terça-feira, 12 de maio de 2015

Hoje, o mundo acabou. 
Tanto faz. 
Eu sei que não sou perfeito, que cometo muitos erros, muitos mesmo, mas as vezes é tão dificil viver sendo apontado. Por algum motivo, as pessoas insistem em acreditar que eu sou pegador, ou qualquer coisa do gênero. Que todo mundo me quer e eu quero aproveitar essa possibilidade inexistente. Eu sou tranquilo na vida sabe. não quero muito, não quero ser rico, não quero ser famoso internacionalmente, não quero ter mil namoradas, não quero ganhar o prêmio nobel. Não quero nada disso. Nem ir para a globo eu quero. 
Eu sempre tive um sonho, um sonho bobo e simples. Crescer, aprender a ser artista, achar alguém pra estar do meu lado, trabalhar muito e muito. E construir a vida por ai. Viagens, risos, arte, apresentações, cozinhar, ter alguém para cuidar. Coisas bobas assim. 
Queria que eu fosse realmente o que a crença popular tem dito, ai, não ficaria sozinho por tanto tempo sempre. Demorei dois anos, ou três nem sei mais, para achar outra pessoa que eu quisesse estar do lado.
O que é uma bobeira, que a tantos anos já entendi que eu seria assim pra sempre, misturado em minhas solidões. 
Talvez por isso nunca fui de arriscar amigos por relacionamentos... eu sabia que no final acabaria sozinho de novo. 
Cada vez que isso acontece eu duvido mais na possibilidade de um felicidade a dois para mim. Não, não estou me fazendo de coitado ou algo assim. Só estou assumindo um fato que insiste em saltar aos meus olhos. 
Sabe, sempre acreditei que um relacionamento fosse construído em cima de amor, confiança e sinceridade. Eu, quando amo, amo desesperadamente. Sou um idiota apaixonado. Confiança, a básica, eu dou de presente para todos que começam a me conhecer, uma força a mais para que a pessoa tente confiar em mim, depois de alguns meses, com calma, me entrego por completo. Sinceridade... bom... eu falo até idiotices que poderiam ser esquecidas e escondidas por ninguém mais saber. 
Eu sou um idiota. Um pobre desgraçado que sonha mais alto do que pode conseguir.
Talvez minha vida seja mesmo ajudar os outros... talvez, como já falei tantas vezes antes, eu tenho que estar na vida das pessoas só o tempo suficiente para ajuda-las, depois elas mesmas se desapegam de mim. 
Um dia tive um grande amigo, que estava perdido, precisando sair de casa, e eu cheguei. acolhi, dei casa, conforto, amizade. O tempo passou e ele se tornou alguém de muita importância, até que um dia ele se foi... não de mudar de cidade, ou de brigarmos... ele simplesmente se foi... e a amizade morreu. Alguns anos depois... voltamos a nos falar... tentando rir do que foi... mas já não me cabia mais na vida dele.
Tantas desses histórias se repetiram. 
Um fim de relacionamento em que a pessoa se sentia mal querida... eu quis... e quando se sentia bem de novo... se foi.
Uma vontade de fazer loucuras, eu surgi, indiquei os caminhos, e mais uma vez fiquei. 
São tantas as histórias, são tantos os amores, amigos, colegas, companheiros, que estiveram comigo o tempo suficiente para eles. 
Infelizmente nunca o tempo suficiente para mim. Sempre eu que fiquei pelos pedaços, sempre eu que recolhi minhas peças. 
Fui eu em todos os momentos que me encontrei quebrado no chão e me cuidei, e me falei "tudo vai ficar bem, você é mais forte do que isso" Por quantas mais vezes minhas peças vão encontrar enferrujadas em um quarto abandonado?
Talvez, você que leia, pense "ele está depressivo, tem que se cuidar." 
Talvez esteja mesmo, talvez seja só a solidão da minha alma falando mais alto.
Mas com toda sinceridade, já discuti isso com profissionais, e o lugar que eu me encontro é realidade. Eu sei como o mundo é, eu entendo como eu sou, e sei o resultado dessa conta.
Aquele pobre vagabundo que andou a vida atras de alguém que nunca existiu para ele.

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