sábado, 13 de março de 2010

6° Mostra Nacional de Teatro de Uberlândia - SESC ATU

Depois de uma semana inteira só de teatro, vou postar algo aqui ...
6° Mostra Nacional de Teatro de Uberlândia SESC - ATU, acontecendo aqui na cidade... primeiramente, "As Criadas" foram selecionadas para apresentar, e nessa segunda, dia 15, a gente apresenta. Para ser sincero, estou achando meio fraco os espetáculos que foram apresentados. De 7 peças que vi, só gostei mesmo de duas. E é dessas duas que vou falar.

A primeira é um infantil. "A Fabulosa Viagem de Duda deLola em Busca da Irmã Perdida ou ... CADÊ KIKA?". Foi assim, lindo a peça. Fiquei maravilhado e revivi momentos da minha infância e o sentimento que tinha ao ver teatro. O espetáculo me pegou pela beleza, simplicidade e pela capacidade que as atrizes tinham em trazer o mundo fantastico criado por uma criança. A história simples de duas amigas, Duda e Lola, a procura da irmã, Kika, que está perdido. Mas para encontrar Kika, elas tem que fazer algumas tarefas que parecem impossiveis, como ensinar o Maior Medroso do mundo a não ter medo, fazer a mulher mais fofoqueira, que sabe tudo de todos, deixar de se preocupar com a vida dos outros e cuidar da sua própria e, também, fazer o Homem que nunca ri, dar risadas. Para comprir essas tarefas, elas buscam as soluções mais inesperadas de todas. As duas atrizes, Glauce Carvalho e Karina Muller, resignificam todos os elementos para aumentar a magia do espetáculo e nos trazer aqueles momentos fantasiosos que tinhamos quando criança. Não tenho como não parabenizar a peça como um todo, atrizes, direção, dramaturgia, Figurino, cenografia, iluminação, musica e todos que ajudaram para fazer acontecer.

A outra peça que gostei foi "O Caderno da Morte" que é inspirado um mangá chamado "Death Note". Já conhecia o mangá e o anime de anos, e desda primeira vez que tive contato me apaixonei pela história. Posso dizer que a "Cia Zero Zero" conseguiu capturar a essencia do anime para trazer para o teatro. Confesso, como toda adaptação, tiveram perdas, mas não tenho como falar que não ficou bom, pois transformar 37 episodios e colocar em uma hora e meia de espetáculo esperando não perder nada, é como querer sair na chuva pelado e não se molhar. Como adimirador da história real, digo que eles consiguiram algo muito dificil de conseguir, contar da historia o necessario para trazer o questionamento principal do anime. Além da boa adaptação do espetáculo era claro ver o estudo que foi feito para eles criarem os personagens, que eu acabei dividindo em dois grupos. Primeiro, os seguidores de animes, quem eram três, o Shinigami, o L e a Missa. Dava para se perceber como eles absorveram a essencia do anime e transpuseram para o teatro. Dava para ver o anime se misturando ao ator. Me lembrou muito minha época de frequentador de eventos de animes, onde eu encontrava varias pessoas de cosplay que era tão fã que conseguia até reproduzir os gestos e jeito de falar da personagem que estava fantasiado, e para mim, ver isso no teatro, foi lindo. Os 3 de parabens! O segundo grupo, seria uma busca mais americanizada das personagens, nele o Raito e o Pai de Raito. Eles se diferenciaram na forma de criar, mas não acho isso ruim, fiquei até surpreso de como, apesar de vir com outras referencias, conseguiram encaixar os personagens no ritimo que os outros 3 atores traziam do anime. O mais importante foi que os 5 consiguiram manter a personalidade das personagens, os mais cômicos , se mantiveram engrassados, e os serios não perderam a seriedade, o que eu acho muito válido. Pois seria facil as vezes trazer todos os personagens com a comicidade, e deixar o peso que o anime traz de lado. Apesar de ter sido muito criticado por amigos de faculdade, eu coloco "O Caderno da Morte" como um das Melhores peças da Mostra. Até hoje pelo menos.
Sem muito mais o que dizer por hoje. Espero me surpreender com os próximos espetáculos que acontecerão.

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