quinta-feira, 9 de maio de 2019

Como era o meu olhar quando criança?
Em um momento poder reviver as memórias se torna uma faca de dois gumes, onde a saudade como um ponto de felicidade em ver toda o caminho que percorri, ao mesmo tempo que a lembrança de tudo que era real em mim talvez já não esteja mais pulsante dentro de mim. 
É fato que já cheguei muito longe de quando tiver meus sei ou sete anos e sabia que tinha que ser algo além do que o mundo esperava de mim. Sabia que o melhor que podia fazer para mudar um pouco tudo que acontecia ao meu redor era ser sorridente, ser o palhaço do grupo. O riso salvará o mundo, talvez eu dissesse. Mesmo assim, aonde foi que realmente cheguei?
Caminhei por dias, meses e anos para perceber que talvez não tenha chegado em lugar algum. 
Superar meu irmão, ele disse, nunca superará. Isso pode ser uma realidade considerando os lugares em que ambos estão na vida. De tudo... o que tenho? Nada além de sonhos, vontades e ideologias. 
Não sei bem como transformar essas coisas em concretude, considerando que não sou nada além de eu mesmo, e eu, nunca passei do mediano. 
Lidar com realidade do passado nos faz entender o quanto decepcionado estaríamos se a vida não acontecesse um dia depois do outro. 

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