Hoje eu tive um sonho, daqueles estranhos, que você não sabe se é real ou não. Eu estava de volta em Marília, e tudo estava como sempre devia estar, como se minha vida acontecesse naquele momento. Coisas banais aconteceram que não me recordo mais. Me lembro de estar no carro, com meu pai, provavelmente no banco de traz, e a gente passava por um lugar que já tínhamos passado antes, talvez em sonho, como um dejá vu, eu não sei onde era aquilo, era como se misturasse vários lugares, só que o lugar era familiar, a gente passava lendo as propagandas, os cartazes, os nomes, como se tivéssemos tentando "vender" o lugar pra alguém. Então estávamos "Bar do Zezinho, fone 3423-0594" "Funerária Brasil", "Recanto das Galinhas" até passar por uma mulher e eu falar com a maior naturalidade "E ali a Ivani" até eu olhar de novo e como se sem acreditar eu gritar "É a Ivani." Meu pai breca o carro na hora, até a gente se dar conta que não podia ser ela, então quando meu pai foi ligar o carro de novo a gente escuta ela falando "Oi?", o espanto aumenta para a gente. Então tentei confirmar e falei "Ivani?" e ela "Sim." então tentando ainda entender falei "Vó?" e quando ela foi responder acordei, no meio da madrugada, perto da cinco da manhã, suado, confuso, sem bem entender onde eu estava. Fiquei alguns segundos paralisado, tentando digerir tudo, pensando no sonho em tudo.
Depois de algum tempo olhei em volta no meu quarto, tudo escuro, tudo quieto. Foi estranho porque no sonho parecia que tinha tantos barulhos, e quando eu acordei , tudo ficou tão silencioso. Um vazio me bateu, fiquei pensando porque aquilo tinha acontecido. A mente prega peças estranhas na gente. O que foi aquilo? Uma vontade minha de rever minha vó? Uma delírio qualquer? Um sonho banal como qualquer outro? Ou talvez por ter visto a foto dela antes de dormir? Sei lá difícil dizer.
Queria contar pra alguém, queria estar em casa para correr para a cama da minha mãe e falar pra ela, falar que eu tinha sonhado com minha vó. Vontades que vem do nada sabe? Queria ter tido alguém para contar, só isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário