quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Chuva. Renovação. Novas energias ao redor. Novas pessoas. Novos possibilidades. Novas idéias.

sábado, 24 de novembro de 2012

E eu já não sou aquele que um dia fui para você.
Ansiedade em me ver, já não existe mais.
Eu sou agora só mais uma pedra, pesando sua bagagem.
Será mentira?
Me pegue, Me olhe, Me jogue fora.
As vezes é melhor do que se sentir o nada,
Depois de ter tentado ser o tudo para ti.
As palavras já me faltam.
E as coisas já não são assim.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

8° FENTA

Saímos dia 14/11/2012, de Uberlândia, a mais ou menos 14h, com destino a Governador Valadares. 15hs depois chegávamos perdidos pela cidade. Ligando para os organizadores para nos encontrar lá. Primeira impressão, uma sala minúscula para 12 pessoas se instalarem como possível por lá. Um chuveiro frio que mal caia água com uma porta que não fechava. E para piorar duas iluminações para se montar no mesmo espaço pro mesmo dia. 
Como já estão todos cientes, e eu mais do que ninguém já sabia, o teatro não teria condições de suportar uma das minhas iluminações, por mais simples que elas sejam, imagina então duas, juntas. Esse é um grande problema brasileiro, a cultura sempre fica sucateada pelos cantos, sem investimentos, sem manutenção, sem apoios. É muito difícil ver um festival/cidade que tenha condições para se montar uma iluminação descente, principalmente no interior das cidades, quando "tem" a maioria dos refletores estão quebrados, ou sem lampada por falta de verbas, ou até pior, os técnicos não querem mudar as coisas que já ficam montadas para facilitar em alguns eventos.
Felizmente em Governador Valadares, me deparei com técnicos e assistentes totalmente disponíveis em me ajudar e sem nenhuma preguiça de fazer acontecer, o que só tenho a parabenizar e agradecer a ajuda. O problema de lá foram outros: Falta de equipamentos, pé direito muito baixo (o que atrapalha totalmente nas condições da montagem de luz, necessitando de mais refletores para montar toda a luz), e claro, falta de tempo. A falta de tempo causado , também, por um erro técnico da organização do festival, que pode ficar atento para próximos eventos, requisitei o rider  técnico do teatro que apresentaria e não me responderam. Se tivessem me respondido teria chegado com o mapa de luz já adaptado para tal espaço.
Problemas a parte, fui montar a iluminação mesclada de "O Defunto", Grupo Galhofas, e "A  Cantora Careca", Grupo Giz de Teatro. 3,5 h foi o que precisei para fazer, o que não ultrapassou muito o que tinha pensado. Confesso dizer que a iluminação não ficou como desejava que ficasse, pois um problema que encontrei lá foi de varas de luz mal posicionadas. Isso me foi explicado pelo técnico da casa o motivo. O palco cresceu 2 m para cima da platéia, mas as varas de luz ficaram as mesmas, ou seja, eu tinha um grande espaço na boca de cena, que eu não conseguia trabalhar efeitos.
A iluminação de "O Defunto" que eu uso uma geral menor e quatro corredores, teve que ser feita com uma geral um pouco maior e só três corredores, pois o corredor da boca de cena era impossível de ser montado. Também nessa adaptação alguns focos foram perdidos, por impossibilidade de posicionar refletores e também pela falta deles.
A iluminação de "A Cantora Careca" também foi muito prejudicada. Pois a primeira cena do espetáculo é trabalhada quase que inteira com focos recortados em duas mesas, dando essa ideia de distanciamento e deslocamento dos atores, trabalhando o ponto principal do texto de pessoas que se olham e não se veem que estão sentadas na mesma mesa mas parece que estão sentadas sozinhas em sua própria mesa. Essa cena tive que fazer com geral, já que não tinha elipsoidais suficientes para fazer e mesmo se tivesse não tinha lugar para posicionar os refletores. Por menor que pareça isso a necessidade desses focos são enormes, tanto para cena como para o espectador. 
Outros problemas surgiram na adaptação dos dois espetáculos, mas os mais marcantes foram esses.
As apresentações aconteceram, e a recepção do público foi muito boa, melhor para "A Cantora Careca" do que para "O Defunto", mas os dois foram muito bem vistos. O público assistindo "A Cantora Careca" está totalmente atento ao texto e a cena, não perdendo nenhuma "piada" que existe na peça. Dava até a impressão de programas de auditórios que tem as placas luminosas de "RISOS". Foi muito bacana a apresentação, que, na minha opinião, foi uma das melhores que o grupo fez.
Foi nossa apresentação e o festival continuou. Ficamos pela cidade para acompanhar o festival, e também conhecer pessoas novas e claro, a cidade. Confesso em dizer que não gostei de quase nenhuma peça que vi, ou era comedia escrachada ou apresentações quase que escolares. Não assisti todos os espetáculos, pois também tinha interesse em passear pela cidade. A cidade é bonita, mas em alguns momentos achei meio desabitada, talvez pelo feriado prolongado, todos devem ter ido viajar para aproveitar um tempo de descanso, ou talvez eu não tenha encontrado o point do lugar, mas gostei da cidade. Tive sorte ao encontrar logo na primeira noite um tributo a Los Hermanos, na noite seguinte uma baladinha com uma banda de samba muito boa, no terceiro dia um barzinho conhecendo gente nova, fazendo contatos e terminando em mais um sambinha. Foi muito gostoso. Amanhecer na escola conversando com os amigos, ir andar a beira do rio até não aguentar mais, tomar café da manhã blaster sempre regado de muita boa companhia.
Algumas peças me chamaram a atenção, para não parecer que eu não gostei de nada mesmo. Adorei ver o pessoal de São Paulo, com seu Festival capenga de apoios, mostrando que com quase nada se faz tudo, uma fita crepe, duas cadeiras, uma planta, uma mesa, dois atores, e quatro cenas foram feitas, cenas boas, com texto bem dito, boa interpretação, o que mais eu quero da vida? Também o pessoal do Rio de Janeiro, trazendo "Quem Casa quer Casa", músicas ao vivo, cenário simples, mas elaborado, atores bem preparados, MUITOS risos, e muita alegria de um grupo de umas 20 pessoas. Pessoas novas, começando ainda nessa vida de ator, mas que tem um belo caminho pela frente. Espero encontra-los novamente pelos festivais. 
Para fechar o festival, um espetáculo infantil, LINDO. "O papel roxo da maçã." Tudo que tenho para falar, é que me apaixonei por eles.
Chegamos ao momento da premiação: Tchan Tchan Tchan Tchan...

Vamos dividir os Grupos (todos são prêmios de palco, menos de iluminação que era para todo o festival)

Categoria                                   Grupo Galhofas                             Grupo Giz de Teatro

Melhor Cenário                           Indicado (Casati)                          Ganhou (Ana Flávia)
Melhor Figurino                          Ganhou (Casati)                            Indicado (Erre Salviano)
Melhor Iluminação Geral             Ganhou ( Felipe Braccialli)            Indicado (Felipe Braccialli)
Melhor Maquiagem                    Ninguém em todo o festival foi se quer indicado (PAM!)
Melhor Trilha Sonora                  Indicado (Casati/Talita/Barbara)    Indicado(Morrice)
Melhor Atriz Codjuvante             ---------------------                      Ganhou (Eluhara) Indicado (Juliana)
Melhor Ator Codjuvante            ----------------------                      Indicado (Rafael)
Melhor Atriz                               Indicado (Bárbara / Gabriela)          Ganhou (Laíza)
Melhor Ator                               ----------------------                      Indicado (Joaquim)
Melhor Direção                          Indicado (Casati)                             Ganhou (Ana Flávia)

Acho que foi tudo, se eu esqueci de algo depois posto.

Podemos ver que Uberlândia foi bem visto por lá, ao todo com os dois grupos foram, 11 indicações e 6 prêmios.
Fiquei muito contente em ser indicado com as duas iluminações, mais ainda de ter ganho a de "O Defunto". Uma gás a mais para continuar a trabalhar com isso.

É isso.
Agradecer a oportunidade que o 8° FENTA nos deu de participar. E esperar os amigos que fiz por lá entrar em contato para mais apresentações. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O que tenho para falar hoje.

Vim agora com mil palavras difíceis que queria escrever, dar um ar de intelectual, transformar momentos e sentimentos em algo que, talvez, fosse apreciado por alguém. Desisti. Pensei bem e decidi que não valeria a pena escrever linhas e mais linhas procurando cada e toda palavra bonita que melhor encaixaria em cada lugar. Não queria ficar tentando achar rimas e motivos para elas acontecerem. Não queria filosofar sobre todo o universo procurando um metáfora adequada para tudo. Desisti de tentar racionalizar e poetizar. Transformar o comum em arte e acreditar que isso me torna alguém importante em qualquer momento da minha vida. Desisti de pegar o dicionario, sentar em uma cadeira e passar horas tentando achar as melhores palavras para dizer que eu não tenho nada de importante para falar hoje.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Quem somos nós agora?

De repente somos dois estranhos.
Procurando motivos para nos conhecer,
Mas os motivos já se foram
E o interesse também.

Eu fui, eu voltei, você foi...

Abandonei o que podia abandonar
Para ficar sozinho depois.
Já não te brilham mais os olhos,
Não se tem mais ansiedade,

Não tem...

As palavras que saem,
Chegam juntos com um silêncio devastador.
E esse silêncio me destrói,
dia após dia.

Já não sinto mais.

Você já esqueceu?
De tudo que fomos, de tudo.
Já não sinto mais você ao meu lado.
Você se foi, eu fiquei

De várias formas diferentes.