segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Amor. Tantas pessoas já tentaram definir o amor, com ou sem sucesso, depende do seu ponto de vista. Talvez somos manipulados a acreditar no amor. A arte transforma o amor em algo poderoso capaz de salvar a todos ao final do último ato. Não sou contra o amor, pelo contrário. Acho que existem mais formas de amor do que as que são fielmente demonstradas pelos filmes românticos. Passar um tarde deitado no chão com alguém amado é sempre uma experiência inovadora, mesmo que esse alguém tenha quatro patas e rabo. Ficar dias cuidando de um jardim e depois horas apreciando as flores que brotaram. Fazer surgir um sorriso no rosto de alguém que a pouco te pediu para largar tudo que fazia aos prantos no telefone. Ser "atacado" por um bando de crianças que querem te escalar. Receber uma carta de alguém distante. Um abraço. Um cheiro. Um nascer do sol. 
São tantas as situações em que o amor aparece de formas discretas que não vale a pena listar. O importante, pra mim, é perceber que não é possível amar sem primeiro ser amado. Se amar. Isso te faz ter força de não desistir, jogar tudo para o ar, ou qualquer coisa assim. Amor próprio que mantei aquela chama acesa dentro de ti mesmo quando rodeado de escuridão. Se eu fogo de amor se apagar, talvez seja impossível de ser re acendido. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Pedaço de mim é euforia e loucura, o outro solidão e vazio. E cruzo mais uma porta da vida, sem saber ao certo o caminho que ainda pretendo seguir. Sou uma mistura de alegria e depressão... A certeza que poderei ser melhor batalhando contra a vontade de adeus,

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Hoje eu estive ausente de mim. A vida acontecia em uma outra velocidade. Às seis da manhã acordo em um pulo com mais um sonho ruim. Assustado e sem conseguir abrir os olhos de cansaço, me rendo novamente a névoa espeça do sono. Próximo das nove horas sou acordado pela minha prima, que me chamava para ir a feira. Eu ainda estava desnorteado e com os olhos extremamente pesados de quem ainda não dormiu. Minha primeira reação seria voltar a dormir, mas tudo acontecia tão devagar que centenas de pensamentos passou por mim, até num momento de delírio aceitar o convite. Durante todo o trajeto até a feira, depois até o mercado, comer, ir brincar na praça, passear pela cidade e voltar para casa, eu me encontrava em um silêncio ensurdecedor. Todos os barulhos aconteciam mas nada era processado por mim. As imagens passavam como que atrasadas e o brilho estava borrado. Essa sensação se manteve durante todo o dia e eu não sabia bem se o tempo passava, ou se tudo estava parado. O dia estava desgastados, sem cores, sem sons, sem velocidades. 
Existe uma loucura estranha que é despertada pelo silêncio. Existe um vazio imenso que se encontra na ausência de pensar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Pelo menos eu tentei, certo? Isso devia valer de algo? Me servir de consolo por saber verdadeiramente que tentei? As coisas deviam ser mais simples com isso, não deveriam?

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Já não sei bem como lidar com as necessidades contínuas de ter que me controlar. Com aquela repetição de ser quem as pessoas querem que eu seja e não quem eu simplesmente preciso ser. Estou em um momento em que cada palavra que sai da minha boca tem que ser meticulosamente pensada, construída e analisada antes de ser dita. Muito além das palavras tenho tido a necessidade de refletir sobre cada intonação que escolhe, ou não usar. O fato de eu tenta fugir de uma realidade ruim me afundando em estudos, jogos e séries deixa de ser importante e expressivo pelo simples motivo de que quando eu encontro minha paz, ou consigo focar minhas atenções em um único lugar sem divagar pela existência, minha resposta se torna mecânica e inexpressiva, possibilitando assim o entendimento de terceiros como uma resposta áspera e revoltante.
Fico me pensando se as pessoas realmente me conhecem. Se conhecerem realmente, tentam repetidamente me transformar em algo que não sou como único intuito de uma felicidade própria. Ou então, nunca me conheceram e preencheram tais vazios com ilusões que não condizia com a realidade.
Não sei bem até onde isso pode ser verdade, já que é possível entender que as pessoas mudam, por diversos motivos. Mas se essa mudança que me ocorreu foi recente fico tentando entender se o conflito constante seja a melhor maneira de resolver tais problemas. Me sinto isolado do mundo pela não vontade de representar um interesse pela realidade, entendendo assim que a realidade nada mais é do que as escolhas que decidimos fazer, cruzadas com as escolhas dos outros. 
Esses conflitos que se seguem nada mais serve do que me dar mais motivos para me enclausurar em meu próprio mundo e evitar cada vez mais contato. Vejo a repetição de situações desagradáveis e penso comigo mesmo sobre qual seria um bom motivo para querer conhecer profundamente alguém. Alto afirmação? Necessidade de se tornar importante para alguém? Curiosidade?
Não sei. Tenho me agradado com relacionamentos curtos. Com a leveza da superficialidade. Eu não posso salvar ninguém de que adianta tentar me aprofundar em algo que me tornarei simplesmente um espectador?

