terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Me sinto sozinho. 
Comecei por algumas vezes a escrever qualquer coisa sobre você, mas percebi que agora não existe mais ninguém além de mim mesmo em minha vida. Queria falar de amor, queria falar de saudade, queria falar de tudo que queria e poderia fazer para ficarmos juntos, mas me faltou força para aguentar essa dor, mais uma vezes sozinho em meu quarto.
Hoje decidi esquecer. Esquecer o passado, esquecer o que sou, esquecer o que fui, esquecer o que sonhei. Recomeçar. Me jogar em um mundo de possibilidades que não exista ninguém que tenha a ver comigo. Um mundo onde tudo será novo. Um mundo onde talvez eu descubra que eu não sou eu mesmo, mas um reflexo do que desejavam que eu fosse. Um mundo onde eu possa ser livre. Onde eu possa gritar, rir, voar.
Um mundo lindo onde ninguém posso me fazer perder a vontade de ser que sempre tive em minha vida. 
Onde a alegria e a tristeza andem em equilíbrio, mas não petrifique a leveza.
Um mundo diferente onde cabe eu e todo mundo que ainda tem para vir.
Um mundo mágico, que não seja nada além da realidade.
Um mundo em que me reencontre, ou me perca de vez. 
Algo assim...
Algo pra mim...

domingo, 20 de dezembro de 2015

Feliz aniversário... ou seria só aniversário? A felicidade tem me escapado os dedos a tanto tempo já. Hoje estou sozinho. Sem forças. Sem ânimo. Vendo o mundo acontecer a minha frente e sem a minima vontade de participar disso. Odeio o fato de que a vida me obriga a viver, quando tudo que quero é desistir. Queria me esquecer de mim e que todos se esquecessem do que sou. Não sou feliz com o que me tornei, o que você me tornou. 
Sinto um desligamento do corpo e da alma. Como um elo interno que se quebrou, um vazio criado bem no meio do universo que casualmente dividiu tudo em dois. É uma ausência de existência. Já não tenho certeza se existo.
Mais um ano se passou, e a certeza que tinha de ter encontrado tudo que procurava se desfez no ar, ao mesmo tempo que as ilusões ocuparam nossos olhos e pesadelos se tornaram papáveis, mesmo não sendo reais.
Penso em loucuras que não são as minhas, coisas que nunca estaria disposto a fazer em minha total sanidade. Tenho sentimentos ruins constantemente como se me afogasse em mim. Sinto o vazio. Sinto raiva. Sinto euforia. Sinto tristeza. Sinto agonia. E sinto como se nada realmente acontecesse. 
Só mais um pesadelo que não consigo acordar. 
Os pesadelos se tornaram comuns em minha vida. Já não durmo. Meu corpo se mantém alerta para qualquer coisa que pudesse acontecer, mesmo absolutamente nada acontecendo. Acordo em meio a um lago de medo que se desfez do meu corpo repetidas vezes na noite. Minhas energias se esgotam. 
Meu sorriso já se perdeu em meio tanta confusão que se passa em mim, que passa por mim, que passam pela vida. 
Ah vontade que me ocupa com maior força é de desistir. É de esquecer tudo que sonhei, tudo que lutei, tudo que quis e simplesmente deixar a vida me levar ao abandono de mim mesmo.
Tantos desejam felicidade em mais um ano que começo a viver, mas tão poucos perceber a ausência que me ocupa. Como dar um grito de desespero na falta de voz. E como preciso desse barulho. O silêncio tem me consumido. 
Eu tenho tanta necessidade de gritar, mas minhas energias me impedem de tentar algo além de sobreviver... O mundo me obriga a continuar e eu só queria desistir.
Demorei 25 anos para encontrar alguém que me tirasse do lugar, nunca imaginei que me colocaria nesse que eu ocupo no momento. 
Aniversário para mim. Ou qualquer outra futilidade que o mundo me entope.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

É um vazio.
Um buraco em minha existência que parece não se completar.
Como se meu corpo e minha alma estivessem em lugares diferentes.
Uma ausência de felicidade.
Falta de forças a continuar. 
É um membro perdido.
Uma escassez de sangue que pulsa em minhas veias.
Solidão.
Vazio.
Silêncio.
Falta de vontade.
Uma incerteza de que voltarei a ser feliz.
E a certeza que os motivos não foram suficientes.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Saudade: Palavra que machuca o coração de quem ama.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Ah, como te amo.
Rever velhas fotos, resgatar do meu cérebro falho bons momentos.
Lembrar do seu sorriso. Pensar no seu toque.
Sentir o seu perfume.
Ah, como te amo.
Mesmo que a existência se torne insuportável com esse sentimento.
Eu não consigo me ver mais sem ele.
Sua voz, seu carinho.
Ah, como te amo.
Tudo era tão certo ao seu lado. Eu sabia que te queria para sempre.
Eu sabia que não importava como,
Eu ficaria com você.
Ah, como te amo.
Nas suas loucuras e nas suas brigas, no seu sono e no seu despertar.
Perto ou longe, 
Arrumada ou desarrumada.
Ah, como te amo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Eu já não aguento mais essa sua ausência.
Todos os dias quero falar com você. Todos os dias quero te ver.
Já não como, já não durmo, já não sou feliz.
Estou desaparecendo aos poucos em minha própria solidão.
Te amo como nunca amei, mas isso nunca foi o suficiente.
Não aguento mais chorar.
Me falta você pra ser feliz.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

cada dia um homem novo.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Essa vontade de chorar que não passa nem chorando.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Como segurar as lágrimas ao te encontrar?
Como segurar o desespero ao te ver ir embora?
Como sobreviver a solidão que me ocupa na sua mudança?
Como continuar sem você?

Queria que ficasse,
Não queria que me visse chorar.
Queria que deitasse comigo,
Não queria que me visse feio assim.
Queria você,
Não queria nossas brigas.
Engraçado como ao cair da noite tudo fica mais silencioso. Não que isso seja assim algo bom. No meu silêncio particular escuto você ao longe. Tuas palavras me cortam como navalha. A solidão me ocupa e me leva a loucura. Como continuar assim? Você já está certo que a insanidade de seus pensamentos nos faz ter um fim. Eu continuo a tentar entender onde isso vai parar. Sinto sua falta a cada momento. Queria desesperadamente te ligar e implorar que voltasse para mim. De nada adiantaria, eu sei. Aquela imagem criada está gravada na parede de sua mente como uma verdade incontestável, mas e se você estiver errada? Já não luto mais contra o inevitável. Certas coisas são impossíveis de se provar. Hoje tento respirar. Tento criar forças para ser alguém. Mesmo sua maldade me pressionando sem parar para ser algo que não fui. Mesmo suas incansáveis palavras me maltratando. Mesmo sua ausência me dilacerando. 
Te amo como nunca ninguém deveria amar alguém.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Na minha cabeça eu só fico repassando tudo que aconteceu. Tentando reviver em minha memória cada segundo de nós. A verdade é que eu já não entendo bem porque estamos separados. Eu não consigo achar um motivo real para tudo isso ter acontecido. A gente passou por muita coisa. Sofremos por muitas coisas, mas a gente viveu e foi feliz em tantas outras mais. Eu não entendo onde tudo desandou. Ou se sempre foi desandado e eu insistia em me iludir. Eu não sei como continuar isso sozinho. 
É não ter força para sair de casa, mas não suportar a existência dentro dela. Aqui não me sinto mais bem como sentia. Falta metade de mim. A casa vazia só amplifica a certeza de que um fim chegou e de que não adianta mais insistir porque simplesmente acabou. 
Você me odeia, me acha a pior pessoa do universo. E eu não sei mais o que fazer para te provar que tudo que você pensa de mim não é verdade. Eu não sei como lutar contra sua imaginação mais. Eu sei que errei, como você errou, como todos erram, mas em nenhum momento tive se quer a vontade de estar com qualquer outra pessoa. 
Eu me apaixonei como nunca antes tinha acontecido. Esqueci de mim porque tudo que eu queria era ver você feliz. Eu sei que não adianta mais lutar, mas parece que pra todo lugar que eu olho você está lá. Numa lembrança. Num comentário que gostaria de fazer. Numa vontade. Numa saudade. 
Não tenho mais para onde fugir, porque você ocupou tudo em mim. Tudo tem você.
Já não aguento mais chorar. Não aguento mais esse quarto, essas paredes, esse espelho que comprei só pra você se olhar a cada dia e eu poder te ver se trocando, te ver se arrumando, escolhendo diferentes roupas sem parar. Eu não aguento mais os pregos que ficaram nas paredes. Não aguento mais a ausência dos filhotes que nunca mais verei. Não aguento mais o guarda-roupa vazio. Não aguento mais chegar em casa e tudo estar exatamente onde eu deixei. 
Hoje sou só os restos de algo que me fez tão bem.

Deixa o mundo despejar em mim a dor de não ter você; Não importa o que o mundo me reserva quando a ausência de você me faz presente a cada segundo. Talvez nossa mundo tenha acabado, mas levo em minha memória momento únicos de nós mesmo na expectativa de que um futuro ainda exista em nós.
Saudade do mundo em que as pessoas ainda quisessem estar comigo. O mundo em que o amor fosse mais forte, em que não importasse o mundo as pessoas ainda tentasse se entender. Saudade de ser amado. Saudade de poder acreditar que alguma coisa era pra sempre.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Cada dia se torna mais difícil do que o anterior. Eu só queria paz, só queria ter minha cabeça no lugar, mas em algum momento você roubou isso de mim, e só sei ser feliz ao seu lado. Sinto saudade de cada pedaço da gente, das bobeiras, do cotidiano, dos beijos, do calor, dos sonos, de tudo. 
Como seguir sozinho? Não sei bem pra onde ir, ou que fazer, até mesmo quem sou eu.
A imagem que reflete para você é diferente da que se reflete pra mim pelo espelho. Um monstro sem nada de bom. Um bobo tentando sobreviver. 
Sua ausência me machuca, como nenhuma antes chegou perto de me machucar.
Hoje vivo uma vida miserável pois a felicidade que tive ao seu lado é incontável.
Estou sozinho, e não tenho forças para estar de qualquer maneira diferente dessa.
E quando não se tem forças sem para sair da cama?
E quando mais nada faz diferença?
E quando te falta esperanças?
E quando nada mais te faz sorrir?
E quando as lágrimas não param de cair?
E quando a ausência esmaga?
E quando a presença machuca?
E quando...
E quando?

