sábado, 23 de janeiro de 2016

Do vazio

...













... e por ai vai

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Do desespero

E o mundo mais uma vez está parado, isso tem acontecido com mair frequência do que eu gostaria de admitir. Como se nada se mexesse, como o tempo estivesse parado, e nem se quer o sangue em minha veia pulsasse.
Qualquer coisa próxima da loucura, um desespero de viver. Cada segundo que deixa de passar faz minha cabeça girar em torno de si própria. Ideias erradas, momentos errados, vontades erradas. Uma insanidade temporária que atinge até a pessoa mais sã que possa existir. Aquela loucura de quem vê o mundo desafazer em sua frente. Aquele desespero de um fim inevitável, de uma impotência tremenda, de um vazio.
O desesperar de uma vida que se vai. A agonia de uma noite vazia. A insanidade que a solidão causa. Principalmente na certeza de estar só.
Nem se quebrasse todas as portas do mundo, ou todos os ossos do meu corpo, nem que gritasse com toda a minha força, ou me jogasse do prédio mais alto, nada disso diminuiria esse desespero que me consome. 
Preciso de alguém a me acalmar, a me enganar falando que tudo vai dar certo, alguém que me faça sentir amado, ou qualquer carinho bom. Qualquer resto de sentimento que esteja sobrando no mundo para tentar aliviar o desespero que me ocupa.
Onde encontrar o conforto que preciso?
Onde está você?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Da dor.

O sentimento parece não passar e tudo que acontece amplifica a sensação que ficou na pele. Sensação de ruptura da sua carne e exposição do seu ser. Como se alguém te cortasse em meio a praça pública com a tesoura mais desafiada que existisse. Ao mesmo tempo que te abre, não abre, te faz sofrer, te faz sangrar. Essa dor erradia por todo o corpo e ocupa sua mente e acaba com suas forças.
Não existe um curativo eficaz para tal corte. É um machucado que não sara. A certeza de uma eterna cicatriz em nós, sem nenhuma certeza que um dia a dor se vá. 
Cada palavra corta que nem navalha, a sensação de culpa, de impotência, cada um tentando a sua maneira sobreviver, sem saber que a simples existência de seu ser pode ser o suficiente para que afunde a faca que nós colocamos em nossas peitos. 
Talvez o tempo seja a solução para tal dor acabar, ou talvez ela nunca acabe e nos acostumamos a viver com esse ferimento que não deixa de sangrar um só momento. Talvez não exista um caminho certo a se seguir nessas situações então qualquer um pode ser o necessário. Ficarmos bem, seria isso tudo que precisamos?
A dor que me consome foi implantada cirurgicamente por nós dois. Não existem mais culpados do que nossas escolhas para tais sentimentos. Então deixe sangrar até que eu morra seco, ou que eu mesmo me cure sem nem perceber.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Da respiração

Como explicar a vida sem entrar nos mesmos clichês de sempre?
Me pergunto todos os dias como acabei me tornando um daqueles filmes que passam na sessão da tarde. Mas se parar para pensar, está tudo bem se no final existir uma reviravolta tremenda em que tudo acabe bem, mesmo que não do jeito imaginado, mesmo aprendendo uma lição valiosa do tipo "amigos nunca te abandonaram" ou "o amor está logo ao lado", qualquer besteira dessas criadas para manter a esperança no coração dos bobos.
No momento me afogo no desespero de um mundo se acabando.
Mesmo assim, a vida inventa formas que beiram o ridículo para me fazer sentir idiota de passar por algo tão óbvio quanto esse. Eu sei que preciso respirar.
Tanto sei que esse discurso se reproduz da minha boca para tantas pessoas que amo, que me importo, mas as vezes esqueço de respirar para meus pulmões.
Não acredito nos clichês pré-preparados da televisão, mas entendo que a felicidade nos rodeia a todo o momento e é uma escolha unicamente nossa de nos apegarmos a ela, ou não.
Em momentos de sufoco é dificil encontrar qualquer bolha de ar nos rodeando, mas elas estão lá, exatamente onde sempre estiveram.


  • Asfixia (do grego asphyxia, "falta de pulso") ou sufocação é a dificuldade respiratória que leva à falta de oxigênio no organismo. Pode ser causada por:
    • baixo conteúdo de oxigênio do ar ambiente;
    • obstáculo mecânico das vias respiratórias ou dos pulmões;

Na falta de ar, nosso cérebro começa a ter dificuldade de raciocinar, a visão fica turva, o corpo mole, nos falta força, a gravidade tende a pesar mais do que o normal, o desespero atinge, e você tenta fazer qualquer coisa para solucionar a ausência que te ocupa (QUALQUER COISA), o corpo começa a agir sozinho, algum mecanismo de defesa que é atiçado. Precisá-se de ar.
O que poucos conseguem perceber de começo é que insistir em puxar o ar no sufocamento, sem mudar a situação que está é quase impossível. Puxa-se o saco, puxa-se a água, puxa-se o nada. Tenta-se de todas as maneiras sem perceber que ali não tem ar.
Como perceber coisas tão invisíveis como o ar, a felicidade, a amizade, o conforto, o carinho, tantos caminhos para voltar a respirar, família, carreira, amor, esperança, força de vontade, a qualquer desses você pode extrair seu oxigênio.
E a partir deles a vida se acalma, a respiração se recupera, e tudo volta ao normal, que nunca mais será o seu normal, mas...é um novo normal. Sempre um novo normal, pois não é possível respirar duas vezes do mesmo ar.
Hoje quero respirar!

Da solidão

Aquela constância da vida que me domina.
No fim, não sobra ninguém.
Não sei bem quais são os motivos para as pessoas decidirem suas vidas, ou então em que momento a chave vira e o que era bom estar junto se torna insuportável. Ou qualquer coisa assim. É como se me faltasse algo que sempre faltou. Me distraio com a minha velha mania de sorrir e fazer de tudo uma piada de mal gosto... Pelo menos de mal gosto pra mim mesmo. O sofrimento me cai bem em meio a ironias que aliviam a dor alheia. Aquele envolvido em mil prantos, consegue suavizar o peso das pessoas do mundo. 
É um pensamento recorrente, não surge em mim na ausência de afeto, mas no fundo, alguém sempre tem que voltar para casa sozinho. 
Vai se entregando um a um na ilusão de uma segurança na vida... mas as contas nunca batem.
É dificil sempre estar a espera de pessoas na rodoviária, mas nunca ter ninguém a te esperar. Excesso de independência, ou ausência de algo mais?
Se torna ridiculamente patético pensar que tais atos possam ser tão representativos.
As noites se tornam mais difíceis.
Junto com a certeza dos constantes vazios que me ocupam. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Um dia o amor morre...

Com toda a certeza um dia tudo morre.
E não seria diferente com o amor...
Seria?
Não sei dizer ao certo o que é isso.
E quem sabe realmente dizer o que é o amor?
Tantos tentaram de formas desesperadas explicar o inexplicável
Seria erro meu ser incapaz de defini-lo?
Talvez seja erro do mundo não amar,
ou talvez amar de mais.
Um dia o amor morre!
E o que sobra disso? Lembranças, saudades, vontades?
Não sei bem ao certo dizer
ainda vivo com a constância de um amor impossível
A possibilidade de um certo ou errado é quase nula,
por que ninguém nunca vai saber falar isso.
Seria certo amar de mais? Errado amar de menos?
Seria o amor o caminho certo?
Ou talvez só uma breve ilusão do espirito.
Uma anomalia?
Um dia com certeza o amor morre.
E não sei bem certo se sou eu que tenho que matar,
ou se simplesmente ele se mata sozinho.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Tem dias que, definitivamente, se torna impossível ser... só queria a inexistência de mim mesmo. Sinto me acabando em mim. Nunca tive que lutar contra minha própria existência, sinceramente não sei como vencer.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Hoje só a chuva me faz companhia... Me acalma ... me conforta... que limpe minha alma e leve para terra todo o peso que me ocupa.

sábado, 9 de janeiro de 2016

A verdade é que ainda te amo.
A verdade é que cada dia que passa em minha vida tenho mais a certeza que tudo que queria era estar com você.
Já fiz tudo que sempre fiz para superar um relacionamento acabado, mas ainda sonho com você.
Ainda penso em você, ainda planejo nossa vida juntos.
Mesmo que você já este procurando outros, já esteja beijando outros,
eu ainda sonho no dia que vamos nos entender.
Que você vai perceber que eu nunca quis mais ninguém e que a gente nasceu para ficar juntos.
Ainda sonhos nosso futuro juntos.
E continuo planejando nossa vida, nossos filhos, nossos gatos, nosso futuro.
Sim, eu sei que é bobeira, que pra você o fim já se instaurou, mas eu te amo como nunca consegui amar,e não sei aceitar que o fim é assim.
Frio, distante, vazio.
Eu te quero, será que você ainda me quer?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Um salto...
Um pulo no vazio, talvez seja isso que eu precise.
Desprender de tudo que um dia me amarrou nessa vida.
Um começo, talvez um final.
Olha tudo de cima e simplesmente deixar o mundo me levar.
Encontrar um fim.
Um despertar.
Uma liberdade sem fim.
Do alto tudo parece tão calmo.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Hoje, meu mundo se desmorona mais uma vez. É como se fosse proibido eu ser feliz. Todos os momentos que começo a me estruturar, que crio coragem de tentar ser eu novamente, algo me derruba. Geralmente você.
E assim, já viro seu passado.
E assim, você já está com outro.
Fico pensando se a culpa não foi minha de um dia ter te aceitado em mim.
Já não importa mais. Isso acabou. Agora respiro fundo na tentativa de juntas forças para fazer algo.
Preciso arrumar minha vida, limpar essa bagunça que você deixou dentro de mim.

Agora preciso ser feliz.
Me apegar as pessoas que realmente me amam. Não aquele amor carnal que mais uma vez me decepciona, mas aquele amor puro. Aquele dos meus pais, aquele do meu cachorro, aquele dos meus irmãos, aquele dos meus verdadeiros amigos.
As lagrimas voltam a rolar em mim, mas não tenho certeza se chegaram a parar de verdade em algum momento.

Queria dizer que te amo, mas o meu amor nunca foi o suficiente para você.