada só com o nome, eles funcionam como mesas de sons em que se vai aumentando o grave, ou o agudo. No movimento se aumenta ou diminui
o peso e o tempo. O espaço se analisa baseado no espaço pessoal, ou espaço total.

Bom também lembrar que o Klauss trabalha mais com a percepção do corpo. Já Laban analisa o movimento. K. interno, L externo.


Só para recordar de onde meus movimentos surgiram: " Não dá, assim eu vou reprovar em todas as matérias, porque eu tenho muitas viagens para fazer e nem sei mais o que vai dar. Eu quero viajar, para mais lugares ainda. Queria ir para Salvador, e também para Porto Alegre, mas como eu vou, se tenho que estár nos mesmos dias em São Paulo? To precisando de mais tempo na minha vida para viajar. Tantas viagens tão pouco tempo. AHHH! Vou reprovar em todas as matérias assim."

Algumas imagens:

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Caderno Eu - 25/08/2010

SEM PROTOCOLO!!!! Pessoas atrasadas... não tinha um acordo? Exercício começou com uma imaginação:

"Era uma vez, um cara de 20 anos que estava andando por um caminho, muito perigoso, subindo uma montanha para encontrar uma pessoa muito importante. Esse caminho era cheio de perigos, como partes estreitas para se passar, pontes quebradiças, penhascos, pedras caindo, tuneis, entre outras coisas. Ele estava empenhado em atravessar todo o caminho e sabia que não podia demorar porque se não a pessoa que ele queria encontrar irria em bora e nunca mais se veriam. Estava atravessando todos os obstaculos quem encontrava em seu caminho até que muito ao longe, quase no topo da montanha ele vê um vulto, não sabe bem quem é mais ele imagina que é a pessoa que ele queria ver, então se apressa mais a chegar. Chegando perto ele vê que não é uma pessoa e sim um ser estranho, uma mistura de um Robô depressivo que ele virá em um filme chamado "Magnólia" com a imagem de um troll dos jogos de digitais que ele jogava quando criança. De repente ele sente um fio puxando ele pelo umbigo, como se fosse um fio de prata, e o puxa em direção ao ser estranho parado em sua frente. Ele se olha e percebe que está dentro do corpo desse ser, e que ele tem outras vontades diferente da dele de ir encontrar a pessoa, então a fução do garoto com o ser começa a descer toda a montanha, vontando por todo o caminho que o garoto tinha sofrido em atravessar até chegar em um lago. E nesse lago tudo que o ser queria fazer era sentar, admirar a vista e ficar depressivo sozinho, mas algo aconteceu e varios outros seres estranhos surgiram, e uma voz do além então lhe disse "Agora tenha relação com os outros", mas ele não queria ter relação com nenhum outro ser estranho, ele já era estranho de mais para si mesmo.Como a voz do além pediu ele tentou fazer isso, brincou com um dos seres, mas parecia que faltava assunto a se tratar entre eles, então ele reparou um ser saltitante que não parava e começou a andar para longe do saltador. Até que o ser estranho e depressivo se sentou mais distante do lago e viu uma briga muito estranha. Uma onça que não era onça sendo morta por um caipira que não era caipira. E fim da história... Ou será o começo?"




Pena que essa história só apareceu na imaginação e não foi transportada para o corpo, hoje meu corpo não estava respondendo aos estímulos da minha mente, não sei dizer o porque, deve ser coisa do dia.

Algumas outras imagens que surgiram:


Caderno Eu - 20/08/2010

Afinal de contas, ninguém faz nada sozinho, mas é uma droga depender dos outros.

Retomamos as percepções da ultima aula. E tive minha resposta, apoiar sobre outro apoio não necessariamente eh pele na pele e sim apoios sobre apoios, exemplo: braço levantado, para levantar precisa de um apoio nosso corpo ainda não tem poder de enganar a gravidade.

Como sentir o peso sem abandonar o corpo? Ter consciencia do peso é que dá leveza para as bailarinas. Como?

Sequência do Klauss Vianna. Tentar monitorar as articulações para que todas se movam é como tentar ligar varios interruptores que dividem circuitos, quando liga um o outro cai, ligando o outro o um cai.

Apoio nos pés. Peso na cabeça. Só movimentos de cabeça, possivel caminho a seguir?

Imagens:

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Dança dos Pés

Dança... Movimentos... Sentimentos... Energia... Emoção...Dança...

Fui ver uma apresentação de dança do UAIQDANÇA no sabado de manhã, em comemoração dos 20 anos da escola. Algumas das danças já tinha visto em outras ocasiões, mas uma foi nova para mim.
Duas dançarinas entram no "palco" de saias longas e um "cone" cobrindo o corpo e a cabeça. A dança começa no chão onde os movimentos se dão apenas com as pernas e os pés. O ritmo se modifica com forme as dançarinas, ou vice e versa.
Como contar uma história só com os pés? Como passar sentimentos assim? Como emocionar assim?
São perguntas que qualquer ator em uma busca de melhor expressividade corporal procuraria. As duas dançarinas tiram de letra esses questionamentos, trazendo em seus pés e pernas toda uma sapequice de criança, uma curiosidade de menina, uma certeza de mulher.
A energia que era instaurada em cena, era de brincadeira, de alegria, de muita emoção.
Deixe que o pés te guie e mostre ao mundo como se sente.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Caderno Eu - 18/08/2010

08:50h, hora de começar. 4 alunos? 14! O resto está atrasado!
7 estudiosos para seguir, não lembro o nome de todos, depois eu descubro.
Cada um traz uma coisa para se perceber, uma ideia a seguir, um caminho a trilhar. Parece distintos, mas tudo vai se unir para chegar a um lugar comum. Esse lugar? Só chegando lá para saber.
Discussão! Interpretação não pode ter corpo para ter interpretação? Acho que não! Metade do "interpretar" depende do corpo, e o corpo é uma forma de chegar a uma interpretação. Aula de interpretação tem que fazer montagem? Acho que não! Tem que trabalhar a interpretação. Montagem se faz em outro matéria.
A faculdade é um caminho para a formação de um ator, o problema é que ela não é criada para especializar o ator em alguma coisa e sim para deixa-lo apto a falar o básico sobre um pouco de tudo. Por isso que existem ESPECIALIZAÇÕES depois da faculdade, certo?
Discussões a parte, vamos para o corpo.
Improvisação direcionada.
Fazer oito a partir das articulações. Para mim partir do quadril é mais fácil. Deixar que esse movimento se irradie pelo corpo. Tanto que ao fazer com o quadril, com o tronco, percebi que outras parte do meu corpo estava consequentemente fazendo também. Ombros, joelhos, braços, cabeça, pés...O difícil foi manter varias partes no oito e tentar fazer o movimento o mais rápido possível, de repente estava fazendo vários círculos com o corpo.
Passando para o peso, eu ficava no meio termo entre sentir o peso, sair do eixo, o que de uma certa forma eu sentia o peso total do corpo. Deitado é mais fácil de desassociar o peso do equilibrio, e sentir o peso só de certas partes do corpo. Com a idéia de sentir o peso os apoios surgiam bastante, que foi o próximo passo a ser analizado.
Certo ponto pediu-se para apoiar no corpo. Apoio sobre apoio pode ser musculo sobre musculo? Porque se for, o simples fato de estar de pé você já está realizando apoio sobre apoio. Busquei o apoio em cima de outras partes do corpo, como mão apoiando na perda, pernas nos braços, etc.
Projeção e oposição era consequência da minha busca por outros apoios. Para se ter equilíbrio quando se está em apoios diversos, a oposição é necessária, quando comecei a pensar em oposição, meu movimento se perdeu e eu fiquei um pouco desnorteado.
A densidade é algo que me divirto em brincar, e já se tornou comum, mesmo quando não é o principal em aparecer a variedade dela.
A dificuldade foi em manter a atenção só no pedido, qualquer movimento que você faz, todos os elementos estão presentes, articulações, peso, apoio, oposição e densidade. O estimulo nos levava a movimentar, mas a racionalização de terque pensar exatamente em um deles atrapalhou meu trabalho. Tenho muito mais facilidade em deixar o corpo se movimentar do que em pensar no movimento que está sendo feito.

domingo, 15 de agosto de 2010

O que nos move a criar?

Essa pergunta é meio doida, meio cheia de possibilidade.
Essa era a pergunta que movia a primeira semana de recepção dos calouros do curso.
Sem querer acabei no meio de um roda em que cada um falava a sua percepção sobre o assunto, e de repente, como sempre, me peguei pensando osbre o assunto e só conseguia pensar em uma coisa:
"O que NÃO me move a criar?" e para essa pergunta eu não achei nenhuma resposta.
Tudo é uma grande criação não é? Todos criam coisas 24h por dia. Criamos sonhos. Criamos respostas. Criamos movimentos. Criamos pensamentos. Criamos vontades. Criamos esperanças...
Então eu não sei falar o que me move a criar, pois tudo parte de uma criação.
As vezes não precisa de um movito para criar um movimento, uma fala, uma ideia...As vezes precisa.
Podemos criar apartir de temas, escolhido pela gente ou por outros. De sonhos, que temos acordados ou dormindo. De vontades. De imagens, que vemos ou criamos. De musica, que ouvimos ou sentimos. De amores, que tivemos ou só ficamos sabendo. De tristezas, proprias ou do mundo. De alegrias. De sorrisos. De sentimentos. De sensações. De silencio. De solidão. De companhia. De conversas. Então me fala. O que não te move a criar?
Eu crio a partir de tudo, a diferença é que algumas coisas eu guardo pra mim, no meu intimo, no meu pensamento, e outras eu jogo para o mundo, mas não deixo de criar.
A criação parte da primeira gota de vida que recebemos.

domingo, 8 de agosto de 2010

Ternura

Vinicius de Moraes


Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar
[ extático da aurora.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

...

Saudade... tenho novidades... preciso de respostas... dê sinal de vida!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Você já teve um sonho?

De repente eu estou aqui, no meio de uma madrugada sem fim, tentando entender o porque dessa escolha. Eu então decido passar horas e mais horas para tentar entender e até então, não cheguei a nada. Não consigo saber se a escolha foi pelos acontecimentos, ou então pelos sonhos, talvez pela vontade de ser, ou outro motivo qualquer. De qualquer maneira, foi escolhido e eu não consigo saber o porque. Se é verdade o que se diz, então onde essa verdade vai parar?
Você tem um sonho? E se esse sonho nunca se realizar?
Eu não consigo entender mais as coisas. E esse tal de amor? Ninguém consegue explicar, então como é que pode-se dizer que existe? Fé?
Eu sei que amo meus pais, mas por que? Simples laço sanguinho? Pelo fato de compartilharmos pedaços de DNA? Pelos anos que passamos juntos? Pela jeito que aprendemos a conviver juntos? Pelas experiências que tive com eles? POR QUE?
São perguntas que não tem uma resposta real. Eu os amo, porque os amo!
E isso, me deixa aonde? Em lugar nenhum.
Amor... é tão fácil e tão difícil falar que ama alguém.
E então quando é verdade ? As palavras ficam presas na garganta, no vai ou não vai, na espera pelo momento exato de serem ditas. Quando sai, você percebe o como elas são perfeitas para descrever algo indescritível.
Estou no meio da madrugada, tentando entender algo, que acho que ninguém conseguiria.
Não é amor. Não é amizade. Não é física. Pra ser sincero, nem eu sei direito o que é.
Só queria descobrir o pôr que?
Você tem um sonho? E se ele não for seu?
As pessoas se apegam muito a arte, como uma forma de fugir da sua realidade, como uma forma de conseguir sonhar com algo extraordinario, as vezes para não aceitar que sua vida é só mais uma no mundo. Talvez esse seja um dos motivos de eu fazer o que faço. Conseguir dar esperança para as pessoas. Dar risos. Dar lágrimas. Dar emoções que elas não teriam a oportunidade de vivenciar, ou que teriam medo de mais de experimentar, mas no final, quando a representação acaba, as luzes se apagam, o palco se esvazia, tudo não volta a ser como era? As pessoas não voltam a ser quem eram?
Você tem um sonho? E se ele acabar?
Comecei a fazer teatro faz algum tempo, por diversão, sem pretensão nenhuma. Era divertido brincar de ser outra pessoa, era divertido fazer as pessoas rirem. Até que um dia, eu tive uma experiência única. Apresentar em um teatro de verdade. Só quem passa um dia inteiro dentro de um teatro, trabalhando, preparando toda a magica para a noite sabe o que é. Isso não foi o que realmente me prendeu. O que me prendeu foi de repente estar em um palco grande, com uma plateia enorme, um canhão de luz te iluminando, e tudo vazio. Ninguém no palco, ninguém na plateia, ninguém na técnica. Aquela sensação me pegou de uma maneira tão única e tão forte, que eu nunca mais quis sair do palco. É uma paz tão grande, uma energia tão forte que você abre um sorriso e pensa consigo mesmo "Vamos trabalhar que hoje vai lotar" E estando nesse lugar vazio você já começa a vizualisar as pessoas, as risadas, as lágrimas, as emoções. TUDO ganha forma. TUDO.
Você já teve um sonho? E se você parar de sonhar?