domingo, 26 de maio de 2013

Tentativas inexistentes pelo medo do incompreensível.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Completo meu dia de ações irracionais para tentar evitar aquele velho sentimento de abandono, mas quando, ao final do dia, minha solidão insiste em me encontrar no vazio do meu quarto, meu desespero se limita a incapacidade de fazer qualquer outra coisa, por falta de força e de vontade. Tento aceitar escolhas alheias, mas não para de me atrapalhar aquele pensamento de que não deveria ser assim e de que tudo poderia ser perfeito. Insisto em tentar ser aquilo que ninguém gostaria de ser. Por quanto tempo esse corpo vazio vai continuar perambulando pelo mundo?

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Clichês

Aquela música continua a tocar em meus ouvidos insistindo em repetir suas ultimas palavras direcionadas a mim. Palavras essas que até hoje pesam em minhas costas como um lembrete constante de tudo que não consegui ser. Lutei com todas as minhas forças uma batalha vencida antes mesmo de eu pegar em armas, gastei minhas forças, minha paciência, meus sonhos, minha crença, joguei tudo pelos ares como se tivesse pisado em uma mina escondida em meu caminho. Em segundos tudo virou pó, mas ainda sobra, gravado nas paredes que me cobriam a sombra daquilo que se foi. Ou a sombra daquilo que não fui. Releio incansavelmente todas as juras que me fez e insisto em acreditar em todas as vezes que a palavra "sempre" aparece. Tento assim entender quanto tempo vivi envolta dos seus braços que por algum motivo me privou da percepção do tempo, do espaço, da vida em si. Que relógio é esse que me engano passando horas que não deveria passar e parando o tempo quando minha imensa solidão não se desgruda de mim. Relógio que maltrata engando o tempo que não passa aos meus olhos quando estou contigo, mas que já passou quando me afasto. 23:23. Mais uma vez aquela velha história do pensamento alheio que tem de você na mera coincidência de uma repetição. Repito momentos errados, ou certo, nunca consigo me decidir, na busca de uma solução para todas as discordâncias que tenho com minha vida. Me atento a cada barulho em volta na espera de que um sinal me atinga indicando a solução da miséria que vivo. Um telefone que toca, um vento que sobra mais forte, uma buzina, um grito, qualquer anormalidade,  ou normalidade na realidade do sã, que chame a atenção. Por quanto tempo mais o clichê da vida vai me acompanhar? 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Saudade

Saudade. Saudade é quando você tenta desesperadamente reviver algo que já se foi. Quando você senta por horas sozinho no escuro pensando em alguém. É tomar um sorvete com gosto daquela pessoa. É repetir milhares de vezes a mesma história. Saudade é o que nos deixa bem e mal ao mesmo tempo. Aquilo que insiste em nos lembrar que as coisas mudam. É a confirmação do tempo passando. Saudade nos faz duvidar que ainda podemos sentir, mesmo sentindo saudade. Saudade de lugares, de tempos, de pessoas. Saudade de alguém que acabei de dar tchau. Saudade de um beijo que dei e de um que nunca recebi. Saudade é o que nos deixa louco em entender o porquê já foi. Se eu pudesse materializar a saudade? Saudade é uma noite estrelada na piscina.

domingo, 5 de maio de 2013

Migalhas

aquela sensação de suspensão... não no jeito bom da coisa, tempo suspenso e ao mesmo tempo que passa, parece não passar. Acreditar no futuro desconhecido que me ataca agressivamente de frente sem fraquejar. Tentei ser assim o cara certo na hora certa em todos aqueles certos momentos que passaram errados. Tentei ser diferentes, me superar, mas superar o que? De que adianta aquele bom e velho sorriso que carrego comigo no rosto, aquele humor acido e confortante, aquele abraço quente, quando não se tem muito para quem oferecer? Deixarei, então, migalhas espalhadas pelos cantos que provavelmente eu passarei. Restos de tudo que um dia fui e pistas daquilo que um dia serei.