domingo, 6 de setembro de 2015

Talvez, esse tenha sido o princípio do fim. E assumo toda essa culpa que se vai. Seus olhos já não brilham mais para os meus. Seu sorriso já não se ilumina a minha presença. Seu toque anda tímido ao sentir meu calor. 
Dois corpos posicionados da forma mais inatural possível na cama. Aqueles mesmos corpos que por tempos se entrelaçaram e se confundiram na imensidão do amor. Dois corpos tristes, pesados e cansados. Dois corpos machucados pela vida, e por mim.
Hoje queria que tudo passasse. Queria poder sentir novamente a certeza de um abraço carinhoso. A ansiedade da minha chegada. Os planos a se concretizar. Queria poder ser tudo que nunca consegui ser para que, talvez assim, eu seja capaz de conquistar a felicidade que me foi posta a frente, sem nem eu mesmo merecer.
Você é, e sem nenhuma sombra de dúvidas, será uma das pessoas mais importantes da minha vida. Deixo para o tempo cicatrizar, ou romper de vez, os pontos que costuram todos aqueles cortes que fiz. Deixo para o vento o pedido de ar, para que assim possamos respirar, e ter calma. Deixo para a terra o conforte de um chão vazio na necessidade de me jogar. Deixo para a água a leveza do caminhar do rio que nos levará a novos lugares. Deixo para o fogo a vontade que ele não pare nunca de queimar dentro de nós.
Sou, e infelizmente continuarei sendo uma incompletude de homem. Pedaços de passados, esquecidos ou não. A tentativa constantes e inalcançável da perfeição. Sou nada além de uma criança triste pela vastidão do mundo que o cerca e pela incerteza de um futuro bom.

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