sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Acordar

Acordar. Sentir o mundo pesando em si e não querer nem abrir os olhos. Juntar energias do nada para levantar. Acordar. Olhar no espelho e perceber que ele ainda mostra a mesma imagem destorcida de você. Tentar acreditar que se é algo alem disso. Acordar. Preparar um leite com achocolatado, na esperança de adoçar, levemente, a vida. Acordar. Entrar no quarto e não saber bem porque saiu da cama e escutar ela te chamando incansavelmente. Acordar. Abrir o armário e ver as mesmas roupas manchadas de memórias incompletas da vida e ter que escolher qual delas te desagrada menos. Acordar. Pegar a mochila e preencher de objetos aparentemente sem sentidos que em algum momento do meu dia ganharia utilidade. ACORDAR. Pegar a chave que ficou pendurada durante toda a noite na maçaneta esperando um motivo para ser útil. A.C.O.R.D.A.R. Sair de casa na expectativa quase inexistente de um dia feliz. acordar. Viver... e perceber que as coisas mudam, nem sempre externamente, mas internamente. Acordei.

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