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

De peito vazio, de alma sofrida, de noites sem fim




Sinto a solidão em mim.
Um vazio daqueles que dói.
Uma dor sem fim. Um dia sem fim.
Já não sou ninguém.
Já não vivo como vivi.
E eu sinto no meu peito um vazio.

Procuro lugares que me acalme.
Um sorriso, uma lembrança.
Mas nada preenche o que me falta.
Aquele toque suave em minhas costas

Ah! Solidão. Uma casa vazia.
Uma família que se foi.
Um sonho que acabou.
Um futuro que nunca existiu.

Saudades é o que me sobra.
De momentos.
De beijos.
De risos.
De loucuras.
De abandonos.
De ti.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Hoje eu só queria que você abrisse aquela porta, toda linda como sempre é, com uma cara de paz, de paixão. Me acordasse no meio da noite, e falasse que tudo vai ficar bem. Falasse que me ama e que quer ficar comigo. Que não importa mais nossas brigas, nossas erros, que a gente deveria esquecer tudo isso. Entender que os dois erraram, mas que os dois se amam. E eu falaria o quanto eu te ama, e estaria pronto para largar o que quisesse para ficar com você. Que a gente esquecesse nossos passados, que a gente abandonasse a tudo e a todos e que a gente se entregasse um ao outro. Sem mais interrupções, sem mais mentiras, sem mais erros. Que a gente largasse tudo e mudasse para qualquer lugar, para começar tudo do zero. Da onde a gente nunca teve chance de começar.

sábado, 7 de novembro de 2015

Mais uma noite sozinho. Tento a todo o custo manter minhas lágrimas dentro de mim. As pessoas não desistem em querer me fazer bem, me fazer sair, ver gente, conversar, mas não tenho forças para isso.
Sei que ela já está saindo. na balada. com o outro. se divertindo com os amigos. bebendo, rindo e tudo mais. Eu não consegui ainda. Pela primeira vez na minha vida, talvez até a ultima, me sinto derrotado. Me sinto sozinho. Não tenho ânimo de sair da cama. Se eu pudesse simplesmente apodrecer aqui. 
Hoje eu não quero balada. Não quero conhecer pessoas. Não quero fingir que está tudo bem.
Eu só quero o sossego da minha solidão. Só quero sentir todo o vazio que se encontra dentro de mim. Só quero tentar esquecer que ainda vivo. Tentar anestesiar meu peito que insiste em doer.
Hoje só quero esquecer de você.
E no meu peito ainda pulsa um amor desfigurado. Pedaços de sentimentos quebrados ainda correm em minhas veias e na minha cabeça só uma face me ocupa. Aquela que já não está mais comigo.
Você ocupa meu sono, ocupa meu pensamento, ocupa minha paz.
Você fez o que nenhuma outra foi capaz de fazer. Me deixou sem chão. Me deixou sozinho. Me deixou sem saber como continuar.
Hoje relembro aqueles sorrisos falsos que já tantas vezes usei. Coloco todos em ordem para a vida que me espera.
Eu te amei como nunca na vida.
Eu ainda amo... mas... você não é mais a mesma.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Das pertubações da noite.

E quando cai o dia, parece que algo se transforma, parece que algo de disforma.
Na escuridão, se procura em cada detalhe um motivo para estar certo, ou então errado. 
A ausência que devia se fazer presente, já não faz diferença, pois já não é mais necessário outro alguém para a briga acontecer, para a desconfiança vir a tona.
Não existe mais caminho para onde ir. Não existe outra forma de lutar contra. Isso está gravado na pele como tatuagem, uma em tons negros e com caras ocultas.
De noite, os demônios se fortificam. Os vazios se ampliam. E a esperança se desfaz.
De noite a solidão parece infinita.
E a razão parece não mais existir.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sinto sua falta

Sinto saudade do seu amor. Das nossas bobeiras. De dormir ao seu lado. Sinto falta do seu cheiro e do seu toque. A sua ausência tem feito minha existência não existir. Não sei quem sou sem você. Um dia me perdi em seus olhos e até hoje não me reencontrei longe deles. Tenho saudade do seu beijo. Do sei carinho. Saudade do seu sorriso. Saudade de te olhar de costas. Saudade de te relar. Sinto sua falta como nunca senti falta de alguém. Como nunca senti falta de nada. Eu era suficiente para mim até você. Até não ser mais. Até te amar como te amei ... e ainda te amo. Ainda te quero do meu lado para viver o que a gente sempre planejou. Fazer tudo que sonhamos. Ser nós como sempre fomos.
Sinto meu peito apertado. Não sei se consigo sozinho.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Eu não sou ninguém. Sou só uma repetição de imperfeições. Sou um lixo esquecido em qualquer canto. Eu sou o causador de várias dores. Eu que um dia sonhei salvar o mundo, de repente descubro que não passo de um mísero desgraçado que só estraga tudo. Eu estraguei tudo. Eu tomei todas as decisões erradas. Eu acabei comigo mesmo. Eu sou incapaz de fazer alguém feliz. Eu me isolei do mundo e agora não suporto mais voltar a ele. Eu cansei de ser esse erro ambulante. Eu cansei de decepcionar cada pessoa que passa perto de mim. Eu cansei de ser isso. Eu cansei.
Não estou conseguindo lidar comigo mesmo. Ou então com minha solidão. Não sei ao certo. Sei que estou desesperado.
Ando desesperado. Nunca foi tão difícil respirar. Não sei o que fazer com a minha vida. Só vejo as coisas desmoronarem em mim. Já não aguento mais chorar. Falta ar!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Está cada vez mais difícil respirar. 
Eu estou perdendo. A calma, o que sou, o que fui, a vontade de continuar. A paz.
Minha vontade é de sumir. Simplesmente sumir. Deixar tudo e todos para traz. Limpar meu passado na ausência de provas que existi. Me jogar no mundo e recomeçar.
Como é difícil abandonar quem ama... mas me sinto tão sozinho que a falta de qualquer memória de algo que fui não me machucaria mais do que essa ferida que não cicatriza. 
E a todo momento um monstro cresce dentro de mim. Minha paz já não existe mais. Não quer ficar. Não quero voltar. Não quero um colo conhecido para me acalmar. Quero a solidão completa. O anonimato. Quero desfigurar todos os meus sentimentos no vazio. Quero recomeçar. 
Quero trocar de nome, trocar de rosto, trocar de pensamento, trocar de vida.
Quero viver incondicionalmente alguns anos a mais e depois deixar o desapego da existência me consumir. Quero me entregar ao mar. Quer respirar com o vento. Quero enraizar no chão e queimar... queimar toda a vida que existe escondida dentro de mim. Um fogo que não se apaga. Um fogo que não machuca. Um fogo que não destrói.  Quero queimar.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Sim. Por mais que ela fale que ainda me quer, ou ainda tenta. Ela já seguiu a vida. Se encontrou em braços já conhecidos. E, talvez, retorne a uma história interrompida. 
Sim. Ela já se foi. Falou com todas as palavras repetidas vezes que não tem mais volta. Deixou claro para todo o mundo e impossibilidade de se continuar. Continuou a vida como devia fazer.
Sim. O dia já passou e não resta mais onde eu me agarrar. Seguro no frágil sentimento de saudade que ainda me resta, na tentativa de não deixar a insanidade me conquistar.
Sim. Já não tenho mais forças para lutar contra as vontades dela. Já não tenho mais argumentos para tentar provar que não estou mentindo. Já não tenho mais energia para aguentar insultos e mentiras.
Não. Em nenhum momento deixei de amar ela e muito menos estive com outra pessoa. Em nenhum momento quis dizer adeus, mas não vejo outro caminho a seguir. E ela não quer seguir ao meu lado.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Cada vez mais eu entendo menos da vida, dos relacionamentos. Então ela pode me julgar, me acusar, inventar histórias e acreditar nas coisas que o ciumes faz acreditar. Fala sem nenhuma dúvida que tem certeza que fiz algo que não fiz. E acredita ter direito e estar certa por não dar nem a bondade da dúvida. E quando meu ciúmes toma o mesmo lugar, e perco dentro de mim, e acredito que ela fez algo, e por um ataque de tristeza decido retirar essa mesma dúvida que ela merecia, o que ganho em troca nada mais é do que uma raiva incontrolável e um vazio de palavras. Onde estaria a justiça nisso? Por que ela seria merecedora de tal privilégio se ambos erramos descaradamente em nosso amor? 
Será que o luto dela é maior que o meu? Será que ela é mais digna do que eu? Como pode ser julgado algo assim? Por quem seria?
Não pode ser assim pode? Ela ter a liberdade de fazer o que quiser, enquanto eu me contento em agrada-la? Em fazer tudo que ela pedir?
Será que eu mereço o silêncio? Será que o nosso amor não foi nada que ela não pode nem tentar olhar com outros olhos a vida?
Eu sei que sou culpado, mas não sou merecedor dessa forca que ela me coloca no pescoço. As minhas culpas já revelei, as minhas culpas já estão a mostra. Mas se ela não puder deixar esse demônio que a ocupa se esvair, como continuar tentando? 
Será que me restas ou o sofrimento de não te-la ou o sofrimento eterno dela me acusar? 
Por minha cabeça passa repetidas vezes que para ficar com ela, a única forma é assumir um crime que não é meu, para assim as vozes pararem de me atacar. É mais fácil resolver uma traição (mesmo que não existente) do que uma ideia má, criada em uma mente enciumada.  Talvez perdão seja mais fácil de conseguir do que confiança. Seria esse o caminho? Mentira para manter um relação que me faz pulsar? Ou melhor aceitar a morte emocional que me aguarda?

terça-feira, 27 de outubro de 2015


De repente, ela surgiu em minha vida. Veio como um tornado para devastar tudo que estava certo. Tudo que estava em harmonia. Ela veio com suas histórias, suas manias, suas regras. Veio e confundiu meu mundo. E assim de repente, me apaixonei. Me entreguei em uma semana como não tinha me entregado na vida. Não sabia porque, mas eu precisava daquela mulher. E no primeiro beijo, minha vida mudou. Meus planos mudaram, Meus sonhos mudaram. E eu morri e nasci. 
Um beijo foi tudo que ela precisou. Não sei bem como tudo aconteceu, mas ela entrou na minha pela, ocupou os meus vasos e se espalhou pelos meu corpo. Ela completou cada espaço vazio que se encontrava em mim. Ela me olhou e viu o que estava escondido. Viu o que ninguém viu. 
Me entreguei a uma vida desconhecida. Me desapeguei de tudo que eu queria. Me despi. E assim fácil, eu estava nu.
Não sei ainda se isso era bom ou ruim, mas era como estava. Ela pegou o mundo e girou tantas vezes que nem sabia mais onde tinha parado. Estava assim perdido. Estava sem chão. E não era ruim. Eu ria como ninguém riu. Eu me perdia em seus olhos, eu me abobalhava ao te ver sendo você. Eu tinha o mundo ao te ver dormir. 
Claro que é difícil caminhar quando não se tem chão. E eu errei todos os passos. E eu escorreguei. Eu cai em um precipício sem fim. E claro que o mundo também não ajudou.
E de repente... você não era mais minha. Você tinha um outro alguém. Você tinha novos planos. Onde eu não me encaixava mais.
De repente... o mundo perdeu sua cor. E mundo parou.
E chorar se tornou normal,
E sofrer já virou banal.
A solidão me consome
O tempo estagnado.
O dia ensolarado
E eu simplesmente parado.

Hoje sei que estou sozinho. Hoje me sinto abandonado.
Sinto que você já se foi e me deixou para traz. 
Seguiu sua vida enquanto eu chorava sozinho na minha solidão.

Precisei fugir pois o mundo parecia me esmagar.
Não conseguia pensar,
Não conseguia sorrir,
Não conseguia respirar.
Como fazer algo certo sem saber o que sou?

De repente tudo se foi.
E tudo acabou. 
E só me restou dores.
E as lagrimas que insistem em cair incansavelmente.

Já não sou mais ninguém.
Já não sinto mais calor.
Já não aprecio o vento.
Já não sei me entreter.

Você dominou minha mente.
Me fez de refém.
Me dominou.
E me deixou.

Sou nada. 
Sou vazio.
Sou ausência.

domingo, 25 de outubro de 2015

Me falta palavras, me falta ânimo, me falta vontade. A vida se repete em mim. E a ausência me machuca. Hoje já não sou mais eu. Me esqueci em seus braços e metade de mim ficou em ti. Vontade de sumir.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

E minhas lágrimas não param de rolar. É uma maldita sensação de esmagamento do coração. De repente eu perdi absolutamente tudo que eu tinha lutado tanto para construir. E ela nunca me deu um voto de confiança, ou então quis acreditar em mim. Ela só aceitou o que criou... E eu ... fiquei sozinho, enquanto ela se diverte com um qualquer que nunca vai ser capaz de ama-la o quanto eu amei, alguém que não vai estar disposto a fazer tudo para faze-la feliz. Alguém que não vai saber entender as suas necessidades, nem surpreender a cada dia. 

Eu te amo!

sábado, 17 de outubro de 2015

Nesses últimos dias, inverti meus desejos. Aquela velha vontade de preencher cada lacuna que se forma em minha mente, passou. Essa semana só quis esquecer tudo que passou. Quis desesperadamente me desapegar de todo e qualquer sentimento ruim que me ocupava. Lutei bravamente contra mim e meu ser na tentativa infeliz de esquecer tudo que já foi. Me sinto derrotado pelo mundo. Quando a memória é importante ela se desfazer como um castelo de areia atingido por uma onda. Já pelo contrário quando tudo que você quer é construir um enorme buraco de passado dentro de ti, minar e detonar tudo de ruim que insiste em te derrubar, a memória se prende em mim como um maldito vírus que só é destruído levando algo de muito importante junto. Nesse caso talvez seja minha sanidade. 
A verdade, é que não me interessa mais brigar por certo ou errado, fazer e desfazer cada passo para encontrar quem está mais alucinado pela verdade. Não me agrada me pegar, revirando tudo de ruim que passou na tentativa, frustrada, de provar uma verdade que não faz mais diferença.
Vejo duas pessoas que se amam, mas que não conseguem mais estar juntas. Vejo duas crianças brigando incansavelmente pelo controle do video-game, sem nem saber que seus pais vão estar assistindo a novela. É uma briga em vão, que só vai destruir pedaços bons que ainda sobraram de um no outro. É uma eterna montanha russa, que gira, gira, gira, e não vai a lugar nenhum. E as janelas estão fechadas, e o mundo lá fora acontece sem nenhum dos dois perceber.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

E a vida é assim, sonhamos sonhos impossíveis, nos entregamos a quem não sabe nos aproveitar e continuamos sorrindo sozinhos na calada da noite.
Já não importa mais quem errou, porque o mundo continua a nos avisar para não estarmos juntos. É dificil aceitar o fim de algo tão intenso quanto isso, mas eu sei que no fundo eu fiz tudo que me cabia. Só parece que o universo conspira contra nós. Eu sei que errei, mas deixei tais erros para traz, não quero nunca mais repeti-los, mas sei com todas as certezas e seguranças que não trai, que não tornei a mentir, que não quis mais ninguém. Talvez tenha sido a vez que mais me dediquei a alguém. Que mais quis que desse certo. Mas erramos desde o começo, com desconfianças, com intolerâncias, com ingenuidades. Erramos com nós mesmos. Erramos com a vida. Eu assumo minhas porções de erros e aceito o que me sobra disso. Eu finalmente aceito ser o que for. Afinal o fim é só o começo de algo novo. Algo talvez certo... algo talvez errado. Ou que diferença faz... Só deixe o mundo começar outra vez.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Sonhei. Me entreguei.
Como pode o mundo acabar assim tão de repente?
Me sinto fraco e não sei se é pelo vazio existencial que me ocupa, ou então a solidão,ou talvez seja meu estomago vazio que não me deixa continuar.
Desistiram de mim. Mais uma vez.
insisto em confiar, não sei porque, já que o final sempre torna a se repetir.
nem escrever consigo.
nem dormir.
nem sorrir.
O triste é saber que só eu estou aqui.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

já não sei bem em quem confiar meus medos.

sábado, 26 de setembro de 2015

Eu estou desesperado. Como se o mundo tivesse decidido que eu não merecia a felicidade. Sou só um garoto qualquer tentando sobreviver nessa selva. Tentando desesperadamente fazer tudo para fazer alguém feliz. 
Percebi a pouco, que abandonei tudo. Meus sonhos, meus amigos, minhas vontades, meus prazeres, eu me abandonei, na tentativa de ser algo mais. De ser Perfeito(?). Maldita perfeição que eu sou incapaz de alcançar. Hoje, me vejo sozinho, largado num canto qualquer de um apartamento vazio. Me vejo num vazio tão grande que eu duvido ser capaz de preencher. Vejo como o mundo é ruim, e pesado. E como toda minha positividade e o que restava das minhas energias foram sugadas, mastigadas e descartadas. 
O mundo acontece lá fora. As pessoas se divertem. Bebem, dançam, cantam, tudo. E eu me retiro para a escuridão da minha solidão. E como eu me sinto sozinho. SOZINHO!
Essa palavra me assusta não pelo medo de ter que me virar sem ninguém, mas pela certeza que nasci uma pessoa que tem tudo para não ser só. E não é amor que me falta é calma!!!
Hoje as coisas não fazem sentido na minha cabeça.
Hoje meu coração quer explodir de dor.
Hoje meus olhos chovem sem parar.
Hoje minha boca se contorce involuntariamente.
Hoje... sinto o escuro me rondear.
Hoje só desejo que acabe.

E ninguém pode me salvar.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Nem tudo são flores, nem tudo são espinhos.

Então, sinto seu cheiro. Sinto seu corpo e seu calor. Por poucos segundos esqueço a tempestade que acontece lá fora. Esqueço que as pessoas passam fome. Esqueço que a qualquer momento o mundo pode acabar. Aquela sensação de abrir os olhos, aquele breve momento em que tudo que se vê é a existência de algo maior do que a sua própria presença. Já não me interessa muito nomear momentos e sentimento, pois, cada vez mais, ele se confundem entre a realidade e os sonhos. Prefiro pensar em serenidade, paz, ou o que preferir.
A vida é um jardim  exóticas a frente de um palácio abandonado. A primeira vista: a beleza provocante das flores, que te atrai, que te conquista. Uma daquelas beleza de se querer largar tudo para simplesmente admirar cada flor para o resto da vida. Mas não somos seres unicamente contempladores e temos que desbravar o desconhecido. Então encontramos os espinhos.
Cada flor com seu veneno, cada encanto com seu espinho, cada sedução com sua defesa. A vida é tem mais de dor do que de qualquer outra coisa. Aprendemos aos poucos cada armadilha traçada pelas belas e inocentes flores, mas perdemos pelo caminho pedaços importantes de nós mesmos. O sangue que fica, o suor, a pele, o cheiro, o sabor, a vontade. Vão ficando aos pedaços pelo atravessar da vida.
As vezes encontramos em uma clareira ou algo assim, uma rosa azul, sozinha e pronta para ser admirada. Nos aproximamos. Entendemos todos seus espinhos, todas suas proteções, e, talvez, deixemo-a sem guarda. Pronta para ser apanhada. Está ai sua vitória da vida.
De repente sua escolha é simples. Arrancar e levar contigo, torcendo desesperadamente que não morra antes de você ter a chance de fazer algo. Ou sentar, e se tornar mais um guardião de tal beleza.
Afinal de contas, de que adianta uma flor sozinha sem o resto do jardim para destaca-la?

Da repetição

E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.

E de repente a imagem que é construída pelo resto do mundo se torna mais importante do que a relação que se existe.

E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.

E aquele hino que não para de tocar em minha cabeça começa a se tornar amistoso.

E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.

E começa a faltar forças para segurar tudo sozinho.

E o mundo se repete.
E o mundo se repete.
E o mundo se repete.

E os sistemas param de funcionar. E falta ar. E falta calma. E o cérebro não funciona. E a cabeça parece apertar. E o corpo dói. E o coração não se aguenta. E a alma fraqueja. E falta-lhe carinho. E falta confiança. E falta amigos. E falta paz.

E o mundo se repete.
E o mundo se repete.

E tudo se torna confuso, monótono, incompleto.

E o mundo se repete.

E na repetição continuo a sonhar.
 

domingo, 6 de setembro de 2015

Talvez, esse tenha sido o princípio do fim. E assumo toda essa culpa que se vai. Seus olhos já não brilham mais para os meus. Seu sorriso já não se ilumina a minha presença. Seu toque anda tímido ao sentir meu calor. 
Dois corpos posicionados da forma mais inatural possível na cama. Aqueles mesmos corpos que por tempos se entrelaçaram e se confundiram na imensidão do amor. Dois corpos tristes, pesados e cansados. Dois corpos machucados pela vida, e por mim.
Hoje queria que tudo passasse. Queria poder sentir novamente a certeza de um abraço carinhoso. A ansiedade da minha chegada. Os planos a se concretizar. Queria poder ser tudo que nunca consegui ser para que, talvez assim, eu seja capaz de conquistar a felicidade que me foi posta a frente, sem nem eu mesmo merecer.
Você é, e sem nenhuma sombra de dúvidas, será uma das pessoas mais importantes da minha vida. Deixo para o tempo cicatrizar, ou romper de vez, os pontos que costuram todos aqueles cortes que fiz. Deixo para o vento o pedido de ar, para que assim possamos respirar, e ter calma. Deixo para a terra o conforte de um chão vazio na necessidade de me jogar. Deixo para a água a leveza do caminhar do rio que nos levará a novos lugares. Deixo para o fogo a vontade que ele não pare nunca de queimar dentro de nós.
Sou, e infelizmente continuarei sendo uma incompletude de homem. Pedaços de passados, esquecidos ou não. A tentativa constantes e inalcançável da perfeição. Sou nada além de uma criança triste pela vastidão do mundo que o cerca e pela incerteza de um futuro bom.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Oi amor,

Hoje acordei pensando em você, estranho dizer isso considerando a imensa distância de uns 15 centímetros que nossos corpos estavam um do outro, mas eu tinha tanta saudade de você. Você estava ali em seu sono profundo enquanto o mundo acontecia lá fora. E eu na pretensão de fazer cada segundo da minha vida valera ao máximo, para talvez me iludir em acreditar que existe algum sentido nas escolhas que fiz. Te olho por alguns minutos sem nem me mexer, a luz quase inexistente trazida pela sol e filtrada pela janela fechada. Nesse cenário, decido que a melhor maneira de gastar minhas horas de manhã restante é na escolha mais óbvia e mais prazerosa para mim. Talvez, e só talvez as minhas escolhas não são sempre erradas, pois nessa manhã, escolhi me aconchegar em você e dormir por mais algumas horas. Você ainda dormindo, talvez inconsciente, passa os braços ao meu redor e me abraça. Sinto seu calor passando em minha pele. Sinto seu corpo no meu. Sinto a calma de que sabe que tudo vai dar certo. Sinto você comigo.
É difícil dizer as vezes, mas a sua ausência me deixa louco. Totalmente desnorteado, sem saber ao certo o que fazer. Duvido de mim, duvido do mundo, desconfio que tudo está para acabar e sinto brevemente minha vida se esgotando. Por isso as vezes é tão difícil estar do seu lado quando essa ausência de intensifica em mim. Já não tenho certeza de que sou capaz de te fazer feliz, muito menos de que sou merecedor de tal privilégio que é te amar, e talvez, ser amado de volta.
Duvido da minha capacidade de estar ao seu lado e isso só se acalma em minha mente quando você me percebe ao seu lado, a sua espera, só querendo um beijo da maneira mais silenciosa e envergonhada possível. Vergonha de que me perguntaria... E eu não teria uma  resposta boa a dar. Não que tenha feito algo errado, o erro é eu estar ao seu lado e não ser capaz de te fazer a pessoa mais feliz do mundo. É difícil controlar as loucuras que acontecem dentro de mim, e o não perceber da minha necessidade de você me desequilibra e me desmancha.
Me sinto nada mais do que um escada rolando em um shopping vazio, não tenho sentido estar funcionando sem a presença de um corpo que me completa, sem você para ser útil.
Não sei dizer se morreria se me abandonasse, mas sei que a vida ficaria confusa e sem um bom sentido para seguir em frente. Por tempos o vazio me consumiria e a loucura bateria a porta como melhores amigos quem não se encontram a tempos, ou então que se encontram todos os dias. Não me entregaria a bebida, pois sei que se me embriagasse acabaria que nem um infeliz renegado correndo desesperadamente atrás de tudo que perdeu, no caso você. 
Desculpa a minha incapacidade de perfeição ao seu lado, mas você tira totalmente meu chão, tinha minha essência, tira minha razão. Eu sou como um bichano abandonado no inverno procurando desesperadamente um pouco de calor para sobreviver. E meu calor é você.
As vezes me faltam palavras para te explicar tudo que passa pela minha pela, pelas minhas veias, pela minha aula quando estou ao seu lado. Talvez pudesse eu simplificar isso em Amor. Mas amor as vezes parece tão vago e comum. Se for assim, nem sei o que sinto por ti.
com carinho. 
Alguém que te quer bem.

sábado, 15 de agosto de 2015

Não sei onde deixe toda a calma que tinha dentro de mim, em alguma esquina qualquer deve ter se perdido. Alguma curva que fiz mais forte e não percebi pedaços de mim ficando para traz. Hoje o mundo me incomoda. Sinto meu corpo definhando com nunca antes aconteceu. Como se todos os erros e problemas que desviei durante minha vida voltasse a tona como uma onda devastadora. Dentes que se apertam, bolhas que surgem, coceiras que não terminam, buracos, verrugas, veias, ausências e mais ausências. Se um dia escapei dos meu males, hoje eles me esmagam, me esvaziam. Como se drenassem cada energia que possa aparecer em mim. Hoje recorro a velhas crenças que me acalmava quando criança. Hoje me apego aos pequenos lapsos de memórias que me restam, afinal de contas, não sei mais quantos anos ainda me restam dentro do campo cultivado de lembranças. 
Me ocupa também medos, ilusões, descrenças. solidão. Estou ocupado pelo vazio, e o vazio ocupa tanto espaço! Me assusta perceber que quem fui, talvez, não me sirva mais. Talvez falte eu me reencontrar, como sempre é necessário para qualquer um em sanidade, mas nem sei mais se posso dizer que existe alguma sanidade em mim ainda.
Estou me afogando em mim, e desse mar, poucos podem me salvar.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Ando me sentindo impotente.
Acho que não tem uma maneira melhor de explicar o que passo que não essa.
Tenho tentado todos os dias dar conta de pequenas coisas, pois as grandes coisas tenho tido muito medo de tentar encarar. Infelizmente, como se fosse um sinal de reprovação travado, escuto o mundo me mostrando como não sou capaz de realizar tais planos, por menor que seja. 
Talvez o que eu precise é de alguém, ninguém em especial, mas uma pessoa que lembre de mim, que venha me dar um "oi", puxar qualquer assunto banal da vida, que em meio essa conversa, talvez perceba, ou talvez não, que eu estou me sentindo fraco, e que não tente me enganar em falar que sou ótimo, perfeito. ou qualquer coisa do gênero, mas que pergunte como pode ajuda.
Mesmo que minha resposta seja "não tem como ajudar", o que provavelmente será, já me ajuda.
Não me desfaço das pessoas ao meu lado, nem menosprezo o que tentam fazer ao me elogiar... é que tem dias que você não está bem, e não importa o quanto a pessoa tente te mostrar que você é bom em algo, você não vai acreditar.
Preciso de alguém que tenha paciência quando estou assim, pois é quando estou mais vulnerável. Qualquer erro grita em minha cabeça o constante fracasso que conquisto.
É como querer pegar água com as mãos, você consegue, mas aos poucos ela se vai entre os dedos, entre os vazios que encontram dentro de você.
Minha cabeça tem latejado ao gritar pra mim mesmo que não sou capaz, que vou esquecer as coisas e decepcionar cada pessoa que me importa nesse mundo.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Da vontade de sumir

Um dia, em meio minhas loucuras e agonias, decidi que seria dono de mim, que nada nem ninguém me derrubaria, pois sabia que no fundo, no fundo... somos todos sozinhos. Somos pessoas egoístas presas em suas próprias solidões. O medo de nossos próprios medos nos fazia acreditar na necessidade de nos envolver uns com os outros. E eu, sempre na minha inocência de vida, escolhi ser auto suficiente. Cuidar do meu corpo, da minha mente e da minha alma por conta própria (claro que isso não conta meu pai e minha mãe). Decidi assim que a solidão não seria meu medo, mas meu triunfo, pois enquanto todos estivessem se desfazendo no medo de não ter ninguém, eu estaria me esforçando para ser quem eu sou. Por anos, essa escolha foi nada além do que muito bem sucedida. Se ficasse doente, me cuidava sozinho. Se ficasse triste, me faria rir. Se ficasse louco, curtiria minha loucura. 
Descobri então que a vida assim é muito mais fácil do que pode se parecer em qualquer outro lugar. Apesar de construir certas barreiras invisíveis a qualquer um. 
O amor é algo estranho, algo complexo, algo que não dá para ser explicado com facilidade. E graças ao amor, minhas barreiras foram quebradas. 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Do ofício ao vazio.
Talvez nunca tivesse percebido, mas existe uma necessidade de criação em mim.
De repente, algo tão ... sutil, me faz falta como água.
Sempre foi tão mais fácil pensar em meio ao caos da criação, que ultimamente na ausência dela me sinto... empacado. Paralisado. Ou qualquer coisa assim.
As vezes é difícil de respirar.

domingo, 26 de julho de 2015

Então... o mundo parou.
Não tinha muito mais o que falar sobre esse fato estranho que me acontecia de repente. Era como se não existisse mais vida, não existisse mais energia que se deslocasse de mim ou pra mim. 
Sentia um enorme vazio interno que me impedia de sentir qualquer outra coisa. 
Não tinha raiva, não tinha ódio, não tinha tristeza, tão pouco alegria. Eu só estava lá. No mesmo lugar de sempre esperando algo acontecer. Não sei bem dizer quanto tempo se passou, mas posso te afirmar que a sensação que tive foi de aproximadamente uma vida. Quantos minutos cabem em uma vida? Quantas vidas em um minuto?
Eu tentava respirar, para sem bem sincero era a unica coisa que pensava, na respiração.
Calma. 
O ar continuava se segurando para não entrar em meu pulmão fazendo assim a vida pulsar. 
As vezes bate aquele desespero de simplesmente não saber mais como viver. As vezes o céu se abre de uma forma tão majestosa que simplesmente você sabe exatamente o que fazer para o resto da sua vida. No meu caso... Nada. Simplesmente NADA.
Não é que eu não soubesse, ou soubesse, o que fazer 
De repente você acorda com medo.
Medo de tudo, medo do mundo.
Acorda depois de uma hibernação proporcionada por drogas na tentativa frustrada de aliviar dores do peso que carrega consigo.
Bate aquele desespero de não saber mais quem é.
Aquela insegurança de não conseguir ser bom o suficiente para o mundo.
Hoje me vejo sem forças. 
Talvez precisasse de velhos momentos para encontrar ânimo a continuar.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Silêncio.

Uma constante que me incomoda.
Hoje sinto medo de sentir, já perdi a sanidade que um dia tive. 
Sentir pede reações, e tudo que queria era sumir.
Deitado em minha cama, me ver diminuir aos poucos,
até que seja imperceptível minha presença nessa casa vazia.
Talvez só esteja cansado de ser a decepção que sou.
Ou então de constantemente machucar a todos que me rodeiam.
Cada dia mais tenho aquela certeza mais presente em mim.
Aquela velha ideia de que a solidão me condiz melhor.
Quem tenta, por qualquer motivo, se relacionar comigo,
acaba arrependido. Triste. Machucado.
A solidão me consome, mas seria ruim assim ser consumido?
Hoje, minhas ausências, minhas lacunas na mente, me faz falta.
Como queria esquecer de tudo.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Na calada da noite eu me vejo só ... não sei bem como o tempo passa, mas tudo muda de uma hora para outra. Sentimentos quem pulsam em mim. Saudades. Alegrias, amores e tudo mais. Será que a vida não é aquele carnaval que sempre sonhei? Tento incansavelmente ser o que o mundo espera de mim, mas insisto em falhar com meus desesperos. Aquele de ficar sozinho. Aquele de machucar os outros. Aquele de não ser quem sonhei. Aquele de estragar tudo. 
Repito as palavras que para mim sempre fizeram sentidos, e na contestação sem fim, duvido de mim mesmo. As palavras de tanto repetidas perdem sentido, e não sei mais o que fazer.
Felicidade que se cruza com tristezas e se cruzam novamente sem parar.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Frases bobas daqueles que amam...

Já não sei bem o que é isso que acontece em mim. Como uma explosão dentro do meu peito que não me deixa dormir. 
Os sentimentos que transitam em minha essência é traduzido pelo mais puro e sincero amor. 
Amar... mas o que é isso? Tantos já tentaram desesperadamente traduzir tal palavra, mas ao final só encontrava palavras confusas de contrariedade.
Talvez não saiba bem como dizer, mas você me ocupa a cada centímetro.  Acordar ao seu lado me faz respirar. Aqueles 5 minutos que me dou de presente todas as manhãs de abraçando mais um pouco me prepara para a vida. Um beijo apaixonado me da vontade de viver. 
E cada despedida um pedaço de mim que fica para traz. 
E cada reencontro um deslumbramento. 
Nunca consigo lembrar realmente como você é linda, e quando te vejo, só me apaixono novamente.
Amar, amar... sei lá o que é.
Sei que minha existência já tem dependido da sua.
Seu sorriso é o que me faz perceber que ainda vivo, pois sem ele o mundo parece parado.
Já não sei como falar, já não sei o que fazer, já não sei se é possível traduzir tudo que sinto de uma forma entendível para qualquer pessoa que não tenha passado por isso, e muitas vezes que até já passou,  mas o meu sentimento é tamanho que duvido que tenha existido assim.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Da desvalorização da arte...

Recentemente tenho me perguntado muito qual o valor da arte.
Entre conversas da vida cheguei ao entendimento de pessoas próximas que nem toda arte deve ser valorizada. Talvez tenha sido uma maneira estranha de se mostrar preocupação, mas as frases terminaram no entendimento que só algumas formas artísticas tem valor "comercial".
Pensando em teatro, basicamente, só se deve pagar pelas artes encontradas no grandes teatro, onde o glamour e os statos social estão presentes. Principalmente se nesse envolvimento existir grandes nomes da televisão. Talvez o teatro não tenha mais a força que um dia teve, e agora o único propósito seja para mostrar em carne e osso as figuras que são frequentemente vistas na televisão. Isso porque sabemos que os teatro são ocupados quase por completo, na pior das ocasiões, mesmo o espetáculo não sendo assim tão bem feito quanto se deveria (se é que realmente exista uma forma certo de estar "bem feito").
O teatro, ou as artes das cenas (podemos ampliar esse questionamento para as artes efêmeras da cena), estão ocupando diversos lugares importantes da sociedade, como projetos sociais, hospitais, reabilitação de pacientes, entrosamentos de pessoas com dificuldades de relacionamento, as praças, ruas, presídios, igrejas, e os mais diversos lugares possíveis, mas a visão imposta pela sociedade, para essas artes é de algo desnecessário, um passatempo, ou até uma forma de se sentir bem consigo mesmo ao ajudar o próximo. Com essa visão a profissão dos artistas é desvalorizada, e a qualidade da arte quase que inexistente.
Pensando em trabalho de palhaços nos hospitais. Temos alguns hospitais que entendem esse trabalho como essencial e acredita na profissionalização dos envolvidos, mas em grande maioria e também na visão da sociedade, esse é um trabalho unicamente voluntário, você tem que estar lá com o único intuito de trazer risos para os pacientes. Como já discuti diversas vezes antes não acredito que o palhaço entre no hospital pelo riso, pelo menos não os que são preparados para o trabalho, mas não vou prolongar essa questão no momento.
Se o trabalho só pode ser realizado voluntariamente, não vai acontecer uma profissionalização dos envolvidos e diversos erros que não poderiam acontecer dentro de um hospital, pela fragilidade de todos que lá estão aconteceria. Pensar em trabalho voluntário, quase sempre se cai em um desorganização que as pessoas vão só quando podem e nem sempre são as mesmas pessoas. Entra e sai novos integrantes a todo o momento, deixando quase impossível de se preparar a todos que lá querem ajudar. 
Entendo a vontade de todos em ajudar, em fazer algo bom pelo outros, mas eles não entendem a fragilidade que aquele espaço tem. 
Quem é responsável por algum erro cometido por um voluntário, como talvez, dar um doce a crianças com diabetes, ou então comida a pacientes que estão em jejum, se contaminar com alguma doença por não saber cuidados básicos de higiene hospitalar, ou até pior, contaminar alguém que já se encontra com a resistência baixa por diversos motivos.
Considerando esses poucos pontos que citei (e ainda teria muitos outros a falar) podemos e, ainda mais, devemos desvalorizar a arte? Ou investir em profissionais que sabem como lidar nesses espaços? A importância da arte no hospital não entra em discussão, pois são tantos os exemplos e as pesquisas que apoiam projetos do gênero de acontecer. Para finalizar de hospitais, seria possível uma pessoa estar pronta para lidar com tantas fragilidades em menos de um ano de preparação? (isso sem contar na preparação artística necessária para o trabalho acontecer) E seria então justo, uma pessoa que estuda durante cinco anos numa faculdades mais três anos de preparação e experiência dentro de hospitais, não receber se quer a passagem do ônibus usado para chegar no local de trabalho, mesmo que ele ocupe no mínimo 2 dias uteis quase que completos para que seja possível realizar esse trabalho? (Médicos, enfermeiros, porteiros, funcionários da limpeza, da cozinha, seguranças e qualquer outro trabalho dentro do hospital é remunerado e ninguém fala "Você tinha que ir no hospital voluntariamente, para ajudar os outros", porque o artista tem que abrir mão de seu pagamento então?)
Me demorei nos hospitais, mas foi um assunto delicado em que passei, mas me vi com questionamentos de outros espaços que ocupava, como por exemplo, as ruas e praças. Quando um circo chega na cidade, todos pagam para ir ver os palhaços, os malabaristas, mágicos e tudo mais, ninguém considera isso uma "esmola".  "Vou dar uma moedinha para ele comer." Ou você paga a entrada, ou você não vê o espetáculo que vai acontecer. Quando esses artistas se deslocam da "proteção" da tenda e vai em uma semáforo apresentar, muitas vezes, o mesmo espetáculo, o entendimento que muitas pessoas tem é de dar esmola aos pobres, "Vou ajudar esse ai que está passando fome". O espetáculo esta lá, GRATUITAMENTE, você assiste, você se diverte, e se achar que foi merecido, você paga o quanto você achou que aquela arte valeu no momento. Aceitamos as moedinhas alegremente, mas treinamos tempo suficiente para receber notas de valores mais expressivos, claro, isso é escolha sua. 
A questão é, porque dentro de uma tenda é arte, e fora dela é pedir esmola?
O mesmo se repete nos espetáculos de rua, dentro de uma teatro majestoso, é arte, da melhor qualidade, em uma praça, aberto para todos verem, é vagabundice, vale meus 5 centavos que estão perdidos no bolso da calça.
Claro que não quero ser extremo em falar que daqui para frente só deem notas de cinquenta reais para artistas de rua, mas tento é refletir sobre a valorização da arte. Não tem problema dar 5 centavos, é o que você tem, você gostou e está tentando pagar por isso, ótimo, mas dê alguma coisa se tiver se divertido. Pegue suas moedas e pense estou pagando 1 hora de uma arte que me agradou, da mesma maneira que pagaria 20 reais para entrar no cinema, que pagaria todo mês 30 reais pelo netflix, ou 70 pela televisão com centenas de canais. Ninguém pensa que está dando esmola para as empresas de televisão, pensam que estão pagando para ter arte.
Para fechar esse texto, peço que pensem em quantas vezes ao voltar de um dia exaustivo de trabalho, você não se deparou com um artista de rua, que está ali dando todo seu suor gratuitamente, esperando ser valorizado o mínimo possível, e logo depois você se encontrava com um sorriso no rosto, menos estressado, sem pensar nas preocupações do trabalho e da vida? Ou então, quando estava doente, em um hospital frio, onde você não tem nada a fazer a não ser sentir dor e pena de si mesmo, um artista veio te levar para uma viagem por diversos universos (conhecidos ou não) e fez seu dia valer a pena a pesar do estado que se encontrava? Ou até mesmo seu filho, seu pai, sua mãe, seu amigo passou por essa situação e você viu uma chama de esperança se fortalecer nos olhos dele, logo depois de um palhaço terminar seu trabalho? E lembrando de situações como essas, e refletindo no quanto de trabalho aconteceu para que aqueles poucos minutos de arte transformasse sua vida, quanto você pagaria?
  

