terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

É como se o mundo fosse explodir. A palpitação incessante no meu peito começa a incomodar. Incertezas sobre incertezas. Dúvidas. Vazios. Sinto a incompletude do mundo. Insisto em acreditar no acaso, na tentativa de respirar. Penso que talvez tenha feito todas as escolhas erradas. Mas sem elas, a brisa leve de minha vida não teria entrado pela janela. Escuto um sussurrar em meu ouvido dizendo desesperadamente que é hora de mudar. A minha lógica insiste em apontar caminhos sem fim, becos sem saídas, abismos para saltar. Seria eu louco,ou sádico?  Um silêncio que me incomoda. Por que não me diz nada, vida? Te vivo nas irregularidades e medos, mas não deixo de viver. Mesmo, as vezes tendo vontade de desistir de tudo que fui, que sou, que poderia ser. 

Pausa.

E nada mudou. Assim, como talvez nunca mudará, ou então nunca volte a ser. Meu corpo me derruba, me põem no chão, me abandona. Sinto que dormiria por dias, semanas, anos, na expectativa de tudo estar diferente ao levantar. Me sinto sozinho, vazio, inútil, desinteressante, chato, irritante, cansativo... Queria mudar tudo, me libertar, gritar, correr, morrer. Queria sentidos melhores para viver. Uma visão de que as coisas vão melhorar. Um caminho. 


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