domingo, 27 de maio de 2018

Tem dias em que a vida se acumula dentro de nós. Cabeça a mil. Pensamentos que não param. O sono que não sustenta de sonhos turbulentos. Como se a vida inteira passassem ao mesmo tempo. Tantos pensamentos que fica dificil até de organizar. A fuga se torna a escrita, que nem sempre faz o menor sentido, e como faria? Se os pesamentos não são conexos. Se o corpo pulsa com a inexistência de emoções.  Estou ciente de que tudo é um mero reflexo de minhas escolhas, mas como fazer escolhas diferentes vendo o futuro se repetir em minha frente? Como tomar as mesmas decisões quando chegou ao ponto de entender que eu não posso salvar ninguém? Minha vontade era de tentar convencer o contrário. De argumentar e mostrar como a vida pode ser diferentes, mas... e se eu estiver errado? E se no fundo, tudo são medos que continuam sugando aos poucos a mim mesmo? E porque as coisas teriam que ser do meu jeito? Toda essa infelicidade que me cabe poderia passar, mas será que ela não seria só transferida para o lado de lá? Não acho justo colocar alguém no meu mundo, sendo que o meu mundo já não é tão estável como deveria ser. Tento me convencer de que essa é a melhor escolha com medo de ser fraco e me render a necessidade de fazer as pessoas felizes. Seria esse o medo de perder? Não tenho certeza, pois não me incomoda o fato de acreditar que ela pode ser feliz de verdade em outro lugar. Talvez, não sei o medo de perder uma possível relação amorosa... talvez o medo seja só de perder a existência da pessoa em minha vida. 
Talvez eu só esteja cansando de estar na vida das pessoas por tempo determinado. Talvez eu esteja cansando de ser um apoio para que as pessoas melhorem. Talvez eu não queira mais ser aquela pessoa que todos sabem que podem contar em qualquer hora em qualquer lugar. Pode ser que eu só queira alguém que, para variar, procurasse cuidar de mim. 
Já foram tantas as vezes que acreditei quando alguém que a muito não via me procurava. Sempre me iludia em acreditar que o motivo era algo além da necessidade. Talvez seja isso. Talvez a solidão me complete. 
Se pelo menos eu tivesse a certeza de que algo fui para as pessoas, de que fiz diferença... poderia ser um alívio no imenso silêncio que me persegue, mas como poderia saber, se depois ... o vazio é o que me resta. 
São tantas a ideias e pensamentos que por mim passa... tão poucas pessoas para compartilhar. 
Talvez tudo não passe de uma grande estupidez. Só mais um grito de lobo no meio das festividades, mas será que meu grito algum momento foi ouvido? Alguém consegue entender meus gritos silenciosos de atenção?
Me resto em mim... Como sempre restou...
Tendo a certeza de que tudo vai passar, como tudo passou. 
Mesmo que muitas coisas eu não queria que passasse. 

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