quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Sonhei. Me entreguei.
Como pode o mundo acabar assim tão de repente?
Me sinto fraco e não sei se é pelo vazio existencial que me ocupa, ou então a solidão,ou talvez seja meu estomago vazio que não me deixa continuar.
Desistiram de mim. Mais uma vez.
insisto em confiar, não sei porque, já que o final sempre torna a se repetir.
nem escrever consigo.
nem dormir.
nem sorrir.
O triste é saber que só eu estou aqui.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

já não sei bem em quem confiar meus medos.

sábado, 26 de setembro de 2015

Eu estou desesperado. Como se o mundo tivesse decidido que eu não merecia a felicidade. Sou só um garoto qualquer tentando sobreviver nessa selva. Tentando desesperadamente fazer tudo para fazer alguém feliz. 
Percebi a pouco, que abandonei tudo. Meus sonhos, meus amigos, minhas vontades, meus prazeres, eu me abandonei, na tentativa de ser algo mais. De ser Perfeito(?). Maldita perfeição que eu sou incapaz de alcançar. Hoje, me vejo sozinho, largado num canto qualquer de um apartamento vazio. Me vejo num vazio tão grande que eu duvido ser capaz de preencher. Vejo como o mundo é ruim, e pesado. E como toda minha positividade e o que restava das minhas energias foram sugadas, mastigadas e descartadas. 
O mundo acontece lá fora. As pessoas se divertem. Bebem, dançam, cantam, tudo. E eu me retiro para a escuridão da minha solidão. E como eu me sinto sozinho. SOZINHO!
Essa palavra me assusta não pelo medo de ter que me virar sem ninguém, mas pela certeza que nasci uma pessoa que tem tudo para não ser só. E não é amor que me falta é calma!!!
Hoje as coisas não fazem sentido na minha cabeça.
Hoje meu coração quer explodir de dor.
Hoje meus olhos chovem sem parar.
Hoje minha boca se contorce involuntariamente.
Hoje... sinto o escuro me rondear.
Hoje só desejo que acabe.

E ninguém pode me salvar.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Nem tudo são flores, nem tudo são espinhos.

Então, sinto seu cheiro. Sinto seu corpo e seu calor. Por poucos segundos esqueço a tempestade que acontece lá fora. Esqueço que as pessoas passam fome. Esqueço que a qualquer momento o mundo pode acabar. Aquela sensação de abrir os olhos, aquele breve momento em que tudo que se vê é a existência de algo maior do que a sua própria presença. Já não me interessa muito nomear momentos e sentimento, pois, cada vez mais, ele se confundem entre a realidade e os sonhos. Prefiro pensar em serenidade, paz, ou o que preferir.
A vida é um jardim  exóticas a frente de um palácio abandonado. A primeira vista: a beleza provocante das flores, que te atrai, que te conquista. Uma daquelas beleza de se querer largar tudo para simplesmente admirar cada flor para o resto da vida. Mas não somos seres unicamente contempladores e temos que desbravar o desconhecido. Então encontramos os espinhos.
Cada flor com seu veneno, cada encanto com seu espinho, cada sedução com sua defesa. A vida é tem mais de dor do que de qualquer outra coisa. Aprendemos aos poucos cada armadilha traçada pelas belas e inocentes flores, mas perdemos pelo caminho pedaços importantes de nós mesmos. O sangue que fica, o suor, a pele, o cheiro, o sabor, a vontade. Vão ficando aos pedaços pelo atravessar da vida.
As vezes encontramos em uma clareira ou algo assim, uma rosa azul, sozinha e pronta para ser admirada. Nos aproximamos. Entendemos todos seus espinhos, todas suas proteções, e, talvez, deixemo-a sem guarda. Pronta para ser apanhada. Está ai sua vitória da vida.
De repente sua escolha é simples. Arrancar e levar contigo, torcendo desesperadamente que não morra antes de você ter a chance de fazer algo. Ou sentar, e se tornar mais um guardião de tal beleza.
Afinal de contas, de que adianta uma flor sozinha sem o resto do jardim para destaca-la?

Da repetição

E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.

E de repente a imagem que é construída pelo resto do mundo se torna mais importante do que a relação que se existe.

E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.

E aquele hino que não para de tocar em minha cabeça começa a se tornar amistoso.

E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.

E começa a faltar forças para segurar tudo sozinho.

E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.

E os sistemas param de funcionar. E falta ar. E falta calma. E o cérebro não funciona. E a cabeça parece apertar. E o corpo dói. E o coração não se aguenta. E a alma fraqueja. E falta-lhe carinho. E falta confiança. E falta amigos. E falta paz.

E o mundo se repete.
E o mundo se repete.

E tudo se torna confuso, monótono, incompleto.

E o mundo se repete.

E na repetição continuo a sonhar.
 

domingo, 6 de setembro de 2015

Talvez, esse tenha sido o princípio do fim. E assumo toda essa culpa que se vai. Seus olhos já não brilham mais para os meus. Seu sorriso já não se ilumina a minha presença. Seu toque anda tímido ao sentir meu calor. 
Dois corpos posicionados da forma mais inatural possível na cama. Aqueles mesmos corpos que por tempos se entrelaçaram e se confundiram na imensidão do amor. Dois corpos tristes, pesados e cansados. Dois corpos machucados pela vida, e por mim.
Hoje queria que tudo passasse. Queria poder sentir novamente a certeza de um abraço carinhoso. A ansiedade da minha chegada. Os planos a se concretizar. Queria poder ser tudo que nunca consegui ser para que, talvez assim, eu seja capaz de conquistar a felicidade que me foi posta a frente, sem nem eu mesmo merecer.
Você é, e sem nenhuma sombra de dúvidas, será uma das pessoas mais importantes da minha vida. Deixo para o tempo cicatrizar, ou romper de vez, os pontos que costuram todos aqueles cortes que fiz. Deixo para o vento o pedido de ar, para que assim possamos respirar, e ter calma. Deixo para a terra o conforte de um chão vazio na necessidade de me jogar. Deixo para a água a leveza do caminhar do rio que nos levará a novos lugares. Deixo para o fogo a vontade que ele não pare nunca de queimar dentro de nós.
Sou, e infelizmente continuarei sendo uma incompletude de homem. Pedaços de passados, esquecidos ou não. A tentativa constantes e inalcançável da perfeição. Sou nada além de uma criança triste pela vastidão do mundo que o cerca e pela incerteza de um futuro bom.