domingo, 28 de junho de 2015

Sussurros

Palavras incompletas que fogem de minha boca. 
Se o mundo soubesse o quanto eu preciso gritar. Não é por estupidez, ou ódio. Eu só preciso gritar.
Me faz mal engolir minha voz na necessidade de me libertar. 
Onde está minha solidão para o grito ser permitido????
Saem gritos silenciosos pelos meus olhos, e os que todos ouviriam espremem meu peito, meu pulmão e meu coração.

sábado, 27 de junho de 2015

Palavras que me faltam. Hoje me sinto paralisado. Queria voltar aqueles tempos em que tudo fazia sentido e que eu sabia exatamente o caminho a se traçar. Encontrar novamente aquelas palavras inocentes que se preenchiam automaticamente em minhas folhas em branco. Aquela certeza de que sou capaz de completar tudo que comecei e que tudo vai dar certo. De repente, sinto que vou ficar preso eternamente nesse lago de lama que me cerca.
Sinto falta da minha criancice, da minha teimosia, de saber exatamente o que estou fazendo. Sinto falta das minhas corridas matinais para estimular meu pensamento. Já não me sobra tanto tempo para essas infantilidades (ou não).
A vida anda confusa, e meu pensamento me trai sem parar. As vezes sei exatamente o que quero dizer e outras ... só outras...

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Hoje, estou triste. 
Não tem muito o que se dizer. 
Me sinto atropelado. Como uma transgressão em mim.
Não sou ninguém para julgar alguém, penso que em minha situação faria tudo diferente.
Anda me faltando ar. 
"Aquele garoto que ia mudar o mundo... Agora vê tudo em cima do muro."
Me sinto assim. 
O que seria de mim se não fosse isso?
Porque sou o único que tem que aceitar que a vida não é como eu imaginei?
Estou sem ânimo. Estou sem forças. Nesses momentos insisto em me perguntar onde sempre encontrei forças pra seguir minha vida? Talvez fosse da falta de medo de perder tudo. 
Agora sinto que tenho tudo a perder. Sinto constantemente que tudo está perdido.
Já não posso me apoiar nas pessoas que sempre me seguravam. Aceitar suas ajudas é contemplar o fim dos tempos. E a culpa não é delas.
De repente, sou a pessoa mais improvável para se ter confiança. Um traidor, um mentiroso, um enganador. Nada é possível ser feito pagará me mostrar de uma forma diferente. Será que sou realmente assim. 
Me sinto mal, me sinto um lixo, e não sei ainda se estou certo ou errado. Minha cabeça anda confusa.
Vontade de ir...


quinta-feira, 18 de junho de 2015

O mergulho

É como mergulhar... 
Você puxa a maior quantidade de ar que conseguir,
E tenta desesperadamente segurar dentro de você,
Como se isso fosse te fazer nadar pela eternidade.
Você segura com todas as forças que tem,
mas em algum momento vai escapar pelos seus lábios,
e você vai estar no meio de um oceano,
sozinho, sem ar, sem onde ir. 
E então começa a bater aquele desespero.
E você não sabe mais o que fazer.
Tenta desesperadamente voltar a superfície,
mas você foi tão fundo!
Porque tinha que ir tão fundo?
Você já não sabe bem como chegou ali,
ou o que te fez querer se arriscar assim.
Você só sabe que está ali.
Sem ar, no vazio da imensidão.

É como mergulhar,
Você precisa saber em que águas está nadando,
Você precisa saber o quanto consegue ir,
Para voltar inteiro.
Você precisa saber... 
Se não souber... 
Difícil até imaginar
O que te espera por lá.

É como mergulhar,
lindo, excitante e perigoso,
Tudo pode acontecer.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Se soubesse o quanto sou sincero contigo, se parasse para me ouvir em vez de me atacar de vez em quando, se por algum momento decidisse confiar em mim... 
As vezes me cansa me sentir constantemente o idiota e mentiroso, como fosse eu a pior pessoa que já existiu!

terça-feira, 12 de maio de 2015

Hoje, o mundo acabou. 
Tanto faz. 
Eu sei que não sou perfeito, que cometo muitos erros, muitos mesmo, mas as vezes é tão dificil viver sendo apontado. Por algum motivo, as pessoas insistem em acreditar que eu sou pegador, ou qualquer coisa do gênero. Que todo mundo me quer e eu quero aproveitar essa possibilidade inexistente. Eu sou tranquilo na vida sabe. não quero muito, não quero ser rico, não quero ser famoso internacionalmente, não quero ter mil namoradas, não quero ganhar o prêmio nobel. Não quero nada disso. Nem ir para a globo eu quero. 
Eu sempre tive um sonho, um sonho bobo e simples. Crescer, aprender a ser artista, achar alguém pra estar do meu lado, trabalhar muito e muito. E construir a vida por ai. Viagens, risos, arte, apresentações, cozinhar, ter alguém para cuidar. Coisas bobas assim. 
Queria que eu fosse realmente o que a crença popular tem dito, ai, não ficaria sozinho por tanto tempo sempre. Demorei dois anos, ou três nem sei mais, para achar outra pessoa que eu quisesse estar do lado.
O que é uma bobeira, que a tantos anos já entendi que eu seria assim pra sempre, misturado em minhas solidões. 
Talvez por isso nunca fui de arriscar amigos por relacionamentos... eu sabia que no final acabaria sozinho de novo. 
Cada vez que isso acontece eu duvido mais na possibilidade de um felicidade a dois para mim. Não, não estou me fazendo de coitado ou algo assim. Só estou assumindo um fato que insiste em saltar aos meus olhos. 
Sabe, sempre acreditei que um relacionamento fosse construído em cima de amor, confiança e sinceridade. Eu, quando amo, amo desesperadamente. Sou um idiota apaixonado. Confiança, a básica, eu dou de presente para todos que começam a me conhecer, uma força a mais para que a pessoa tente confiar em mim, depois de alguns meses, com calma, me entrego por completo. Sinceridade... bom... eu falo até idiotices que poderiam ser esquecidas e escondidas por ninguém mais saber. 
Eu sou um idiota. Um pobre desgraçado que sonha mais alto do que pode conseguir.
Talvez minha vida seja mesmo ajudar os outros... talvez, como já falei tantas vezes antes, eu tenho que estar na vida das pessoas só o tempo suficiente para ajuda-las, depois elas mesmas se desapegam de mim. 
Um dia tive um grande amigo, que estava perdido, precisando sair de casa, e eu cheguei. acolhi, dei casa, conforto, amizade. O tempo passou e ele se tornou alguém de muita importância, até que um dia ele se foi... não de mudar de cidade, ou de brigarmos... ele simplesmente se foi... e a amizade morreu. Alguns anos depois... voltamos a nos falar... tentando rir do que foi... mas já não me cabia mais na vida dele.
Tantas desses histórias se repetiram. 
Um fim de relacionamento em que a pessoa se sentia mal querida... eu quis... e quando se sentia bem de novo... se foi.
Uma vontade de fazer loucuras, eu surgi, indiquei os caminhos, e mais uma vez fiquei. 
São tantas as histórias, são tantos os amores, amigos, colegas, companheiros, que estiveram comigo o tempo suficiente para eles. 
Infelizmente nunca o tempo suficiente para mim. Sempre eu que fiquei pelos pedaços, sempre eu que recolhi minhas peças. 
Fui eu em todos os momentos que me encontrei quebrado no chão e me cuidei, e me falei "tudo vai ficar bem, você é mais forte do que isso" Por quantas mais vezes minhas peças vão encontrar enferrujadas em um quarto abandonado?
Talvez, você que leia, pense "ele está depressivo, tem que se cuidar." 
Talvez esteja mesmo, talvez seja só a solidão da minha alma falando mais alto.
Mas com toda sinceridade, já discuti isso com profissionais, e o lugar que eu me encontro é realidade. Eu sei como o mundo é, eu entendo como eu sou, e sei o resultado dessa conta.
Aquele pobre vagabundo que andou a vida atras de alguém que nunca existiu para ele.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Veja, lá se vai o sol...
Só resta no horizonte um pequena faixa vermelha. 
Nada de novo, nada de especial.
Ele se foi como todos os dias...
Nunca tenho certeza se ele realmente vai voltar,
então a cada crepúsculo uma despedida. 
A minha despedida não é só pelo sol,
mas também por tudo que ele leva com ele.
Almas esquecidas, esperanças, calor, luz...
Tudo que morre um pouquinho a cada raio que se vai.
Veja, lá se vai o sol...
aquele velho amigo de vida.
Quem poderia te aquecer até no dia mais sombrio.
Talvez ele volte para te salvar,
talvez você fique esquecido na escuridão.
Veja, lá se foi o sol...