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Um pouco de paz para tornar a vida tolerável.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Ainda sinto tua falta.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

E no escuro, e na solidão, ainda penso em você. Ainda sinto em mim aquele dia quando tudo estava bem, aquele momento que a gente ainda acreditava que eramos um do outro. Em minha pele ainda está desenhado seu toque. Seu sorriso ainda é a imagem que ocupa meu pensamento nos dias vazios. Tenho em mim a certeza de que sua ausência é o melhor para minha sanidade, mas cada célula do meu corpo ainda vibra ao som de sua voz. 
Me conforta saber que você está bem, que sua vida continua e que já é feliz sem mim. Me destrói não ter a certeza de que vou conseguir o mesmo. Aquela dualidade das lágrimas escorrendo em um face sorridente. É um abandono de si. A tentativa de seguir sem sair do lugar. 
Precisei para mim estar longe. Ou isso talvez seja o que eu me fiz acreditar e a verdade é que sempre foi uma escolha sua estar comigo ou não. 
Uma musica que só toca para mim. Um vento que me faz lembrar você. Uma vontade de paz. Um vazio. Uma solidão. Um desespero. Uma ausência.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Talvez eu já esteja cansado de tentar segurar tudo sozinho.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Ainda não aprendi bem a não me envolver. Entendo todo o conceito de termino, de final de um relacionamento, entendo a necessidade de espaço e de tempo, mas não sei como não me envolver. Luto contra mim mesmo para que não vá perguntar se está tudo bem com as pessoas, ou então de não enviar uma notícia que interessaria a mesma, ou qualquer idiotice que chegue nesse nível. Não faço isso pela ilusão de que tudo será resolvido e que vamos estar juntos de novo, até porque, na maioria das vezes, nem quero reviver um relacionamento terminado, mas nunca consegui realmente entender como isso se dá. Eu já aceito meus sentimentos da forma que eles são, percebendo que talvez sofra com algumas atitudes mas aceitando tal dor para ter qualquer resquício de paz interna. 
Só acho que sentimento que foram criados juntos e sempre foram tão forte não podem simplesmente virar em nada. Fico intrigado em ver que o amor hoje em dia pode ser trocado por vazios são sólidos que não deixa fazer falta do sentimento anterior. Meus amores continuam em mim, em intensidades diferentes, de formas diferentes, mas continuam em mim e como posso aceitar o fato de que não posso tentar ajudar quem amo só pelo simples fato de que não estamos mais juntos?
Talvez a única coisa que não consegui entender ainda é em não me envolver, ver a pessoa se afogar na vida e aceitar que você não deve e não pode ajuda-la.

domingo, 21 de agosto de 2016

O difícil é saber que sou eu que falta pra você... e não poder fazer nada. Saber que junto seriamos tudo que qualquer pessoa precisaria pra vida... e ainda estarmos longes um do outro.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A necessidade de voar pelos quatro cantos é o que me faz brilhar. Não posso ser mais uma arara aprisionada em uma gaiola qualquer. Minha beleza se desfaz em mim, minhas penas caem, meu canto fica rouco. Por favor não tente me prender entre grades e concretos. O amor que tenho em mim, não deve ser engarrafado para uma única pessoa, pois ele é maior do que eu mesmo posso entender. 
Se relacione comigo como um andarilho que para pra ouvir os cantos dos pássaros em um amanhecer de verão. Não tente me domar, não tente me mudar, não me faça perder minhas asas, pois é voando que sei ser o mais próximo de mim mesmo.
Talvez no fundo a culpa seja única e exclusiva minha, por acreditar na possibilidade de as pessoas se satisfazerem com momentos e nunca com a eternidade.

domingo, 7 de agosto de 2016

Saudades de ser teu. De ter aquela certeza na vida que um sorriso me completaria. Saudades das maiores bobeiras que a gente conseguia fazer juntos. Saudades de como era leve estar ao seu lado. Mas o tempo passa não é?

terça-feira, 2 de agosto de 2016

As vezes é tão fácil ser feliz. 

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Nesse pequeno momento de pausa, aproveito para deixar algumas palavras soltas por aqui.
Entendi a necessidade que foi me perder. De me entregar ao nada. Percebo que minha vida não estava no lugar que me fazia feliz, mesmo que eu ainda não faça a mínima ideia de quais caminho devo tomar agora.
Sinto me feliz na possibilidade de viajar e conhecer novas pessoas. De vivenciar arte e estar em projetos que realmente acredito. 
A possibilidade de viver um pouco para mim, sem a constante preocupação se vou agradar as outras pessoas tem me feito bem, pois percebo que meu ano anterior não foi nenhum pouco dedicado a minha felicidade.
Sei que existem pessoas bravas e decepcionadas comigo por não ter as colocado em primeiro plano, mas pela minha própria sanidade tive que aceitar que algumas perdas aconteceria para que assim eu pudesse respirar.
Sei que quero estar com o pé na estrada e quero fazer arte, ainda luto contra algo dentro de mim para conseguir produzir coisas novas, mas acredito que me encaminho para novas possibilidades e se caso não funcionar, estou pronto a me refazer quantas vezes precisar.
Tenho encontrado sorrisos verdadeiros em minha face, coisa que a muito tempo não acontecia. 
Tenho me apaixonado pela vida novamente, aos poucos, sem pressa, sem pressão, já que entendi que nem sempre é bom viver nos estremos, as vezes a calmaria se faz necessária.

Amanhã volto a viajar. Estou pensando em voltar a escrever novamente como tem sido minhas viajas, a anos tinha parado, mas talvez seja bom.

Vamos ver o que acontece. 

Hoje fico por aqui.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Atormentado por mim mesmo começo a entrar em desespero. Sinceramente não tenho a mínima ideia de o que estou fazendo com minha vida. Meus desejos cada vez mais é de liberdade, enfrentar o mundo da maneira mais real possível. Terminar meus compromissos e me preparar para simplesmente ir. Sozinho em meu quarto não encontro soluções para mim, talvez sozinho pelo mundo seja o meu lugar. Nunca me dei bem com a calmaria da vida. Tentei ser o que não era pelos outros, na constante tentativa de fazer as pessoas bem, e nesse desespero fui abandonando pequenas e grandes vontades minhas. O fato de eu poder ficar descontente com as pessoas e não ter que fingir que está tudo bem só para fazer o outro sorrir é libertador. Não precisar aceitar um relacionamento em que você não quer. Não entrar naquele carro sem realmente querer. Não ter que se esforçar em agradar alguém só pelo fato de que ela gosta de ti. A constante cobrança de atenção das outras pessoas para mim andavam me sufocando, me massacrando, talvez não fosse tão massante se não fosse unilateral. As pessoas mentem ao dizer que amizades é suficiente para manter vivo a possibilidade de ser algo mais, sem nem perceber que na verdade não está pronto pra uma vida assim. Não é bom ser o amigo de alguém que quer algo mais, mas se você se propõe a tal, será culpa do outro não saciar suas expectativas? E assim a amizade morre e dessa vez eu sei que não foi minha culpa.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Tempo, respirar.
Foco, respirar.
Energia, respirar.
Força, respirar.
Calma, calma.
Ânimo, respirar.
Continuar, respirar.
Insistir, respirar.
Solidão, respirar.
Risos, respirar.

sábado, 4 de junho de 2016

Ah! A loucura, aquele sentimento de liberdade que tem me faltado a tempos.
Uma vontade de abandono. Um sonho com o infinito.
A necessidade do inesperado. Um coração que já não bate mais.
A constante mudança de humor misturado com a necessidade de atenção.
Sensação de solidão. Sem forças, sem rumo, sem nada.

terça-feira, 31 de maio de 2016

Queria que as pessoas parassem de me cobrar tanto atenção, como se eu fosse o único que tivesse que demonstrar afeto e, só para variar, me procurasse também. Sinto uma pressão constante das pessoas em quererem que eu seja quem ela pensam que eu sou, e mesmo eu repetindo, diversas vezes, que não sou como ela imagina, no final se não sou do jeito que elas desejam o errado continua sendo eu.
Eu sumo, eu ocupo minha cabeça com coisas diferentes, eu mudo minha rotina constantemente, eu esqueço das coisas, eu canso de ficar atrás de alguém e não ter retorno, eu simplesmente me dou bem sozinho, o que não quer dizer que eu queira estar sozinho a todo o momento. 
Será tão difícil as pessoas serem sinceras com suas vontades? Sem medos. Porque é tão difícil adivinhar o que a pessoa espera de você. O que não quer dizer que vai ser exatamente do jeito que você quer.
É tanta cobrança e tão pouco interesse por mim. 
Quantos sabem o que tem sido ser eu? 
Meu jeito palhaço de ser não exclui a existência de dores, medos e tristezas de mim, só tento estar sempre aberto para os outros, para receber, cuidar, aquecer e dar um sorriso sincero nas maiores dificuldades. É só que as vezes é muito dificil sorrir e isso não quer dizer que gosto menos de você, ou que estou mudando o que sou, só que estou sendo um pouco sincero comigo ou então só não tenha forças para ser algo além.
Uma respiração de cada vez. Sorria. Eu não sou nada além do que sempre fui.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Amigos

Sinto sua falta. Não que eu tenha a necessidade constante de estar com você, ou que eu esteja planejando que a gente passe o resto das nossas vidas juntos, mas tem algo que ficou em você e faz parte de mim. Alguma coisa me falta sem a certeza que você está ali comigo, da mesma maneira que sempre estive com vocês. Nesses últimos meses perdi muito em minha vida, coisas que ainda não consegui aceitar, digerir ou até mesmo me recompor. O fato de perder mais coisas de tamanha importância me causa medo.
A minha vida não tem sido fácil, não tem sido leve. Minha vida tem sido uma constate luta contra mim mesmo. Eu acordo todas as manhãs respirando e tentando me enganar mais um pouco na esperança que eu não desista de mim mesmo. Uma constante respiração forçada. Tiro pelo menos uma hora por dia me focando só em respirar para não deixar que o pânico da existência me ataque. Tento repetidas vezes planejar um futuro que não me produz frutos, lutar por algo que não tenho nem mais certeza se desejo, mas eu tenho que desejar algo, caso contrário, eu desisto.
Talvez seja um total egoísmo meu, mas eu precisava de você. Precisava que viesse me dar um “oi”, perguntasse do meu dia. Falasse sobre o futuro, o passado, o presente. Que falasse sobre os filmes que eu odeio, ou então sobre moda, revistas, sapatos, chocolate, viagem, filhos, pais, brigas, que fosse sobre como a existência ao lado de uma borboleta pode ser insuportável, tanto faz. Tem algo em você que deixa a vida leve. Tem algo em você que simplesmente encaixa.
Não preciso de um amor para vida inteira, ou de alguém que abandone tudo por mim. Não preciso que venha me ver. Não preciso que tenha dó ou que tente achar uma solução para mim. Não preciso de um beijo, nem mesmo de um abraço. Não preciso de nada grandioso, eu sempre me importei mais com os detalhes.
Preciso de simplicidades. Uma pitada de atenção. Duas colheres de riso. Meia xícara de carinho. Dez gramas de nostalgia. E para terminar bobeiras e besteiras a gosto. Misture tudo com delicadeza, passe para uma vasilha bem larga e deixe fermentar com um pouco de cevada. Depois colocar no forno para esquentar e servir com um vinho barato em qualquer lugar do mundo.
Ausência é algo que demora a ser preenchido. Todas as vezes que pensei preencher, me transbordei com você. Talvez eu esteja furado porque eu continuo vazando. Sei lá.

domingo, 22 de maio de 2016

Sou a sombra do que você esqueceu.
Um refúgio de solidão.
Talvez amanhã qualquer sol me ilumine,
Talvez a escuridão me consuma.
Hoje me afogo em mim mesmo.
Sinto o vazio da existência.
Sinto falta da serenidade.
Voar pelo infinito sem medo de cair.
Cair na repetição dos sorrisos.
Uma foto rasgada em mim.
Memórias em cinza.
Ausências.
Talvez amanhã.
Talvez...

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Da onda.

Um dia vi minha vida desmoronar. Tudo se desfez como um simples laço de presente puxado pelos dois lados. De repente vi meus planos morrerem, me vi doente, me vi sozinho, me vi perdido. Olhei ao meu redor e só vi escuridão. Só vazios. Só ausências e dores.
Cheguei em lugares que nunca imaginei chegar. Me tornei o que nunca imaginei ser. Perdi por completo o que era, e depois que se perde é simplesmente impossível voltar a ser a mesma pessoa. Como esquecer machucados que ainda sangram em mim?
De qualquer maneira, me retirei do mundo por alguns meses, me afundei em mim mesmo na tentativa de me reencontrar. Depois de bons meses de um sofrimento que não estava acostumado a passar percebi que não podia estar sozinho. Mas também não queria estar com ninguém. 
Como qualquer pessoa com o minimo de sanidade, não me entreguei as festas e bebedeiras, o que pode ser o mais esperado. Me entreguei a meus amigos. Viajei repetidas vezes para encontrar pessoas que me confortavam. Não procurei por romances, por sexo ou coisas do gênero. Procurei por abraços, confortos, segurança e sorrisos. Procurei por coisas leves, por pessoas leves. Procurei a felicidade.
Já se passam mais de um semestre que tudo aconteceu e ainda não posso falar sem pestanejar que tudo já se passou, porque ainda me aperta o peito ouvir uma música, ver uma foto ou lembrar de algo assim.
Isso não é de todo ruim, tudo tem seu tempo e meu tempo de enterrar tais sentimentos em mim ainda não chegou, mas por outro lado, refleti sobre tudo que se foi. 
Um dia qualquer, li em um lugar qualquer, uma noticia em que dizia que os psicólogos comprovaram que não é possível ser amigo de alguém que realmente amou, ou continuam se amando, ou não se falam mais. 
Tenho minhas dúvidas sobre tal assunto, considerando meu histórico e por muita coisa que passei.
De qualquer maneira não é sobre isso que quero discutir, não exatamente, pelo menos.
Em um dos dias vazios de solidão das madrugadas, perdido em meu próprio quarto no escuro eu falava comigo mesmo, não aquelas conversas que são extrapoladas pela voz, mas aquelas constantes discussões que fazemos em nossas cabeças. Nela eu discutia comigo mesmo sobre amor, sobre continuidades, sobre se algum dia eu seria capaz de simplesmente passar por cima de tudo que se foi e ser "amigo" (ou qualquer coisa do gênero). Não que acredite que ela queira algo assim, só pelo simples fato de entender onde estou e o que sinto. Afinal, quem nunca ficou considerando todas as possibilidades da vida em sua própria cabeça, se preparando para qualquer acontecimento ou qualquer coisa do tipo?
Bom, eu faço isso de vez em quando.
Nessa conversa tentava entender como outros relacionamentos foram tão simples de se resolver antigamente. Um lugar que cheguei foi ser um pouco mais maduro em aceitar que certos amores que passei não foram tão amores como me fiz acreditar no momento. Isso pode acontecer quando a pessoa gosta de levar todos os sentimentos ao extremo e, talvez, eu seja um pouco assim. Tive alguns relacionamentos intensos que cheguei acreditar em amor, mas hoje vejo que foi paixão, admiração, tesão, ou qualquer coisa intensa, mas não amor.
Seguindo esse pensamento também encontrei algumas pessoas que amei e percebi que cada relacionamento em que o amor estava realmente envolvido o resultado foi totalmente diferentes (mesmo algumas similaridades). Cada amor tomou seu caminho.
Teve os que foram ser aflorar em amizade. Os que se tornaram história. Os que se repetiram. Os que simplesmente foram embora.
Engraçado, que esse que ainda tento entender foi o mais diferente de todos. Foi um amor devastador. Me pegou de surpresa e camuflado de serenidade foi devastando meu mundo, me transformado, me mudando. Não sei dizer ainda se isso foi realmente bom ou realmente ruim, ou se existe um equilíbrio que ainda não consegui encontrar, mas foi um amor profundo. 
Esse amor foi como uma onda. Ele veio com calma, mas me fazendo mergulhar por completo e quando estava dentro dessa onda, não consegui ver a força que estava caminhando, percebia o tamanho que tal onda alcançava, mas acreditei por inteiro que seria capaz de surfar por essas águas sem perceber que um tsunami se formava envolta de mim. Eu tentei nadar com essa onda, tentei nadar contra, até que simplesmente deixei ela me levar achando que a dor seria menor. O que não tinha percebido é que essa onda levaria muita mais do que meu corpo, levaria minha casa, minha sanidade, minha vontade de continuar nadando. E sem nem entender direito estava com os ossos quebrados em meio a destroços de vida que sobraram em volta de mim quando toda a água desse mar tinha voltado a ser o que simplesmente é... água.
Me encontrei em ruínas de mim. Via meus pedaços jogados pelos cantos. Vi meus sonhos destruídos. Via tudo que nunca quis ver.
Com isso, chego ao começo do meu texto, e talvez a me repetir, mas depois que um tsunami destrói tudo é impossível tudo voltar ao normal. Ali ficam memórias, ficam dores, ficam marcas. Você pode pegar um foto de como tudo era antes dessa força da natureza e tentar copia-la com perfeição, mas ela nunca será a mesma. Não vão ser as mesmas madeiras, os mesmos tijolos, a mesma árvore com o coração riscado no tronco lembrando de um amor de criança, ou então o mesmo buraco do canto da rua em que você usava para subir com a bicicleta, ou até mesmo aquele lugarzinho que você simplesmente se encaixava. Não vai ser a mesma tinta da parede entre tantas outras coisas não serão.
Talvez isso não seja algo ruim, talvez aceitar que nada será igual é necessário, mas desapegar de alguém que você gostava de ser é desapegar de metade de você e se você não é quem gosta de ser, quem é você?
Quem?

segunda-feira, 25 de abril de 2016

de qualquer coisa

Ainda existe uma tempestade inacabável dentro de mim. A minha incapacidade de seguir em frente me transtorna e me exila em meu próprio quarto, onde revivo todos as minhas incapacidades repetidas vezes. Nesse tormento, cada dificuldade que me aparece são interpretadas com exagero, no entendimento em que nada, absolutamente nada está funcionando no momento. Tenho medo de me arriscar pela minhas insistente certeza de que acabará de alguma maneira muito ruim para mim. Quero meu silêncio. Quer meu tempo. Quero o meu ar.
O mundo não me deixa respirar. Não deixar cair sobre mim um segundo de nitidez em que pudesse ver assim algo maior. Ver o quadro inteiro. Ver onde posso chegar. No momento não tenho tido nem vontade de ir.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Dos sonhos

Hoje me peguei pensando em você. Pode parecer besteira, mas não te odiei. Não quis te ver mal. Nem mesmo nunca mais te encontrar. Queria falar com você, ver mais uma vez seu sorriso, lembrar de como eramos bons juntos. Cheguei a pegar uma joia qualquer que deveria te devolver, mas aquilo me prendeu, me ofuscou, me fez lembrar de coisas boas, me fez acreditar que ainda não era hora. Eu sei que nossos caminhos já não são nem de perto o mesmo, mas lembrar de você as vezes me faz bem. Me reprimi totalmente para não ir falar que sonhei com você. Que tudo estava bem, e que eu estaria pronto pra viver. Achei que você não gostaria de ouvir qualquer coisa assim. Não sei mais o que você sente por mim, pra ser sincero nem sei o que sinto por você, já algum tempo decidi parar de pensar sobre o assunto. Sei que as vezes tenho vontade de te escrever. De falar como fomos bons juntos, como vivemos loucuras que talvez nem deveriam ser vividas, como a gente se encaixa exatamente como deveria ser. Mesmo quando não estávamos bem, a gente se encaixava como quebra cabeça montado. 
A verdade é que hoje tive vontade de viver tudo que não conseguimos viver. Tudo que a vida nos tirou. Que o tempo, que nossa pressa de tudo acontecer. Tudo que ficou faltando em nós. Vontade de pegar o primeiro ônibus e ir te encontrar, ir falar que é possível ser feliz. A realidade foi a única coisa que me segurou, já não sou o que você procura e, talvez, tudo isso deva ficar guardado no passado. 
Um dia estarei pronto pra te devolver, e talvez nesse dia nem faça mais diferença pra nenhum dos dois.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

da dúvida

pelo simples fato da vida não ser simples como parece.
pela certeza de que nunca terei o amor que esperava nesse momento.
pelo desejo incontrolável que tenho de você.
pela vontade de ser seu.
pelo sonho de um dia tudo dar certo
pela saudade que me bate ao peito todos os dias.
pelo contraste que falta na vida.
pela falta que existe em mim.
pelo caminho que deixei para trás.
pela incerteza da vida.
por não saber mais o que fazer.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Da tarde.

De repente o desespero me atinge sem nenhum aviso prévio. Uma música que revela a situação ridícula que me encontro. Algumas palavras que me fazem desaguar em mim mesmo, por saber que tudo está tão perdido quanto poderia ficar. Pessoas com tempo de sobra para atrapalhar minha vida foi parte de tudo que aconteceu. E ultimamente eu só tenho precisado de um pouco de paz. Nada de mais. Fugir da agonia da minha vida para tentar viver a simplicidade do mundo. Só preciso ir atras de um pouco de paz.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Da realidade

Eu insisto em querer acreditar que não, mas cada dia que passa essa estranha realidade que eu insisto em não querer se torna cada vez mais verdadeira. Me encontro perdido em um lugar que poucos tem conseguido me encontrar. Algumas pessoas que me falaram estar do meu lado me acrescentam um enorme vazio pela repetição de ações, onde a solidão sempre me encontra.
A verdade é que já não sei bem em quem acreditar, ou confiar. Respiro profundamente todos os dias para não me deixar entrar em um buraco maior do que eu me encontro. Me obrigo a fazer coisas "saudáveis" na expectativa de um dia se torne natural e assim volte a querer viver. 
Luto contra minha própria insanidade para me manter em pé. E cada dia sinto um vazio maior, e aos poucos um pouco mais próximo de aceitar que esse sou eu agora. 
As pessoas mudam... será que mudei tanto assim mesmo?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Da certeza

Porque eu sei que falta só você para eu ser feliz.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

da saudade

Como lutar contra algo tão forte? Eu não sei. Me pego pensando em você a todo o momento. Não tinha como ser diferente depois desses sentimentos tão fortes. Já não me interessa mais as palavras que tentam definir o que sinto, pois nunca foram o suficiente para me expressar. 
Você ocupa meus sonhos, ocupa minha mente, ocupa minha alma. Seus lábios, seus beijos, seu toque, seu sexo, seu jeito de falar, seu sorriso, seus olhos. 
Chegam a quase me machucar pela ausência deles. 
Sonho no dia em que o mundo se simplifique e a gente possa simplesmente ser.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Do desabafo

Eu vejo em minha frente o mundo se repetir. Me sinto desesperado pelo simples fato de não ter mais nenhuma segurança em mim. Fico tentando coletar cacos de algo que um dia fui na expectativa de um dia me tornar completo novamente. Vejo o meu passado despedaçado e ilusões de uma vida melhor. Me sinto sozinho. Me sinto completamente sozinho. Um desespero que me ataca as madrugadas vazias que me pertence. Ninguém a conversar pelo dia, ninguém para eu esperar uma resposta. Palavras faladas ao vazio e minha constante vontade de um eco qualquer me responder. Hoje, por mais uma noite, as lágrimas me ocupam e a incerteza de uma vida tranquila me atormenta. 
De que adianta amar se é sempre na ausência que me encontro? 
Já não sei mais qual a melhor forma de amar e muito menos se vale a pena me envolver nesse mundo de ilusões e dores.
Em minha cabeça continua a passar o que eu poderia fazer para estar contigo, mas me falta motivações para acreditar que vale a pena arriscar.
De repente, tudo que sem silenciava dentro de mim explode como uma multidão de dores e gritos. Essa energia que me destrói, essa maldita energia que me faz afundar em mim mesmo. Aonde encontro alguém que possa me estabilizar, porque não me sinto mais capaz me salvar desse lugar.
Preciso de alguém que cuide de mim, que se preocupe comigo, que entenda o simples fato de que as vezes eu preciso de atenção.
Estou cansado de tentar e tentar ser atencioso, carinhoso, prestativo e me ver sozinho, e ficar andando solitário pela a noite a procura de algum acontecimento que me faça bem. Já me falta alguém para me fazer feliz e a felicidade cada vez mais parece uma palavra abstrata para mim. 
Talvez seja só egoismo meu, e tudo que estou passando não seja nada comparado a vida de qualquer um, mas eu me sinto quebrado. Me falta forças para me fazer acreditar em todas as baboseiras que sempre levei como verdades. Não sei mais como acreditar que é possível cuidar das pessoas, e que as pessoas que você cuida vão entender que as vezes você precisa delas.
Hoje eu sou só uma sombra de uma vida que já se foi. Eu sou um andarilho abandonado num deserto qualquer. Sou o silêncio atordoador da espera. Sou a desesperança. Sou ninguém. 
Eu só precisava que você por alguns segundos me olhasse, largasse tudo que desse para largar e me mostrasse que eu também sou merecedor de esforço. Eu só precisava que você entendesse que um assunto qualquer a ser puxado por mudar minha vida. Pode salvar meu dia. 
Em algum momento eu parei de confiar nas pessoas. Não sei porque, ou como, ou se seja algo bom, mas eu não consigo mais. Me esgotei.
E ter a certeza de que amanhã tenho que recomeçar tudo de novo, um novo dia, uma nova luta, uma contínua briga comigo mesmo em não desistir. Seria desistir tão ruim assim? 
Eu não sei ...que não sei ...
Luto comigo mesmo em uma guerra que eu nunca serei vencedor. Uma guerra eterna. Uma guerra sem sentido. 
Estou triste, cansado, sem energias, sem rumo, sem forças, sem nada.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Da liberdade

A vida continua assim, um descontentamento pessoal, uma incapacidade de ser, uma ausência de sorrisos. Tenho vontade de me deixar para traz, recomeçar tudo do começo. Vontade de simplesmente me jogar em um mar qualquer. Me libertar de sentimentos, de saudades, de pessoas, de passados. Seria leve, uma leveza que a tempos não encontro em minha vida. Uma leveza que pedi com tanta força, uma leveza libertadora. 
Talvez essa necessidade de liberdade seja simplesmente um fuga do constante medo que me comete. Não posso depender de mais ninguém e essa situação de repente se tornou algo tão difícil para mim. Estou preso a pessoas que não me querem, a momentos que já passaram, a vazios que me ocupam.
Sinto morrer em mim a capacidade de ser. 
Um pássaro em uma gaiola, um suspiro reprimido, uma lágrima que nunca caiu. 
E o sonho da liberdade de voar sem pensar em olhar para traz.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Da monotonia

E a vida assim deixa de ser. Deixa de existir. Tudo que sobre são repetições de dias e dias em minha existência. Tudo se repete. Não existe mais uma emoção que faça valer a pena. Tudo está quieto, parada, chato.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Do medo

E hoje me vejo sozinho em um mundo hostil. Foi sim esse mesmo mundo que tentei desesperadamente ajudar, que eu fiz um esforço incomensurável para tonar melhor, e agora vejo que, talvez, ele seja mais forte do que eu. E quem mudou fui eu, não ele. Sozinho tudo é mais assustador, e por tantos anos nunca me senti tão só quando agora. Fui um acumulador de esperanças. Agora tudo me faz pensar duas, três, quantas vezes forem necessárias antes de agir. 
Sinto tantas medos que me confundo repetidas vezes em vidas que poderiam, mas nunca serão minhas.
Um sono tranquilo já não sei o que, já que todas as noites acordo em um salto, com o corpo todo suado, e um desespero de viver.
Hoje sou só sombras de o que um dia fui.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Da inconstância

