segunda-feira, 12 de maio de 2014

Dos desencontros da vida:

Hoje decidi te procurar, algo em mim me puxava para você. Já não sei bem o que, ou por que...
Sai na rua a procura de um sinal, de qualquer coisa que me fizesse bem, que me levasse para mais próximo de ti. Saí como sai um apaixonado que acredita cegamente que tudo vai dar certo e que o mundo é perfeito do jeito que é. Andei por ruas desconhecidas, lugares que nunca fui. Me perdi em meio tantos prédios e tantos apertos que existia em mim. Corri por avenidas inteiras tentando chamar sua atenção, tentando me gravar em sua mente como a tinta que penetra a pele em uma tatuagem. Usei de todo o meu fôlego para que você me escutasse, mesmo que as palavras que saiam de minha boca, não passassem de asneiras, bobeiras, infantilidades. Me joguei em um abismo sem fim ao tentar te encontrar, e quando cheguei ao fundo, me vi sozinho em meio a escuridão. Sem luz, sem água, sem vontades, sem você.
Caminhei por todos os lugares que meu corpo conseguiu ir, sonhei todas as situações que minha mente conseguiu criar, doei toda a energia que minha alma conseguiu carregar e agora estou vazio. Um corpo jogado ao chão, sem forças, sem sonhos, sem alma...
Hoje decidi te encontrar... me vesti, sai de casa, andei por exatos 3 min e 27 s, até que te vi... Respirei três vezes profundamente. Você estava longe, estava linda, estava feliz... eu não. Sentei por ali e te deixei ir.

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