quarta-feira, 6 de maio de 2015

O salto

Um salto, daqueles que você faz de uma vez, se não o medo vai te impedir de continuar. Chega na beirada, fecha os olhos, respira fundo e pondo toda a força nas pernas empurra o chão para ir o mais longe possível. Ainda de olhos fechados sente o vento batendo em sua face sem saber ao certo onde vai parar. Por algum instante você não sabe mais se está subindo ou descendo e também não te importa nenhum pouco, afinal a sensação de voar é tão libertadora que nem passa pela cabeça que o chão pode estar próximo. Todo mundo insiste na certeza do chão se aproximando de minha cara, com toda a força da gravidade a me puxar, mas eu prefiro acreditar que o vento, a calma , a paz, me ajude a aproveitar o salto e o transformar de um longa jornada pelo céu.

terça-feira, 28 de abril de 2015

De repente assim, sem chão, sem rumo, sem animo, sem nada.
O mundo insistindo em me derrubar.
Silêncios, ausências, vazios.
Daquela vontade de largar tudo e simplesmente ser.

sábado, 25 de abril de 2015

Hoje o dia amanheceu confuso...
Saudades que vem ...medos que passam... desconfianças?
Uma voz que grita no fundo de mim...
"Será que sempre vai ser assim?"
Me sinto inseguro na falta de informações...
O que será que se esconde nos momentos de silêncio?
Talvez não tenha nascido para sombra e água fresca.
Os nomes são poucos em quais confiar ...
e parece que diminuem gradativamente.
não sei o que falar... não sei como explicar
que isso tudo não é a minha falta de sanidade a ganhar,
que eu tenho motivos paras minhas escolhas,
ou, talvez... Só esteja me acabar aos poucos.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

E o mundo gira, 
e o tempo não para,
e as estações mudam,
e o sol atravessa o céu,
e a lua transforma os dias,
e os dias insistem em passar,
e tudo vira de ponta cabeça,
e o sorriso vai enfraquecendo
e o ar começa a faltar,
e o escuro se amplia,
e o vento para,
e os dias passam,
e os pensamentos voam,
e os momentos se perdem,
e tudo passa,
e a vida continua,
e o pulso, pulsa,
e as cores somem,
e o universo continua o mesmo que sempre foi.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Quem sabe não sou eu o louco no mundo. Não sou eu que me enclausurei em um universo que não existia. Será que essas ausências na verdade não são gritos desesperados de mim mesmo para fugir da ilusão que criei para mim?
Já não sei nem se isso interessa. Desconfiar dos corretos talvez seja meu maior erro. Quem seria eu para falar do que foi? Quem não conhece o passado, não entende o presente e nunca preverá o futuro. Futuro ingrato seria esse que me espera.
O que resta? Correr? Cantar? Chorar? Voar? Milhões de possibilidades que não me interessam. 
Hoje sou eu contra o mundo.
Hoje está custando a passar.
Hoje só quero conseguir dormir as noites roubadas de mim.
Hoje só queria sonhar, com o mundo pulsando junto comigo.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

E então, abri meus olhos...
Você estava lá... tão linda...
Eu não sabia muito bem que o horário, só que tinha amanhecido, pois a luz entrava discretamente pelas frestas na cortina da sala. Eu tinha todos os compromissos e obrigações e horários para me preocupar, mas naquele instante nada me importava. Via seu rosto sereno repousado no travesseiro, o mesmo que você abraçava suavemente. Deitada de bruços com a cabeça virada ao lado, em sua frente a parede. O cobertor cobria a maior parte de você, deixando de lado só pequenos espaço de pele a vista. 
Sua face era tão tranquila... como se sonhasse com a serenidade da vida. Seu corpo entregue aquele sono. 
Não consigo para de te olhar, esqueço que o mundo ainda gira do lado de fora daquele quarto, do nosso quarto. Em uma suspensão do ar, sou vencido pela minha vontade incontrolável de te tocar. Tento ter o toque mais leve do que um pluma ao arrumar seus cabelos. E passar todo o calor possível do meu corpo para te esquentar. 
Te abraço e sinto que nada no mundo pode me vencer. Que a felicidade é algo real. E que o infinito é pouco para o que sinto.
O relógio então insiste em me teimar... um abraço de alguns segundos que dou, uma hora se passa por lá. 
Vontade de largar tudo. Desistir de tudo e só ficar ali. 
Naquela cama. Naquele dia. Com aquele abraço.
Saudade me ocupa ultimamente de maneiras nunca antes vistas por mim.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Te amo.

Te amo.
Começo pela conclusão do meu pensamento porque ele está estampado em minha cara.
Como a música insiste em me lembrar "até quem me vê lendo o jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei...". E como sabem. 
Ao te encontrar eu mudei o que eu era mais do que eu consigo imaginar, e isso não é ruim, isso não foi forçado. Foi leve, natural. 
Chego naquele momento da minha vida em que não consigo mais articular uma vontade que não esteja entrelaçado a você. Um sonho que não te leve junto. Um segundo que não te tenho nos pensamentos. Você já faz parte da minha mente como as cordas do piano.
Já não sei mais onde o amor surgiu, onde ele se perdeu e muito menos quando ele me ocupou por inteiro, mas sei que retirar ele de mim seria como o dia de tirar o aparelho dos dentes. Por mais que eu saiba que está retirando algo que eu ainda sobreviveria sem, a dor que me vem é de quem perde o aparelho, os dentes, a gengiva e a boca. Como se não sobrasse nada lá ... só uma sensação estranha num vazio onde existia boca. Só uma necessidade constante de passar a língua nos dentes para lembrar que estão ainda ali, e a sensação de que não está como deveria, então torna a passar a língua até acreditar e se acostumar.
Você de repente é meu aparelho, que me endireita aos poucos, mas entenda que ninguém muda do dia para noite, são meses apertando, são dias e dias doendo, mas não quer dizer que é ruim, pois o resultado pode ser o melhor de todos.
Saindo dessa dor constante. Entender que o amor se encontra em um lugar bem mais leve, bem mais vivo. Cada dia é uma alegria, mesmo que a tristeza se envolva.
Alguém me perguntou o que acho da tristeza, e minha responta é sempre igual, necessária. Ninguém é feliz de verdade se vez ou outra não fica triste. O que fazer com a tristeza é a questão.
Não deixe que as tristezas de nossa relações desconstrua a vontade de estar juntos. O amor que existe. O sorriso. Deixe que a tristeza venha, que as discussões aconteçam, que a relação evolua e que passe como a brisa de inverno cortando a face, mas não desfigurando nada do que foi.
Quero ficar com você pelo simples fato de que quero a cada dia ter a certeza que, mesmo na tristeza, exista um suspiro de felicidade na sua vida. Quero ter a chance de te abraçar nas dificuldades. Te beijar nas alegrias. Te fazer chá nos dias de dor. Te esquentar no frio. Te acalmar antes de dormir. Quero ficar com você, pelo simples fato de que minha vida faz mais sentido quando estou do seu lado. As músicas de amor se encaixam como se escritas para nós. Quero ficar com você, pois sempre que te olho, me apaixono pelo seu olhar, me encanto com sua pele, e me perco em seu sorriso. 

quinta-feira, 12 de março de 2015

Dias difíceis, quem nunca teve? A vida é  feita de escolhas e escolhemos a cada segundo o que somos. O que acreditamos e o que queremos. Escolhemos sair da cama para trabalhar. Escolhemos nossas profissões. Escolhemos o time que vamos torcer. Até  mesmo escolhemos que partido político quer acreditar. Escolhemos incansavelmente muitas vezes sem nem perceber. Escolhemos não  querer escolher nada. Talvez tenha duas coisas na vida que não  se escolhe... que pode tentar invariavelmente escolher, mas nunca escolheremos de verdade. Uma é  a morte. E como é  fácil  e difícil  morrer. Você pode "escolher" a morte, mas tem  sempre que esperar ela te escolher... por outro lado o mesmo acontece com o amor. Você  pode escolher querer amar alguém, mas não  quer dizer que vá  amar e pior... pode ser que esse alguém  não  te ame de volta. Escolhemos ficar perto da pessoa, sorrir pra ela, mentir  pra ela o que for,  mas nunca ama-la. Isso não pode ser escolhido. A tristeza por outro lado... isso nem precisa escolher, pois ela sempre vem ocupar o vazio que fica na gente quando não  escolhemos a felicidade. Pode parecer estranho, mas a felicidade também  é  escolhida. Se falarmos hoje vou ser feliz e manter essa escolha até  o final do dia, você  vai procurar as coisas boas, encontrar sorrisos escondidos, despreocupar dos acasos da vida. Como é  tão  fácil  e tão  difícil  ser feliz.
Escolher é difícil, você  sempre pode estar escolhendo a coisa errada, na hora errada, mas escolher desistir de tudo é  jogar a toalha e desistir da escolha de ser feliz... e sem felicidade o mundo é duro... chato... pesado. 
Dias difíceis virão, cabe a nós  escolher deixa-los passar. Caba a nós escolher ser leve, escolher evitar caminhos tortuosos. Cabe a nós  escolher  a felicidade. 

