segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Uma brisa de solidão que sopra em minha face. Bagunça meu cabelo da mesma forma que a minha mente. Por um lado eu tenho a compreensão de que meu jeito de ser só fortalece a certeza de uma ausência de companhia, mas já pelo o outro, a vontade constante de acreditar que existe, sim, um lugar em que consiga me encaixar e efetivamente fazer relações profundas acontecerem, me faz insistir em tentar. 
Sinto em mim toda a vontade de ir embora, não como uma fuga da realidade, mas como uma decisão consciente de que só na partida conseguiria fazer minha vida caminhar. Como poderia pedir para qualquer partir comigo? O meu desapego se torna uma companheira, da mesma maneira que me priva de outras companhias. 
Ir e viver tudo o que mundo me reserva, seja bom ou ruim... Ou ficar e ter a possibilidade de uma vida... Normal ao lado de outro alguém.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Aquele velho sorriso bobo me vem a face. Como sempre, ele vem sem grandes motivos, sem uma história mirabolante para contar. Ele vem simples, sincero e bobo. Por algum tempo duvidei que ele surgiria novamente em mim, duvidei que seria capaz de retomar uma inocência perdida, uma pureza assassinada. Talvez não seja o mesmo sorriso que já tanto me ocupou. Ele está mais velho, mais calmo, mais contido para a multidão, mas ainda traz em si toda a verdade que pulsa em mim. E como ele pode ser incontrolável. Ele é incontrolável.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Se nunca mais me ver, não precisa lembrar de tudo em mim, mas se lembre do que te fiz sentir. Que seja bom ou ruim, que seja real. Nunca serei a imagem que você vai lembrar, nem o cheiro, nem o som, não serei nada além de sentimentos que foram vividos e guardados em ti. Me guarde em você como quem guarda a sensação do primeiro beijo, a excitação da primeira grande conquista, ou a emoção de dividir com alguém importante um lindo por de sol. Simplesmente me guarde em ti da maneira mais intima e verdadeira que puder. Porque, se caso a gente nunca mais se veja, eu sempre terei a sensação da primeira vez que te fiz sorrir, e isso guardarei em mim.  

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

(Pausa)

Um momento de respiração. Um segundo que se passa sem nada acontecer. Um tempo. Uma ausência.

(Pausa)

Falar como se tivesse que contar a história do universo em apenas um minuto. Não parar um segundo se quer para respirar. Deixar o ar se esgotar dentro de si e mesmo assim querer que ainda sai sons de sua boca.

(Pausa)

Rir. Mostrar os dentes. Esticar ao máximo a boca.

(Pausa)

Uma piscada sensual, uma piscada dupla e uma apertada de ambos os olhos com muita força.

(Pausa)

Um beijo.

(Pausa)

Continue sua vida.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Que o inesperado me encontre no meio do caminho e me abrace como um velho amigo que a muito não o vejo. Me pegue pela mão e me leve ao infinito de novas possibilidades.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A paz não é encontrada unicamente no silêncio, ou na calmaria. Ela surge nos momentos de suspensão do próprio ser. Mesmo em meio a um grande tormento em que o caos instaura, é possível encontrar alguns momentos que suspendem da continuidade do dia. É uma mão que encaixa em seu cabelo na forma de cafuné, ou então um abraço que te aperta como se não quisesse nunca soltar. Um beijo, que acalma todos os pensamentos que percorrem a cabeça, e te faz só beijar, só sentir. 
O importante é encontrar sua paz em meio ao caos da vida, que seja por um segundo ou pra toda a existência, saber aproveitar ao máximo os momentos de suspensão. Viver e respirar energias boas. Estar e simplesmente estar no momento.