quinta-feira, 16 de maio de 2013

Clichês

Aquela música continua a tocar em meus ouvidos insistindo em repetir suas ultimas palavras direcionadas a mim. Palavras essas que até hoje pesam em minhas costas como um lembrete constante de tudo que não consegui ser. Lutei com todas as minhas forças uma batalha vencida antes mesmo de eu pegar em armas, gastei minhas forças, minha paciência, meus sonhos, minha crença, joguei tudo pelos ares como se tivesse pisado em uma mina escondida em meu caminho. Em segundos tudo virou pó, mas ainda sobra, gravado nas paredes que me cobriam a sombra daquilo que se foi. Ou a sombra daquilo que não fui. Releio incansavelmente todas as juras que me fez e insisto em acreditar em todas as vezes que a palavra "sempre" aparece. Tento assim entender quanto tempo vivi envolta dos seus braços que por algum motivo me privou da percepção do tempo, do espaço, da vida em si. Que relógio é esse que me engano passando horas que não deveria passar e parando o tempo quando minha imensa solidão não se desgruda de mim. Relógio que maltrata engando o tempo que não passa aos meus olhos quando estou contigo, mas que já passou quando me afasto. 23:23. Mais uma vez aquela velha história do pensamento alheio que tem de você na mera coincidência de uma repetição. Repito momentos errados, ou certo, nunca consigo me decidir, na busca de uma solução para todas as discordâncias que tenho com minha vida. Me atento a cada barulho em volta na espera de que um sinal me atinga indicando a solução da miséria que vivo. Um telefone que toca, um vento que sobra mais forte, uma buzina, um grito, qualquer anormalidade,  ou normalidade na realidade do sã, que chame a atenção. Por quanto tempo mais o clichê da vida vai me acompanhar? 

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