Aquela constância da vida que me domina.
No fim, não sobra ninguém.
Não sei bem quais são os motivos para as pessoas decidirem suas vidas, ou então em que momento a chave vira e o que era bom estar junto se torna insuportável. Ou qualquer coisa assim. É como se me faltasse algo que sempre faltou. Me distraio com a minha velha mania de sorrir e fazer de tudo uma piada de mal gosto... Pelo menos de mal gosto pra mim mesmo. O sofrimento me cai bem em meio a ironias que aliviam a dor alheia. Aquele envolvido em mil prantos, consegue suavizar o peso das pessoas do mundo.
É um pensamento recorrente, não surge em mim na ausência de afeto, mas no fundo, alguém sempre tem que voltar para casa sozinho.
Vai se entregando um a um na ilusão de uma segurança na vida... mas as contas nunca batem.
É dificil sempre estar a espera de pessoas na rodoviária, mas nunca ter ninguém a te esperar. Excesso de independência, ou ausência de algo mais?
Se torna ridiculamente patético pensar que tais atos possam ser tão representativos.
As noites se tornam mais difíceis.
Junto com a certeza dos constantes vazios que me ocupam.
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