Isso falo da vida. Sobre nós... o que posso dizer... gosto de você  até  brigando... do seu sorriso ironico quando está pronta pra me atacar. Gosto da vontade de estarmos juntos mesmo tentando estar longes. Gosto do beijo apaixonado quando o fim parece próximo. Não  me importo com brigas. Pq somos bons juntos. E a felicidade de estar do seu lado compensa cada dificuldade. Passaria mais mil vezes por cada momento ruim, só  para ter teu sorriso de hoje cedo. Só  um sorriso já  me basta. Eu te  amo. Quero  seu melhor. Nos falamos mais a noite. E vemos q caminhos tomar. Beijo

terça-feira, 10 de março de 2015

Pra não falar de amor.

As dúvidas da vida são constantes na nossa existência. Como naquela música "sem dúvida a dúvida é um fato"! Esse fato nos incomoda e nos move a cada dia.
-Será que devo mudar?
-Vai chover?
-O que devo comer?
-Porque não largar tudo?
-Para onde vamos?
-Compensa continuar vivendo?
Desde dúvidas banais, até a necessidade de entender a existência.
Dentre tantas perguntas no mundo tão poucas se destacam na incapacidade de solucionar.
Vale a pena cada sofrimento que se passa por alguém?
Como entender alguém?
Já não sei se confiança é uma escolha ou então uma construção de anos.
Não sei bem onde errei. Muito menos como corrigir, mas será que vale a pena?
E toca-se ao fundo "Sem dúvida a dúvida é um fato..."

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

E se entregar, se jogar num mundo de possibilidades e duvidas.Seria esse o começo, o fim ou o meio? Incertezas da vida. E eu cansado de tudo isso. Pela cabeça me passa mil maneiras de mudar, mas... ser o que se não sei ser nada alem disso. As minhas incapacidades me atropelam. Me prendem nas duvidas do mundo. Onde ir? Onde chegar? 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Não entendo essa mania que as pessoas tem em achar que eu sou um filho da puta escroto. Que eu não posso conversar com as pessoas que eu já quero estar enfiando meu pau no meio das pernas delas. Que tudo que eu faço tem segundas intenções...
Meu vô uma vez me disse "Você vai se surpreender conversando com as pessoas, elas muitas vezes são bem mais interessantes do que parecem. E no meio da multidão um grande amigo pode estar esperando e você nem sabe." 
Talvez seja isso... eu gosto de colecionar pessoas. Sem me importar com o que acham. Sem precisar de segundas intenções. É engraçado, porque tanto eu quanto as pessoas com que eu converso, sabem o que está rolando, mas qualquer outro que tenta entender a lógica que construí com a pessoa falha horrorosamente. 
De fragmentos não se faz uma história completa.
Uma tristeza pensar que tais fragilidades sejam possíveis de destruir mundos. 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

É como se o mundo fosse explodir. A palpitação incessante no meu peito começa a incomodar. Incertezas sobre incertezas. Dúvidas. Vazios. Sinto a incompletude do mundo. Insisto em acreditar no acaso, na tentativa de respirar. Penso que talvez tenha feito todas as escolhas erradas. Mas sem elas, a brisa leve de minha vida não teria entrado pela janela. Escuto um sussurrar em meu ouvido dizendo desesperadamente que é hora de mudar. A minha lógica insiste em apontar caminhos sem fim, becos sem saídas, abismos para saltar. Seria eu louco,ou sádico?  Um silêncio que me incomoda. Por que não me diz nada, vida? Te vivo nas irregularidades e medos, mas não deixo de viver. Mesmo, as vezes tendo vontade de desistir de tudo que fui, que sou, que poderia ser. 

Pausa.

E nada mudou. Assim, como talvez nunca mudará, ou então nunca volte a ser. Meu corpo me derruba, me põem no chão, me abandona. Sinto que dormiria por dias, semanas, anos, na expectativa de tudo estar diferente ao levantar. Me sinto sozinho, vazio, inútil, desinteressante, chato, irritante, cansativo... Queria mudar tudo, me libertar, gritar, correr, morrer. Queria sentidos melhores para viver. Uma visão de que as coisas vão melhorar. Um caminho. 


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Hoje, por algum motivo, a despedida se fez presente. Não que alguém tenha ido embora da minha vida, ou que a morte me espere, ou até que o mundo vá acabar. Mas na casualidade da vida, me peguei repetidas vezes pensando no adeus. Os motivos foram os mais diversos possíveis... uma conversa que me chama atenção entre dois desconhecidos no banco de traz do ônibus, ou então a possibilidade de uma mudança inesperada de cidade na tentativa de manter um sonho acordado, até mesmo uma pessoa que se despede de algo que muito ama, entre outros pequenos momentos de contemplação do adeus.
Não sei porque, mas fiquei com essas despedidas em mim. E de repente me vejo na inquietude de ir. Não que seja isso alguma surpresa, minha partida não seria nada alem do que um cotidiano a se repetir em mim. Mas como ir, querendo ficar? 
Meu coração se divide. E nenhuma certeza se destaca em mim para poder assim decidir o que fazer. 
Ficar e tentar encontrar a felicidade naquele velho sonho de ser feliz com alguém, ou partir e me atirar na tentativa de ser tudo aquilo que um dia sonhei ao ser artista?
Sinto que falta respirar, mas é tão dificil puxar ar quando sente as mãos do tempo a espremer sua garganta. 
Do que devo me despedir?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

E de repente a insonia me atormenta... sozinho na escuridão que o mundo toma forma. Todos os sentidos se aguçam no silêncio da solidão. Já não sei dormir na ausência de seu corpo, no vazio da cama que ficou ao lado. A incerteza do mundo que acalenta, mas não me impede de querer me jogar. Me sinto as margens do mar... olhando para a imensidão do oceano e com vontade de me afogar em suas águas infinitas. Me perder em sua vastidão, me entregar para suas profundezas. Esse mar que me puxa, que me chama, que me atrai. Esse mar que me faz amar. Ele cria uma despreocupação em minha alma que me faz querer mais. Quem pode segurar uma alma desprendida, uma alma sem fim? Quero me afogar em você. Quero encarar a vida sem absolutamente nenhuma certeza do que sera. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Hoje o dia amanheceu mais claro, mais calma, mais sereno.
Do meu lado se encontrava a felicidade.
Num toque gentil ela me acariciava enquanto,
ainda sonolento eu sentia com prazer seus dedos pelo meu corpo.
Não é que o sono fosse mais forte,
mas a sutileza do momento me impedia de me levantar.
Aquele toque como de quem acorda sabendo que está no lugar certo.
Uma sensação de completude que me tomava.
Uma certeza que a obscuridade do mundo,
não seria o suficiente para me assustar.
Aquele calor que se passava de um corpo para o outro.
Os olhos fechados, a pele atenta, um arrepio que se passa...
Já não me fazia sentido duvidar da vida,
quando a vida estava me sento tão boa.
Estava ali, eu e ela, na certeza de nossos sorrisos,
na inocência de um acordar,
com a sensualidade da paixão.
Eu e ela, naquela cama,
naquele sentimento,
naquele momento,
naquela manhã...

sábado, 10 de janeiro de 2015

Sim, é dificil estar com você. Queria que você tivesse a força necessária para acreditar em mim.
Poder de repente poder confiar.
Não sou assim o jato de confiança, ou menos alguém presente nas ocasiões mais importantes.
Você está aqui, mas muitas vezes parece que lá não estar.

Hoje estive, como várias outras sextas-feiras, no projeto pediatra do riso. Lá nos deparamos com diversas situações, das mais inusitadas possíveis. Hoje, a morte nos acompanhou. Ao chegar na UTI infantil, nos deparamos com um ambiente pesado, duro, quase morto. Uma criança que falecerá. Essa situação criou assim um companheirismo entre as mães. Um acordo não verbal e não real da necessidade de uma ajudar a outra. Aquele apelo de quem em seus desespero diário só quer poder dizer "meu filho melhorou", ou qualquer coisa do gênero. 
Uma entrada, um clima pesado, um vazio que me ocupava. Aquela vontade incontrolável de abraçar com toda a força que me encontrava no corpo aquela mãe desolada e desnorteada. 
Um olhar do pai, um sorriso, daqueles de quem diz "Você não pode ajudar meu filho, mas eu sei que você vai poder ajudar tantos outros filhos, estou com você."
Talvez nunca tenha sido isso que ele quis me dizer, mas foi isso que me passou. 
A duvida que me mantem e me fortalece é ... Qual a minha função em meio tudo isso? Que diferença realmente tenho feito lá dentro. 
Uma corda bamba presa entre duas montanhas tortuosas.