A vida se tornou indecifrável. Tem dias que o sol nasce para aquecer meu corpo e em mim só existe esperanças, força, vontade de ser melhor. Aquele fogo que um dia existiu em mim parece queimar com alguma força em meu peito. Respiro, me preparo e levo a vida num sorriso que me conforta. Por mais que o azar da minha existência me acompanhe e que as coisas continuem a dar errado, está tudo bem. Me divirto com minha própria incapacidade, e continuo a tentar.
Outros dias não são assim,e infelizmente esses continuam mais constantes. Nesses momentos já não me sobram esperanças. Tenho a certeza que é inútil continuar. Sei que o amor é só uma ilusão que adoramos acreditar. Sinto um vazio infinito a me ocupar. São os dias em que a gravidade tem mais forças, em que mesmo passando a noite toda sem dormir, não consigo levantar da cama. São os dias me que contesto sem parar em tudo que aconteceu errado e como poderia ter sido diferente. 
São os dias que eu morro e morro repetidas vezes.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Do vazio

...













... e por ai vai

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Do desespero

E o mundo mais uma vez está parado, isso tem acontecido com mair frequência do que eu gostaria de admitir. Como se nada se mexesse, como o tempo estivesse parado, e nem se quer o sangue em minha veia pulsasse.
Qualquer coisa próxima da loucura, um desespero de viver. Cada segundo que deixa de passar faz minha cabeça girar em torno de si própria. Ideias erradas, momentos errados, vontades erradas. Uma insanidade temporária que atinge até a pessoa mais sã que possa existir. Aquela loucura de quem vê o mundo desafazer em sua frente. Aquele desespero de um fim inevitável, de uma impotência tremenda, de um vazio.
O desesperar de uma vida que se vai. A agonia de uma noite vazia. A insanidade que a solidão causa. Principalmente na certeza de estar só.
Nem se quebrasse todas as portas do mundo, ou todos os ossos do meu corpo, nem que gritasse com toda a minha força, ou me jogasse do prédio mais alto, nada disso diminuiria esse desespero que me consome. 
Preciso de alguém a me acalmar, a me enganar falando que tudo vai dar certo, alguém que me faça sentir amado, ou qualquer carinho bom. Qualquer resto de sentimento que esteja sobrando no mundo para tentar aliviar o desespero que me ocupa.
Onde encontrar o conforto que preciso?
Onde está você?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Da dor.

O sentimento parece não passar e tudo que acontece amplifica a sensação que ficou na pele. Sensação de ruptura da sua carne e exposição do seu ser. Como se alguém te cortasse em meio a praça pública com a tesoura mais desafiada que existisse. Ao mesmo tempo que te abre, não abre, te faz sofrer, te faz sangrar. Essa dor erradia por todo o corpo e ocupa sua mente e acaba com suas forças.
Não existe um curativo eficaz para tal corte. É um machucado que não sara. A certeza de uma eterna cicatriz em nós, sem nenhuma certeza que um dia a dor se vá. 
Cada palavra corta que nem navalha, a sensação de culpa, de impotência, cada um tentando a sua maneira sobreviver, sem saber que a simples existência de seu ser pode ser o suficiente para que afunde a faca que nós colocamos em nossas peitos. 
Talvez o tempo seja a solução para tal dor acabar, ou talvez ela nunca acabe e nos acostumamos a viver com esse ferimento que não deixa de sangrar um só momento. Talvez não exista um caminho certo a se seguir nessas situações então qualquer um pode ser o necessário. Ficarmos bem, seria isso tudo que precisamos?
A dor que me consome foi implantada cirurgicamente por nós dois. Não existem mais culpados do que nossas escolhas para tais sentimentos. Então deixe sangrar até que eu morra seco, ou que eu mesmo me cure sem nem perceber.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Da respiração

Como explicar a vida sem entrar nos mesmos clichês de sempre?
Me pergunto todos os dias como acabei me tornando um daqueles filmes que passam na sessão da tarde. Mas se parar para pensar, está tudo bem se no final existir uma reviravolta tremenda em que tudo acabe bem, mesmo que não do jeito imaginado, mesmo aprendendo uma lição valiosa do tipo "amigos nunca te abandonaram" ou "o amor está logo ao lado", qualquer besteira dessas criadas para manter a esperança no coração dos bobos.
No momento me afogo no desespero de um mundo se acabando.
Mesmo assim, a vida inventa formas que beiram o ridículo para me fazer sentir idiota de passar por algo tão óbvio quanto esse. Eu sei que preciso respirar.
Tanto sei que esse discurso se reproduz da minha boca para tantas pessoas que amo, que me importo, mas as vezes esqueço de respirar para meus pulmões.
Não acredito nos clichês pré-preparados da televisão, mas entendo que a felicidade nos rodeia a todo o momento e é uma escolha unicamente nossa de nos apegarmos a ela, ou não.
Em momentos de sufoco é dificil encontrar qualquer bolha de ar nos rodeando, mas elas estão lá, exatamente onde sempre estiveram.


  • Asfixia (do grego asphyxia, "falta de pulso") ou sufocação é a dificuldade respiratória que leva à falta de oxigênio no organismo. Pode ser causada por:
    • baixo conteúdo de oxigênio do ar ambiente;
    • obstáculo mecânico das vias respiratórias ou dos pulmões;

Na falta de ar, nosso cérebro começa a ter dificuldade de raciocinar, a visão fica turva, o corpo mole, nos falta força, a gravidade tende a pesar mais do que o normal, o desespero atinge, e você tenta fazer qualquer coisa para solucionar a ausência que te ocupa (QUALQUER COISA), o corpo começa a agir sozinho, algum mecanismo de defesa que é atiçado. Precisá-se de ar.
O que poucos conseguem perceber de começo é que insistir em puxar o ar no sufocamento, sem mudar a situação que está é quase impossível. Puxa-se o saco, puxa-se a água, puxa-se o nada. Tenta-se de todas as maneiras sem perceber que ali não tem ar.
Como perceber coisas tão invisíveis como o ar, a felicidade, a amizade, o conforto, o carinho, tantos caminhos para voltar a respirar, família, carreira, amor, esperança, força de vontade, a qualquer desses você pode extrair seu oxigênio.
E a partir deles a vida se acalma, a respiração se recupera, e tudo volta ao normal, que nunca mais será o seu normal, mas...é um novo normal. Sempre um novo normal, pois não é possível respirar duas vezes do mesmo ar.
Hoje quero respirar!

Da solidão

Aquela constância da vida que me domina.
No fim, não sobra ninguém.
Não sei bem quais são os motivos para as pessoas decidirem suas vidas, ou então em que momento a chave vira e o que era bom estar junto se torna insuportável. Ou qualquer coisa assim. É como se me faltasse algo que sempre faltou. Me distraio com a minha velha mania de sorrir e fazer de tudo uma piada de mal gosto... Pelo menos de mal gosto pra mim mesmo. O sofrimento me cai bem em meio a ironias que aliviam a dor alheia. Aquele envolvido em mil prantos, consegue suavizar o peso das pessoas do mundo. 
É um pensamento recorrente, não surge em mim na ausência de afeto, mas no fundo, alguém sempre tem que voltar para casa sozinho. 
Vai se entregando um a um na ilusão de uma segurança na vida... mas as contas nunca batem.
É dificil sempre estar a espera de pessoas na rodoviária, mas nunca ter ninguém a te esperar. Excesso de independência, ou ausência de algo mais?
Se torna ridiculamente patético pensar que tais atos possam ser tão representativos.
As noites se tornam mais difíceis.
Junto com a certeza dos constantes vazios que me ocupam. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Um dia o amor morre...

Com toda a certeza um dia tudo morre.
E não seria diferente com o amor...
Seria?
Não sei dizer ao certo o que é isso.
E quem sabe realmente dizer o que é o amor?
Tantos tentaram de formas desesperadas explicar o inexplicável
Seria erro meu ser incapaz de defini-lo?
Talvez seja erro do mundo não amar,
ou talvez amar de mais.
Um dia o amor morre!
E o que sobra disso? Lembranças, saudades, vontades?
Não sei bem ao certo dizer
ainda vivo com a constância de um amor impossível
A possibilidade de um certo ou errado é quase nula,
por que ninguém nunca vai saber falar isso.
Seria certo amar de mais? Errado amar de menos?
Seria o amor o caminho certo?
Ou talvez só uma breve ilusão do espirito.
Uma anomalia?
Um dia com certeza o amor morre.
E não sei bem certo se sou eu que tenho que matar,
ou se simplesmente ele se mata sozinho.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Tem dias que, definitivamente, se torna impossível ser... só queria a inexistência de mim mesmo. Sinto me acabando em mim. Nunca tive que lutar contra minha própria existência, sinceramente não sei como vencer.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Hoje só a chuva me faz companhia... Me acalma ... me conforta... que limpe minha alma e leve para terra todo o peso que me ocupa.

sábado, 9 de janeiro de 2016

A verdade é que ainda te amo.
A verdade é que cada dia que passa em minha vida tenho mais a certeza que tudo que queria era estar com você.
Já fiz tudo que sempre fiz para superar um relacionamento acabado, mas ainda sonho com você.
Ainda penso em você, ainda planejo nossa vida juntos.
Mesmo que você já este procurando outros, já esteja beijando outros,
eu ainda sonho no dia que vamos nos entender.
Que você vai perceber que eu nunca quis mais ninguém e que a gente nasceu para ficar juntos.
Ainda sonhos nosso futuro juntos.
E continuo planejando nossa vida, nossos filhos, nossos gatos, nosso futuro.
Sim, eu sei que é bobeira, que pra você o fim já se instaurou, mas eu te amo como nunca consegui amar,e não sei aceitar que o fim é assim.
Frio, distante, vazio.
Eu te quero, será que você ainda me quer?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Um salto...
Um pulo no vazio, talvez seja isso que eu precise.
Desprender de tudo que um dia me amarrou nessa vida.
Um começo, talvez um final.
Olha tudo de cima e simplesmente deixar o mundo me levar.
Encontrar um fim.
Um despertar.
Uma liberdade sem fim.
Do alto tudo parece tão calmo.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Hoje, meu mundo se desmorona mais uma vez. É como se fosse proibido eu ser feliz. Todos os momentos que começo a me estruturar, que crio coragem de tentar ser eu novamente, algo me derruba. Geralmente você.
E assim, já viro seu passado.
E assim, você já está com outro.
Fico pensando se a culpa não foi minha de um dia ter te aceitado em mim.
Já não importa mais. Isso acabou. Agora respiro fundo na tentativa de juntas forças para fazer algo.
Preciso arrumar minha vida, limpar essa bagunça que você deixou dentro de mim.

Agora preciso ser feliz.
Me apegar as pessoas que realmente me amam. Não aquele amor carnal que mais uma vez me decepciona, mas aquele amor puro. Aquele dos meus pais, aquele do meu cachorro, aquele dos meus irmãos, aquele dos meus verdadeiros amigos.
As lagrimas voltam a rolar em mim, mas não tenho certeza se chegaram a parar de verdade em algum momento.

Queria dizer que te amo, mas o meu amor nunca foi o suficiente para você.