terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Então ele abre seus olhos e sente o incomodo da luz do sol que reflete em seu espelho. Seus olhos começam a arder como se a anos não visse qualquer tipo de claridade. Sente-se perdido por não saber bem aonde está, mesmo tendo certeza que não saiu de sua cama a dias. A falta de força que o atinge faz sentir como se seu corpo fosse de chumbo e nem com toda sua energia conseguiria se mexer. Mantem-se deitado tentando adaptar a claridade que ocupa sua vida, já não sabe bem o que é ver as coisas. Por três dias se encontrava deitado naquela cama enorme, mas três dias que parecia uma eternidade. Pensava o que teria acontecido consigo mesmo que nunca foi de desistir. Sua cabeça, confusa pela fome e sede, incomoda como um alarme de carro que não para de tocar. Respira fundo na esperança de encontrar em sua memória o porque de estar daquela maneira, mas sem nenhum bom resultado. Era como se tivesse perdido os dois últimos meses de sua mente, apagadas como se deleta uma foto qualquer em um computador, pra sempre perdido no vazio de sua cabeça.
Junta toda a energia que consegue e tenta levantar, mas o máximo que consegue e virar a cabeça a ponto de conseguir olhar um canto de seu quarto. Lá sente a solidão que o ataca, caído no canto se encontra algumas garrafas de whisky, todas vazias, não lembrava de ter bebido nada, mas explicava a dor de cabeça que sentia sem parar. Nunca foi de beber muito, se contia em quatro copos de cerveja para um dia agitado. Um pouco mais ao lado conseguia ver algumas cartas rasgadas e outra queimadas, só conseguia pensar em que poderia estar escrito nelas. Nada vinha a cabeça, apenas um imenso branco que não lhe dizia nada.

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