sábado, 27 de dezembro de 2014

Hoje percebo o quanto eu cansei de decepcionar as pessoas. Eu crio, ou talvez os outros criem, eu não sei, uma expectativa em mim que não é real, e talvez eu nunca consiga fazer ser.
A vida se desmorona e o ano nunca tem fim.
Deixe-me fechar os olhos e aproveitar dessa pequena desgraça que existe em mim. Deixa que todas as memórias escorram sobre meu corpo e se evaporem no tempo. 
Aquele que não sabe ser feliz, talvez não mereça a felicidade.
Minha cabeça roda, e entorno o mundo me esmaga. Meus amigos, meus familiares, meus trabalhos, meus amores. 
Sou aquele estranho que por alguns segundos acerta algo a ser dito, se faz se visto, mas como a fragilidade de uma vela, se apaga em um sopro qualquer.
Eu não sou ninguém que merece ser ouvido, pois minhas palavras conquistam a crença de ninguém. Sou um saco de verdades estranhas, que de tão estranhas não são levadas a sério. 
Sou o que pude ser, aceitando a minha incapacidade de ser algo além.


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