segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Ausências

Já não consigo mais ficar aqui, tudo insiste em me lembrar das minhas ausências. Aquelas que não se preenchem de jeito nenhum. Meu coração se aperta ao perceber que, talvez, nunca seja aquilo que imaginei que seria. É triste ter que assumir que não vou mudar o mundo. Não, não estou falando que não vou, só estou pensando na possibilidade de que um dia as palavras tentem sair de minha boca. Luto fortemente contra tudo que possa me derrubar, mas a queda é consequência da subida, quando mais alto vou, mais parece que a gravidade me puxa. A queda não me assusta tanto na verdade, pois sempre acho que vou poder voar, mesmo que, geralmente, sobre as dores de minhas ações para a fragilidade de meu corpo.
Terceiro suicídio nada mais é que a prova concreta que estou pronto para pular. Queria estar de pé nesse momento, olhando nos olhos do abismo, podendo encarar o triste, ou não, fim de minha viagem. Um salto no escuro e ao final só encontro mais ausência de mim mesmo.
Ausência de carinho, de futuro, de força, de amor, de alguém.
Aceitar a passividade da vida é desistir de tentar transformar a existência. Não quero ser mais um na continuidade desse velho mundo em que pisamos. Quero mudar, quer ser mais, quero viver. E é tão dificil ter vida assim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário